Uma coisa definitivamente inesperada por Roger, foi acordar e acabar pisando em um pequeno papelzinho em frente a sua porta.
Cuidadosamente, tentou desfazer os amassados que ali estavam e leu com clareza as palavras gravadas."Bom dia, Rog."
Riu. Achou extremamente fofo, e surpreendente, na verdade. Realmente não esperava que fosse receber mais daqueles tão agradáveis papeizinhos.
Foi ali onde tudo começou.
Com aquela letra largada, pendendo pro lado, mas bonita. Legível e elegante. Que dava um ar de mistério, um gosto de quero mais. E não entendia porque as coisas deram tão certo, mas que bom que deram.
Porque não era nada especial. Era só um adulto chorão com uma fobia social. Era só o Roger.
E o Roger nunca pensou tão grande. Nunca pensou que seria amado, ou até mesmo que amaria novamente. Porque o amor machucava muito. E se lembrava de por a mão em seu peito e perguntar porque doía tanto.
Mas não doía mais. Podia dizer que se sentia feliz. Se sentia vivo de novo, e talvez mais corajoso.
Não doía mais porque seu coração estava ocupado sentindo coisas boas. Ficando quente, derretendo.Nunca entendera a diferença entre amor e paixão. E as vezes, perguntava a John qual era. Se realmente tinha uma diferença. Afinal, Deacon era o rapaz mais inteligente que conhecia. E provavelmente o único.
Então ele lhe dizia que paixões são passageiras, e o amor é muito mais intenso. Se perguntava se, se ele acabasse amando, e uma hora não amasse mais, seria só uma paixão? A paixão é um amor inválido? Se o meu amor acaba, então de nada adiantou?
Se as coisas que tem um fim não tem significado, do que significa a vida?
O que ele significava? Tudo acabava. Então tudo não valia nada?
Amar não valia a pena se não durasse para sempre?
E o para sempre era tão vago na cabeça do loirinho. O "sempre" sempre foi uma ideia muito fantasiosa.
Então se questionava se amaria Bri para sempre. Porque sabia que amava.Ama?
Eu amo?
Ele olhou no espelho, pensando em tais coisas. John também me disse isso. Também me disse que o amor nos mantém vivos.
Naquele dia, queria saber o que era morrer. Se morrer doía. Por que as pessoas temiam tanto a morte? Então Deaky disse "Ei, deixe de pensar nessas coisas. Enquanto você amar, você estará vivo. Você morre a partir do momento que para de sentir amor."
Então poderia afirmar que estava mais vivo do que nunca, pois seu coração transbordava. Não sabia dizer se transbordava amor ou paixão. Mas qual a diferença mesmo?E como demonstraria seu amor?
Não beijava fazia tanto tempo, e mal conseguia pensar em fazer aquilo. Era um garoto muito tímido.
E precisava tocar, realmente?
Ele não podia só deitar com a cabeça no colo de Brian até pegar no sono? Ou dançar de mãos dadas alguma música brega?
Seu amor era menor se fizesse contatos mais simples?
Pensou que não. Pensou que independentemente do tamanho, pelo menos para sí era especial. E isso que importava. Ter o seu momento exclusivo.Vestiu um suéter quentinho e confortável e ficou tomando chocolate quente. Sentou ao lado do telefone, discando o número de Deacon.
- Oi, Roger.
- Tô te falando, Deaky, uma hora você vai atender e não vai ser eu.
- Duvido bastante, sabe.
- É sério! Você tem que acreditar que um dia vai ter amigos!
- Não estou muito interessado. Então, me ligou para dizer o que?
- Que... Ah, sei lá. Só queria falar com você. Não pode nem mais falar com os amigos, John Richard Deacon? Tá bom, nunca mais eu te ligo!
- Se você não me ligar, finalmente vou poder cortar meu telefone e não vou mais ter que pagar. Graças a Deusa.
- Ei! Me senti indiretamente atacado.
- Não senhor. Não estou te atacando, meu jovem. Estou atacando o capitalismo.
- Você trabalha, como pode reclamar do capitalismo?
- Eu vendo flores. Não bancos.
- E isso muda alguma coisa!?
- Me sinto mais fresquinho.
- Não nesse sentido!
- Eu vendo flores. Cheirosas e lindas flores.
- Eu sei, Deaky, eu sei!
- Tá, mas eu já te disse que eu vendo flores?
- É sério, vou desligar na sua cara.
- Quer comprar umas flores pra dar pro Brian?
- Eu vou te bater!
- Eu apenas dei uma ideia.
- Eu tenho vergonha, Deaky...
- Vergonha devia ter de ter vinte e poucos anos e ainda usar pantufas de patinho.
- Como sabe que estou usando? Você é um stalker?
- Sim, estou te vendo pela sua janela. Fico excitado vendo jovens garotinhos loiros ao telefone.
- De todas as coisas que eu já vi você imitar, nunca pensei que veria você fazendo um papel de velho tarado.
- Eu sou um ótimo ator, sabe.
- Sim, quase liguei para a polícia.
- Sei porque você é o tipo de pessoa que usa pantufas de patinho. E porque eu que dei essas pantufas.
- Agradeço muito por me infantilizar mais.
- Ugh, eu odeio infantilização. Qual é o negócio tão atraente?
- Não sei, tente perguntar para um pedófilo.
- Que horror, Roger. Eu vou desligar agora mesmo.
- Ei!
- Estou brincando. Mas de fato tenho que desligar. Tenho que recolher a roupa do varal.
- Que comum, Deaky. - Riu. - Vai lá.
- Até, meu caro amigo.
- Até.
Então desligaram o telefone. John não havia mentido, por mais genérico que tenha sido, realmente, choveria mais tarde e tinha que recolher a roupa. Então, depois de realizar sua tarefa com maestria e além disso dobrar uma por uma, se sentindo um homem mais limpo e organizado, ouviu o telefone tocar de novo.
Seguindo o mesmo padrão, atendeu, já imaginando quem seria.- Oi, senhor Meddows.
- Meddows? - Pôde ouvir uma risada através da outra linha - Perdão por quebrar as suas expectativas, querido, mas meu nome é Freddie Mercury.
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então meus dengos
eu sei que o papai aqui ficou um tempão sem postar e eu deixo vocês me baterem por isso
mas eu tenho meus motivos que foram
nenhum na verdade eu só procrastinei pra caramba
ME DESCULPEM
mas eu prometo tentar atualizar lfrt mais regularmente, sim? então espero que vocês continuem acompanhando a história!
seu caro escritor, yuta
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Letters for Roger Taylor
Fiksi PenggemarBrian Harold May constantemente se perguntava por que seu vizinho chorava todos os dias na sacada de seu apartamento, então resolveu passar pequenas cartas anônimas por baixo da porta do rapaz tentando descobrir o motivo de tanta tristeza. Como reme...