Capítulo 50

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VITOR NARRANDO

5 DIAS DEPOIS

Desde que voltei pro Rio venho vendo a Madu constantemente, ela não anda bem, muito repouso desde a queda e temos ido bastante ao médico pois ela tem sentido muita dor e me senti meio culpado por ter ficado afastado dela nesse momento.
Minha mãe veio comigo também, ela tem ajudado bastante já que a mãe da Madu não é muito presente.

Camila: - Filho, já estou pronta - íamos pegar a Madu pra ir ver a Médica dela antes que ela viajasse, queríamos ficar despreocupados em relação ao bebê.

Vitor: - Então vamos, já vai levar sua mala pra eu lhe deixar na rodoviária depois?

Camila: - Sim, tá tudo aqui - falou mostrando a mala, eu peguei da sua mão e fomos para garagem - Não esqueça de ir ver a Madu amanhã meu filho, ela é uma menina muito sozinha.

Vitor: - Eu sei mãe, quando eu acordar eu falo com ela, vou virar a noite hoje numa festa e não garanto nada amanhã, a Madu tá bem e ela vai pra casa dos tios dela, não se preocupe.

Mãe: - Tá bom - minha mãe estava finalmente se acostumando com minha relação com a Madu, tivemos uma conversa séria depois do Natal e pelo que vi ela estava realmente disposta a aceitar minha decisão.

Pegamos a Madu e fomos direto para o consultório, a Médica estava só nos esperando. Entramos na sala, esperamos a Madu se trocar para o exame, não demorou muito e a médica começou o procedimento.

Médica: - Então papais, aparentemente tá tudo bem mas nada de extravagância - falava enquanto passava o transdutor na barriga da Madu - Se houver qualquer sangramento tem que correr pro hospital pra não agravar mais o deslocamento da placenta por conta da queda, ok?

Vitor: - Pode deixar, ela vai ter muito repouso, nem que eu a amarre em uma cama.

Madu: - Não vou fazer nada demais hoje, só comida e ser paparicada pela minha vôzinha.

Camila: - Tô louca pra saber se é um netinho ou netinha que vou ter doutora, ainda não dá pra ver? - falou minha mãe animada.

Médica: - Ainda não vovó , mas creio que na próxima ultra já dê pra saber. Então, a mocinha tá liberada e papai cuide bem dessa mamãe, vejo vocês daqui a 15 dias.

Madu: - Pode deixar, obrigada por tudo viu Alicia.

Médica: - De nada minha querida, se precisar me liguem.

Saímos do consultório e fui logo deixar minha mãe na rodoviária que era mais perto e já estava quase na hora do ônibus e depois deixaria a Madu em casa.

Camila: - Até mais meu filho, feliz ano novo e juízo - falou me abraçando- Te amo demais.

Vitor: - Eu também te amo, feliz ano e obrigado por vir.

Camila: - E você mocinha, se cuida e cuida bem desse neném, em breve eu volto - falou se abaixando na porta do carro.

Madu: - Obrigada por tudo dona Camila, fico muito feliz de ter a senhora aqui, volta logo e um feliz ano novo.

Elas se despediram e logo depois minha mãe se foi, fui deixar a Madu em casa e ficamos conversando besteira pelo caminho, eu gosto da Madu, de uma maneira diferente, ela é a mãe do filho, tivemos uma história e quero que possamos ser amigos sem ressentimentos.

Madu: - Obrigada por tudo Vi - pôs sua mão em mão braço e acariciou.

Vitor: - O que precisar é só falar, pode contar comigo - sorri.

Madu: - Posso te dar um abraço?

Vitor: - Claro - ela me abraçou forte e logo me soltou, beijou rapidamente meu rosto.

Madu: - Feliz ano novo - seus olhos encheram de lagrimas e ela tentou disfarçar - Eu gosto muito de você e apesar de tudo to muito feliz com nosso bebê - saiu do carro em seguida e entrou em casa.

LARA NARRANDO

Não tem sido nada fácil ver o Vitor o tempo todo com a Madu e fingir maturidade que tá tudo bem, eu entendo a situação dele mas eu tô me mordendo de ciúmes e isso é uma droga.
Tirei o dia pra mim hoje, acordei cedo e fui pra academia, de lá fui pro salão dar uma hidratação no cabelo e fazer a manutenção das minhas unhas, almocei pelo shopping, comprei umas maquiagens, era o último dia do ano e estava fazendo o que mais gosto, cuidando de mim.
Cheguei em casa era quase 16h, guardei as coisas no quarto, tomei um banho, coloquei uma roupa confortável e fiquei deitada na cama, mexendo no celular.

Mariana: - Oi princesa - falou entrando no quarto.

Lara: - Oi amiga, entra - falei batendo na cama - Senta aqui.

Mariana: - Fui pegar os nossos ingressos da festa - falou tirando-os do bolso e jogando na cama e logo em seguida deitou ao meu lado - Você tá bem?

Lara: - Tô sim, o ano novo me deixa pensativa - olhei pra ela - Tô com saudades da Luh - fiz um bico.

Mariana: - Eu também, mas logo logo ela volta - falou e me abraçou em seguida - Você mente pra Luh também dizendo que tá bem quando não tá? - rimos.

Lara: - Mas eu to bem - falei rindo - Não sei explicar, é um misto de ciúmes e insegurança.

Mariana: - Ele te ama.

Lara: - Eu sei. E o Guga? Como estamos?

Mariana: - Ain amiga, tá indo tudo tão bem que não tô acreditando.

Lara: - Bestaaaa - falei bagunçando seu cabelo - Ele te ama.

Mariana: - É, eu to feliz. E você tem que ficar feliz também, tá tudo bem.

Lara: - Tomara que sim - a campainha tocou - Tá esperando alguém?

Mariana: - Pra o porteiro não ter interfonado deve ser o Gustavo ou o Vitor - falou levando e saiu do quarto, não demorou muito e o Vitor entrou.

Vitor: -Que morena mais linda - falou deitando por cima de mim e selando minha boca rapidamente - Tava com saudade.

Lara: - Muita? Muita? - falei rindo.

Vitor: - Muitaaa - ele riu - Como foi seu dia?

Lara: - Academia, shopping, salão, bem princesinha como eu mereço - sorri- E o seu? Sua mãe já foi?

Vitor: - Foi tranquilo, fui ao médico com a Madu como te falei e depois  deixei minha mãe na rodoviária e a Madu em casa .

Lara: - Hum - ficou um clima estranho no ar.

Vitor: - O que foi morena? - acariciou meu rosto e pôs meu cabelo atrás da orelha.

Lara: - Nada.

Vitor: - Fala vai.

Lara: - Não é nada não, só não tenho o que falar.

Vitor: - Fala qualquer coisa, o que você tá sentindo, sei lá - suspirou.

Lara: - Você quer que eu fale o que sem parecer egoista? Nossa que bom que você passou mais um dia com sua ex - falei irritada.

Vitor: - Desculpa.

Lara: - Não precisa se desculpar, eu sabia que ia ser assim, só que é mais difícil quando tá acontecendo - falei segurando seu rosto e selei sua boca.

Vitor: - Que horas são?

Lara: - Deve ser umas 18h, porque?

Vitor: - Tá na hora amor.

Lara: - De que? - olhei pra ele curiosa.

Vitor: - Da gente fazer amor - ele riu e me puxou pra cima dele, com suas mãos ele acariciava todo meu corpo e depositava varios beijos do meu ombro até meu pescoço me fazendo arrepiar.

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