14 - Dolores Frank

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— Foi um completo desastre!

— É, nós erramos feio. 

Cristina e Edith não paravam de reclamar, elas realmente não tinham visto o lado bom de tudo aquilo.

— Nós tivemos a confirmação de que a Charlie ameaçou ela, e com uma arma. - Disse, tentando mostrar a elas que não tinha sido tão ruim.

— E no que isso nos ajuda? 

— Foi um completo desastre!

— EDITH, CHEGA! Você já disse isso cinco vezes. — Cristina perde a paciência.

— Significa que o crime da Charlie é ainda pior, ela podia ter matado a Patrícia se quisesse.

— Não vai adiantar de nada se não fizermos ela falar. 

— Deve ter outra forma de provarmos o que a Charlie fez.

— NÃO VOU PARTICIPAR DISSO!

— Não era você quem mais queria ajudar a Patrícia? 

— De que outra forma faríamos isso, Dolores? 

— Não sei, eu preciso pensar. 

— As moças já podem sair. — A enfermeira vem até nós. — Ou vocês duas também são epiléticas e eu não sei? 

Saímos em direção a sala de aula, ainda faltavam alguns minutos para o fim do intervalo, mas todas concordávamos que o barulho ali fora não faria bem para a Edith.

— Edith Nash?

Charlie.

Cristina segura meu braço com força, tentando evitar que eu faça alguma coisa. Charlie ignora completamente a nossa existência.

— Sim?

- Eu vou dar outra festa na minha casa, tiveram rumores errados sobre a festa passada e quero concertar isso. 

— E...

— Você está convidada, Edith. Vou te mandar o local e o horário pelo celular.

— Não posso ir.

— Pense.

— QUER FAZER COM ELA A MESMA COISA QUE FEZ COM A PATRÍCIA? — não me seguro e grito, Cristina solta meu braço e leva Edith para longe dali.

— Não sei do que está falando. 

— Não precisa ser hipócrita comigo.

— Se ainda está chateada por causa do seu ex namorado, eu já dispensei ele. Pode ficar. Daniel é uma pessoa extremamente cansativa. Como você.

O Choque das palavras dela não me deixaram sair do lugar, olhei ao redor procurando Daniel, pela cara de Charlie ela tinha feito algo terrível com ele. 

Por que Diabos eu ainda me preocupava?

Chamo um dos amigos dele, na esperança de descobrir o que aconteceu.

— Onde está o Daniel?

— Ele foi embora mais cedo.

— O que aconteceu?

— Digamos que... Alguém espalhou fotos íntimas dele por aí.

— Charlie?

— Foi um número anônimo.

Charlie.

— Ele está bem? 

— Não, e para piorar a sua amiga terminou com ele logo depois que aconteceu. Ela disse que ele mesmo tinha espalhado as fotos, para se exibir.

— Charlotte e eu não somos amigas, e acho que ninguém em sã consciência faria isso consigo mesmo.  

— Tanto faz, só sei que ele está arrasado. 

— Quando tudo isso aconteceu?

— Nos últimos 20 minutos. 

Exatamente o tempo que passamos na enfermaria com Edith.

Droga, eu queria ter visto a cara dele. 

— Sabe, Dolores...Talvez você queira ir comigo...

— Para onde? 

— A nova festa da Charlie.

— Eu não fui convidada, e se eu fosse você não iria para a festa de uma pessoa que fez o que fez com um amigo.

— Bom, eu...

— Nem precisa se explicar.

Edith tinha sido convidada para aquela festa, e ela era exatamente o tipo de pessoa que não seria convidada. A não ser que Charlie quisesse fazer com ela o mesmo que fez com a Patrícia, isso era horrível, mas tinha me dado uma grande ideia. 

Charlie Tem Que Morrer | Completo Onde histórias criam vida. Descubra agora