xaropinho

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Ponto de vista de Marcelo Faria

Eram 12:30h, mais ou menos, quando a fã nos deixou a sós. Eu e Gabriela precisávamos nos arrumar para viajar. Estava um pouco gripado e fazia manha por tudo, gostava de provocá-la assim como o Aurélio faz com a personagem Julieta. Logo, pedi para ir até meu quarto, me ajudar a juntar minha bagunça e ela prontamente me acompanhou.
 

M: ei, xaropinho, pode me ajudar aqui. - falei pegando umas bolsas e mochilas.
 

Gabriela gargalhou lindamente, assim como sua mãe faz e meu coração acelerou. Veio em minha direção sorrindo amigável e disponível, mas me deu uma repreensão, pois gosta de ser a mandona da área,  assim como faz quando chega no camarim.
 

G: Ju-li-e-ta, essa sim é seu xaropinho. - meu deus! Ela tocou no meu nariz! - eu não,  nem vem com esse papo igual ao das aurietas, Marcelo. - abaixou para pegar a mala.
 

M: elas adoram nos ver juntos... - sussurrei em seu ouvido e ela parou, estremeceu. - porque não dar um pouco mais de prazer a elas?
 

Gabriela levantou a cabeça num só segundo, sua cara era de poucos amigos e eu não sabia se aquilo era ruim ou provocador. Nossos rostos estavam bem próximos e eu podia sentir o vento que saia de seu nariz, assim como ela sentia o hálito de halls preto recém chupado que saia da minha boca entreaberta, ansiosa para encontrar os lábios dela.
 

G: Prazer para elas ou para você?- me olhou tão fundo nos olhos que acho que pôde ver o que tinha atrás de mim.
 

Ficamos uns segundos assim. Eu trocava o foco entre sua boca e os castanhos olhos, não sabia se estava na hora de agarrá-la, e sinto que ela compartilhava da mesma dúvida,  até que a mala escorregou de suas mãos e ela voltou a si.
 

G: não posso, Marcelo.- se distanciou, colocando a mão pequena na frente do rosto. - eu amo meu marido, estamos juntos há 17 anos... - eu a abracei por trás
 

M: shiii....não estou pedindo para você largar seu lindo casamento. - ela foi se relaxando e virou para mim, me abraçando também. - ninguém precisa saber... - falei próximo a sua orelha.
 

G: meus filhos…
 

M: nunca saberão,nem a minha filha!- sorri e acariciei seu rosto, passando minha mão em sua nuca e puxando um pouco seus cabelos. Sabia que ela amava isso, pois percebia em nossas cenas que ela se arrepiava de verdade quando eu o fazia.
 

G: ah...Aurélio...- ela gemeu meu nome errado e nós  dois gargalhamos.
 

M: Ainda bem que desse ai eu não tenho ciúmes! - a puxei e dei um profundo e molhado beijo. Minhas mãos passearam pelos seus braços, descendo até a cintura, onde apertei e ela gemeu em minha boca, puxando meu cabelo assim como Julieta puxa os de Aurélio. Ou seria ela puxando os meus em cena? Agora já não sei mais o que é atuação e o que é realidade? Será possível?
 

G: essa mão sempre boba... - ela ri e eu então percebo meu deslize novamente, assim como na cena- você não muda,Marcelo... - ela desce as mãos pela minhas costas enquanto a beijo o pescoço, mas paro para gargalhar ao sentir que ela também me aperta a bunda também, colando nossos quadris.
 

Meu deus como estou excitado! Ela me deixa tão animado, feliz, louco! Desde que fiquei sabendo que contracenaríamos juntos, imaginei esse momento...porém ela ia escorregando da nossa loucura, parecia voltar para realidade e eu não  podia permitir, enquanto sua boca estivesse na minha seria incrível.
 

M: e você adora... - a puxei pelo braço para mais um beijo quando ouvimos alguém bater na porta. - quem é? - falei com meu corpo colado ao dela. Eu já estava a ponto de arrancar sua roupa e perder a viagem.
 

- vamos sair, Marcelo. Você viu a Gabriela? O elenco já está todo no hall, anda!
 

Era nosso diretor. Gabriela não pensou duas vezes,era muito certinha para perder a hora, não sei como estava me dando o luxo de aproveitar sua boca…
 

G: Porra, Marcelo, perdemos a hora! - ela arruma o cabelo e corre para pegar as malas.- vamos embora e olha...- vira p mim piscando muito os olhos e apontando dedo indicador - isso nunca aconteceu, trate de se acalmar e colocar o sangue na cabeça certa!
 

Ela abriu a porta e antes de sair ainda teve a ousadia de dar uma piscada sorridente ao me ver boquiaberto e duro.

Gripadinho & XaropinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora