chegamos ao fim?

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Ponto de vista de Gabriela Duarte.


Nos abraçamos rapidamente, mas eu pude sentir que o cheiro do amor que fizemos poucos minutos antes ainda estava impregnado nele. Me afastei um pouco e pude sentir sua mão esquerda me puxar de volta pela cintura, trazendo-me de encontro aos lábios macios que eu amava estar. Fomos longe demais? Felipa, por sorte, olhava a dança de Bruna, Simas e Ágatha e só nos deu bola quando ouviu Alessandra gritar ao longe que eu não poderia ir embora antes de uma foto.

P: Eu também quero sair na foto! - despertou-se nos braços do pai. - Deixa Gabi, por favorzinho. - uniu as mãozinhas, me deixando ainda mais encantada por sua doçura.

G: Mas é claro, meu amooor!! - Ajudei a pequena a encontrar o chão e mais uma vez o cheiro e o magnetismo dele me deixava balançada. Como ele podia mexer tanto com o meu senso de objetividade?

Ma: Mãe, eu quero ir embora. - Manuela se aproximou coçando os olhos. - Fred já está no carro, só falta a senhora.

A: Ela já vai Manuzita! - A puxou para mais perto. - Mas antes vamos tirar uma selfie para que eu não perca essa mulher de vista de novo. - Segurou-me pela mão e eu senti minhas bochechas queimarem. Eles chegaram a sentir nossa falta, então passamos tempo demais naquele quarto. Meu Deus!

M: Deixa que eu tiro, meninas. - Celo caminhou para pegar meu celular, mas até seu andar estava me deixando atordoada. - me dá a…

-Celo!!! - fui salva pelo gongo! - Corre aqui! Derramou tudo!!!

G: Deixa que eu mesma tiro. - Respirei fundo e todas nós nos encaixamos no retângulo vertical. - Prontinho.

A: Me marca, hein? - A minha colega, alegrinha de tanto álcool saiu dançando e nos fazendo rir.

Manuela segurou minha mãe para vermos a foto juntas e Pipa a acompanhou no gesto,, por um segundo, um milésimo de segundo, pensei como seria a relação de irmãs dessas duas meninas.

Pedi para Felipa procurar o pai e fui embora levar as crianças. Durante a viagem até em casa, deixei Vânia em seu apartamento e notei que meus dois amores dormiram no banco detrás. Infelizmente tive que acordar a pré-adolescente mal-humorada para subir até nosso apartamento e carreguei o pequeno Frederico no colo. Por sorte, nossa secretária estava indo se deitar e me ajudou com eles. Corri para meu quarto, retoquei a maquiagem e o perfume e avisei para que ninguém me esperasse, pois seria a minha hora de curtir a festa.

Ponto de vista de Marcelo Faria


A loirinha dos olhos parecidos com os meus, queria ir para casa e Alessandra estava insistindo numa foto com a Gabi, quando eu me voluntariei a tirar, mas Jonatas Oliveira, um dos nossos assistentes de direção, me chamou com urgência e eu tive que me contentar com um tchau simples.

Corri para ver a catástrofe a qual ele se referia e quase morri ao ver minha mesa de sinuca inundada de chope. Fui até a cozinha e peguei alguns panos, Danilo Tongo (outro assistente) tirou todos os copos de cima do veludo verde e iniciamos a tarefa de limpar minha mesa tão estimada.

Os colegas, já no brilho, riam da minha labuta, chamando aquilo tudo de drama, então tratei de fazer uma cena mais chocante, me deitei sobre ela e fiz pose de Deus grego comendo uvas, dobrando gargalhadas.

Danilo: Que porra é essa, Marcelo?

Marcelo Benchaya, caracterizador assistente, correu com o celular para filmar, mas eu dei um pulo da mesa e tirei o aparelho de suas mãos, rindo de tudo. Já Marcelo Matoski, da equipe de efeitos visuais, durante sua crise de riso, não parava de gritar que seria o próximo gato da novela das sete

Gripadinho & XaropinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora