G: AAAAH TE AMO!!!!!
O corpo relaxou e os dedos pararam o movimento. Com o pronunciamento os olhos se encontraram, agora extremamente assustados e indagadores.
Teria sido uma loucura ou aquela era uma declaração real?
Gabriela fechou os olhos e levou as mãos até o rosto, cobrindo os olhos e a sensação de vergonha que lhe dominara. Marcelo, percebendo que ela tinha sido levada pela emoção e não estava preparada para o que verdadeiramente sentia, resolveu fingir.
M: o que disse? - cínico - também não importa, vem logo, vem. - deitou nas almofadas e a puxou como se fosse uma pena voando pelo ar.
Gabriela levou um susto com a reação do ator. "Será mesmo que ele não ouvira o que ela gritou? E, se tivesse escutado, não se importou?", pensou. Mas seus devaneios não duraram muito, uma vez que sentiu seu corpo ser jogado para cima do dele, caindo sobre suas pernas suadas e grossas.
A mais nova das Duarte resolveu esquecer o deslize do coração e se entregar ao desejo dos toques dele mais uma vez. Estava novamente arrepiada até os cabelos da nuca e as mãos, involuntariamente encontravam as dele sobre o seu quadril. Seus olhos mandavam mensagens em códigos que só os dois sabiam decifrar e as bocas secavam por fora e salivavam por dentro, a espera do encontro daquele beijo que só eles sabiam dar.
M: Gabi... - entrelaçou os dedos com os dela. - vem?
Seu membro parecia implorar por ela. Gabriela mordeu os lábios e assentiu com a cabeça, se preparando para ali sentar. Estava tão excitada com o modo calmo e envolvente que ele estava levando as coisas depois de suas palavras, que nem teve tempo de se ajeitar, ele escorregou todo para dentro de sua intimidade.
Ambos fecharam os olhos, se sentindo totalmente preenchidos. Mãos mãos dele encontraram as costas com pingos de suor que escorriam até a bunda de Gabriela. Ali ele alisava e apertava, intercalando carinhos com pressões, deixando-a ainda extasiada.
Os movimentos de vai e vem começaram lentos. Eles não mais ouviam a música do lado de fora daquela sala bagunçada. O efeito do gelo frio não estava mais ali. Estavam quentes, a sala pegava fogo, mas não como uma insuportável sauna e sim como o conforto de um colo.
Marcelo abriu os olhos e parecia enxergar em câmera lenta. Gabriela dançava sobre seus quadris, os seios balançavam, a boca estava entreaberta e os olhos o envolviam, sem falar nos cabelos que estavam presos num coque quase desmontado, mas que mostravam todas as marcas que ele havia deixado na branca pele dela. Inconscientemente, levou a mão esquerda para seu rosto e o alisou.
G: o o o que houve, Marcelo? - ela parou a dança. - morreu? - estranhou vê-lo estático e com um sorriso bobo no rosto. - ta me broxando... - tentou sair de cima dele.
Gabriela sentiu que aquele mar nos olhos dele estavam com águas turbulentas demais, carregavam os mesmos sentimentos perigosos que pairavam sobre o seu peito e que poderiam machucar muitas pessoas que dependiam deles.
Os pais iniciando um relacionamento era apenas um pequeno percentual da confusão que estava prestes a começar se ousassem dar aquele passo. Ela precisava dar um basta naquilo tudo, mas... Saberia viver sem ele?
G: MARCELO!!! - o tirou dos pesamentos. - é só sexo, né? Isso que rola entre nós precisa ser só sexo! - piscava sem parar, parecia nervosa.
Marcelo tomou ar, querendo negar aquela insanidade que Gabriela falava, ele sabia bem que nem ela mesma acreditaria naquela sandice, mas não podia negar que, enquanto fosse só sexo, estariam salvaguardados de muitos outros julgamentos, inclusive vindos deles mesmos.
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Gripadinho & Xaropinho
Fiksi Penggemarhistória do casal "fictício" Gabriela Duarte e Marcelo Faria.