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Ponto de vista da Gabriela Duarte.

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Décimo sexto andar…

Meu coração está disparado…

O que eu estou fazendo aqui?

Eu deveria estar indo para a minha casa!

Ai Gabriela…

O que diábos estava passando pela minha cabeça para sair da minha rota e vir para este apartamento? Isso lá é horas? E eu nem avisei…

Devo estar louca, só pode!

Ou é apenas efeito daquelas mensagens enviadas pela Sayonara…

Gabriela, pare!

Oh, já foi…

“Toc toc”

Parecem horas até que a porta finalmente é aberta.

Por que segundos se tornam eternidades quando estamos nervosas?

“Toc toc toc toc”

Insisti aceleradamente, assim como as batidas em meu peito e a ansiedade do encontro que realmente desejava.

-meu deus, já vou já vou! - veio gritando até a porta. - o que é isso, é algum incêndi… Gabriela!?

Ao me ver em sua porta, ficou ali, imóvel, querendo decifrar minha feição. Eu tinha tanto dentro de mim. Acho que todas as perguntas que tinha durante o caminho só tinham uma resposta, eu fui para sua casa no modo automático, estava a procura de…

G: colo! - algumas lágrimas que eu nem senti que ali haviam brotado, caíram - estou precisando de um colo de amiga!

Agarrei os braços de Ingrid e minha amiga me apertou fortemente.

I: Honey, vamos entrar e esse momento fofo acontece lá dentro, okay? Porque os vizinhos já já vão me perguntar o que eu fiz com a rainha do café para ele vir chorar aqui na minha porta. - eu ri ainda cabisbaixa e rumamos ao sofá.

Contei tudo a minha melhor amiga. Não precisava de muito, uma vez que já a havia alugado alguns dias antes e Ingrid estava a par de nossas confusões, mas eu queria saber o que fazer de uma vez por todas, mesmo que já tivesse bolado algumas possibilidades em minha cabeça.

I: o que você espera que realmente eu diga, Gabi? - me olhou séria, enquanto eu limpava o restante das lágrimas. Já tinha deixado de chorar, mas Ingrid era como uma irmã e me deixava a vontade para externar toda e qualquer emoção negava durante todo o dia.

G: quero que seja sincera, apenas. - respirei fundo.

I: mas você já tem uma resposta - me encarou, tocando-me o braço. - e sabe disso, não é?

Realmente, eu não tinha ido procurar um conselho sobre o que fazer, e sim ouvi-la me dizer para confiar em minhas decisões.

G: ok. - peguei minha bolsa sobre as almofadas do sofá e apressei meus passos até a porta.

I: Gaby, baby, não fica com raiva de mim - a loira tensionou a testa e não pareceu entender a minha pressa, na verdade, nem eu conseguia me compreender naquele momento. - eu queria apenas te ajudar a entender a situação sendo imparcial, você sabe que eu sou amiga dos do…

G: Amiga - me virei ao abrir a porta. - você não foi imparcial. - Pude ver o choque de Ingrid em seus olhos - você não é insignificante para este nosso caso e você tem uma parcela imensa de culpa no que quer que eu faça da minha vida. - Seu rosto mudou da água para o vinho, agora sorria brincalhona, assim como eu amo. - but i love you anyway, bye bye!

Gripadinho & XaropinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora