Capítulo 22 - Girassóis no grande dia.

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"Que nessas frases tem um pouco de nós dois

Que não deixamos o agora pra depois

Quando te vejo eu me sinto tão completo

Por onde eu vou

E nesses traços vou tentando descrever

Que mil palavras é tão pouco pra dizer

Que um sentimento muda tudo

Muda o mundo

Isso é o amor"

Na Linha do Tempo - Victor e Leo.

Mesmo através da névoa de sono eu tinha certeza de alguém estava me chamando.

- Theo? - murmurei e ele resmungou algo incompreensível em resposta, me apertou mais contra si e voltou a dormir, eu também estava quase lá quando ouvi, alto e claro dessa vez.

- Cordélia, acorda! - a voz de Alice atravessou a névoa do sono e me acordou. Pisquei tentando entender o que estava acontecendo.

Eu ainda continuava em meu quarto, agora sentada na cama com Theo ao meu lado, a porta estava fechada e Alice batendo nela loucamente, quem a ouvisse pensaria que o mundo estava acabando, olhei para a tela do celular em cima do criado mudo e me surpreendi, eram 07h02m da manhã, minha amiga escandalosa tinha madrugado na minha porta.

- Cordélia! Hoje é o grande dia, a gente tem muito o que organizar, acorda logo!

- Como é possível? - Theo perguntou ainda de olhos fechados, escondendo o rosto na lateral da minha coxa. - Nós fomos dormir ontem mais de duas da manhã e ela já está de pé e acordando os outros? Manda sua amiga embora, Lilly.

- Minha amiga? Ela é sua irmã primeiro, manda você - reclamo bocejando e desejando só poder voltar outra vez para a cama.

Theo e eu queríamos despedidas de solteiro, mas como o casal ciumento e nada convencional que somos resolvemos fazer tudo junto, assim, terminamos os dois e nossos amigos no bar da Rita até quase três da manhã, rindo, bebendo, dançando e nos divertindo. Foi ótimo mesmo que no fim a gente tenha fugido da ideia principal do negócio que era cada um ter sua própria despedida.

- Cordélia! Me responde! Eu vou por essa porta a baixo se você não me responder.

- Ela é bem capaz disso - Theo riu se sentando na cama também. - Então é melhor você responder logo.

Grunhi ficando de pé de má vontade, eu só não ia matar Alice por que hoje era o dia do meu casamento e ela a madrinha do meu noivo.

- Você não dorme não? – reclamei depois de abrir a porta. O sorriso de felicidade da morena era tão grande e brilhante que quase me cegou.

- Até durmo, mas estava ansiosa de mais pra isso! É hoje! – ela deu um gritinho de animação e eu quis muito só fechar a porta na cara dela. Eu amava Alice, mas pessoas muito felizes pela manhã eram algo que eu não conseguia suportar, principalmente depois de ter tido miseras quatro horas de sono.

- É, é hoje – concordei sem conseguir conter o sorriso e me virei para olhar Theo que nos observava sorrindo. – Vamos nos casar.

- É vamos, finalmente – ele concorda vindo em minha direção. – Amo você.

- Também te amo – estou prestes a beijá-lo quando Alice me puxa pelo braço em sua direção.

- É, o amor é lindo e tudo mais e vocês vão se casar, mas isso não vai acontecer se não começarmos a nos mover. Então xô, Theo! – ela o estava pulsando do quarto como se meu noivo fosse um cachorro que entrou em casa sem permissão.

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