Epílogo II.

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"Você é o primeiro pensamento do meu dia,

Se eu não te vejo quase morro de agonia.

Sou dependente desse amor, seu beijo vicia,

Eu quero todo dia!

A noite cai, o meu sonho é você,

Dizer te amo já tá virando clichê.

Mas eu tô repetindo pra você saber,

Que eu adoro amar você!"

Clichê – João Neto e Frederico.

Alice

Uma pilha de nervos, era como eu estava. Eu não conseguia parar de andar de um lado para o outro no meu quarto na casa de tia Beth, eu já tinha até tirado os saltos depois que quase tropecei na barra do meu vestido branco e enorme.

Olhei-me outra vez no espelho e sorri. Meus cabelos estavam presos num penteado elaborado, a tiara e o véu eu fiz questão, assim como fiz questão das mangas de rendas que iam até o meu pulso. A saia do meu vestido de noiva não era tão ampla quanto à de Cordélia foi, mas eu estava me sentindo uma princesa do mesmo jeito.

A pouco mais de um mês a construção da minha casa tinha ficado pronta e Lilly me garantiu que já tinha "Voltado a caber em um vestido de madrinha", palavras dela, não minhas, então eu e Hugo finalmente tínhamos marcado a data do casamento. Eu só não imaginei que um mês fosse passar tão rápido e que eu teria tantas coisas pra resolver.

Cordélia realmente se vingou de mim agora, por que até sobre as fitas de prender os arranjos de mesa ela me perguntou, e ela estava adorando me encher com essas pequenas coisas, eu via pelo divertimento em seus olhos, Lilly nem disfarçava. Felizmente no fim deu tudo certo e eu consegui planejar e organizar meu casamento, com ajuda - ou não - de Cordélia sem surtar. E tinha ficado lindo. A cerimônia seria na capela da vila e a festa aqui na fazenda, eu tinha realmente amado a festa de Lilly.

- Como está minha noiva favorita? - minha amiga pergunta entrando no quarto com o filho no colo. Cordélia estava usando um vestido verde tomara que caia com uma fenda na perna esquerda, seus cabelos, que agora alcançavam o meio das costas, estavam soltos.

- Estou com saudades do meu afilhado lindo. Oi Guto, a dinda estava com saudades - fiz uma vozinha mais fina e o bebê com todos os seus três meses gargalhou. Os olhos azuis e as bochechas gordinhas garantiam a Guto meu amor incondicional. Não só o meu, todos nessa fazenda e fora dela, o senhor Ricardo e a dona Cíntia inclusos, eram apaixonados pelo bebê.

- Oi pra você também, Alice - Cordélia ironizou e fiz menção em pegar José Augusto, mas ela não deixou. - Não vai pegá-lo de jeito nenhum, já pensou se meu filho fofo e muito babão mancha seu vestido a essa altura do campeonato? Ia ser um desastre, deixa para mimá-lo amanhã, e depois e depois, você vai ter a vida toda pra isso, mas hoje melhor não.

- Isso tudo é por que eu não cumprimentei você? - me fiz de magoada com a mão sobre o peito e Lilly riu. - Você é muito rancorosa.

- Rancor não, meu amor, eu só guardo informações importantes para usá-las mais tarde quando eu precisar.

A explicação elaborada de Cordélia e suas caras e bocas me fizeram rir também, era bom poder aliviar a tensão de estar trancada num quarto esperando meu tio vir me buscar para irmos para a igreja. Ainda era meio surreal o fato de eu estar me casando com o meu amor platônico da juventude, era surreal, incrível e encantador e eu não via à hora de sermos finalmente, marido e mulher.

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⏰ Última atualização: May 27, 2019 ⏰

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