Primeira vez

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Martina caminhou pelo quarto correndo os olhos pela cama king size, metodicamente, arrumada com um cobre leito azul marinho. A direita dela, uma janela se abria para uma sacada e seus passos lentos a levaram até lá. Abriu as cortinas de tecido fino, cinza chumbo e contemplou o jardim bem cuidado. Junto dele, avistava-se a ala da piscina majestosa, com suas mesinhas brancas e guarda sóis fechados.
As lâmpadas dispostas em estratégia, iluminavam as flores que exalavam seu perfume, levadas até seu nariz pela brisa noturna da noite de verão.
Voltou ao interior, para conhecer o lugar onde Murilo passava a maioria de suas noites e indo em direção a uma porta lateral, abriu se deparando com o banheiro de extremo bom gosto, em tom pastel. A banheira redonda e uma bancada de mármore completavam o conjunto de louças. Os espelhos, num plano planejado, refletiam sua imagem em vários ângulos.
Fechou a porta e seguiu ao closet planejado, com as roupas bem dobradas e os acessórios como gravatas, abotoaduras, relógios, óculos de vários modelos e marcas dispostos em gavetões de acrílicos transparente, em compartimentos. As camisas de várias cores, passadas, impecáveis, penduradas uma ao lado da outra em um cabideiro. Caminhou até elas, estendendo a mão, passou os dedos delicados pelo tecido e levou uma ao nariz, aspirando o cheiro tão conhecido dela. Seus hormônios se alteraram com rapidez, sentindo um frisson em seu ventre. O simples perfume de Murilo, a excitava de uma forma inexplicável.
Não soube quanto tempo se passou, desde que Murilo havia descido, devido a sua ansiedade, só despertando de seus devaneios quando ouviu a porta principal se abrindo e vozes no interior do quarto. Saiu a procura delas.
Com Murilo, dois garçons, arrumavam com uma toalha de linho branca, uma pequena mesa na sacada e um outro trazia um carrinho com comidas e bebidas, que foram dispostas sobre ela. A destreza deles em preparar tudo rapidamente, surpreendeu Martina. Eram experts no que faziam. Ela observava na saída do closet, Murilo dando as ordens de como queria tudo, sua imagem passava uma segurança que ninguém em sã consciência ousaria contraria-lo. Ao final, agradeceu, descendo com eles.

Martina atravessou o quarto e sentou a beira da cama, as mãos sobre o colo suavam frio. Com certeza, não iria conseguir resistir aos apelos do seu corpo que o desejava com fervor.
Ele voltou com um sorriso lindo e sedutor, os olhos carregando a escuridão da noite, cheios de segundas intenções.
Sentiu seu corpo se retesar em expectativa, quando ele se aproximou estendendo a mão para que ela se levantasse.
Martina em meio ao seu nervosismo, levantou, enganchado o salto da sandália no tapete felpudo se desequilibrando, que foi logo, amparada, pelos braços de Murilo. O perfume e o calor do seu corpo lhe tiravam o ar, a fazendo respirar ofegante e ele riu de leve.
__ Está tremendo. - observou.
__ Murilo...
__ Shiuu... nada vai acontecer se não quiser, eu te prometo!
__ Então... - meio sem jeito, confessou. __ Este é o problema. Estou com medo de não resistir a você.
Murilo passou o polegar por seu lábio inferior, para em seguida a beijar com ternura.
__ Vamos deixar acontecer naturalmente... Prometo que se acontecer, vai ser inesquecível.
Martina ficou ainda mais agoniada. Se fizessem amor, poderia engravidar!
Fez as contas mentalmente, talvez o método da tabelinha fosse eficaz. Matematicamente, as contas por cima, indicavam que não estava em seu período fértil e pela Biologia uma gravidez seria impossível de acontecer se não estivesse ovulando. Tentou lembrar a data de sua última menstruação, mas não teve a certeza. Sua insegurança era visível em seu semblante.
__ Murilo, eu deveria te odiar por me conquistar assim, mas não consigo. - confessou, encarando a negritude do olhar penetrante dele, que examinava cada ângulo de sua face.
__ Não vou te pressionar a nada. - garantiu.__ Vamos jantar, antes que esfrie. Só acontecerá se você quiser. -
disse a levando a pequena mesa posta.
Puxou a cadeira para que ela se sentasse e fazendo a volta por trás, pegou a garrafa de vinho, servindo o copo de Martina, logo depois, o seu.
Ela tomou um gole, os pensamentos a deixando inquieta, porém após, a primeira taça, relaxou totalmente e o sorriso voltou a ser estampado em seu rosto.
O jantar tinha sido preparado maravilhosamente bem. O cardápio foi escolhido, por alguém que conhecia seus gostos e feito para lhe agradar.
Martina saboreou o Arroz a Piamontesse, acompanhado do peixe crocante com crostas de castanhas e da salada verde com morangos. O sabor marcante era algo que a agradava. Ao final, elogiou, cruzando os talheres sobre o prato.
__ Simplesmente divino! Como soube dos meus gostos? É minha salada preferida!
__ Já expliquei, pra mim, nada é difícil saber. - tomou um gole do vinho, a encarando. __ Aos poucos, vou descobrindo do que mais gosta, e pode apostar, a comida ficará em segundo plano, depois que te fizer mulher e aprender a gostar das inúmeras maneiras que se pode chegar ao paraíso sob o meu toque.
As palavras dele ecoaram em seu cérebro, a deixando com as pernas bambas. Se não estivesse sentada, na certa fraquejaria.
O modo sensual como falava, fazia com que sua intimidade latejasse ansiando pelo seu toque hábil.
Murilo era implacável na arte de conquistar uma mulher. Sabia todas as manhas e tecia a teia para que ela se enredasse na sua sedução.Depois de algum tempo conversando,
resistir ao seu olhar e aos seus encantos, não era fácil.
Martina estendeu o copo para que servisse um pouco mais de vinho.
Murilo sorriu e negou com a cabeça.
Ela arqueou a sobrancelha não entendendo.
__ Quero você sóbria, duas taças de vinho são suficientes. - disse levantado, como um predador rondando a presa, parou ao lado dela.
Martina levantou os olhos e ele pousou as mãos sobre seus ombros a obrigando a se levantar.
Ela pediu aos céus, para que suas pernas aguentassem o peso da sua ansiedade, que a deixava sem forças.
Mordeu o lábio inferior e pousou os olhos castanhos nos dele.
Murilo desceu uma das mãos agarrando sua cintura, enquanto a outra subia e segurava sua nuca trazendo os lábios dela para perto, num convite a se juntar aos seus.
Ela não resistiu, a mente não racionalizando as emoções, o abraçou, colando seu corpo no dele, enterrando os dedos nos cabelos macios, juntando sua boca a dele num beijo quente, cheio de desejo.
___ Martina, eu te quero muito! Não aguento mais esperar... Quero fazer amor com você! - confessou em meio aos seus lábios.
O coração dele batia em descompasso e ela desceu as mãos acariciando seu peito por cima da camisa, sentindo seus músculos se retesarem sob seu toque.
Ainda a beijando, Murilo abriu o zíper do vestido, o puxando para baixo, caindo aos seus pés.
Ele se afastou alguns passos para apreciar a visão dela só com a calcinha branca, minúscula.
Suspirou profundamente, esticando a mão, tocou o vale entre seus seios firmes, os contornando com a ponta dos dedos, acariciando com delicadeza.
Martina tremia e o toque a fez se arrepiar, enrijecendo os bicos.
Ele, dando vazão a seu desejo, desabotoou a camisa e a tirou, jogando em cima de uma poltrona.
Martina podia ver nitidamente, o membro duro, quase estourando o tecido da calça.
O desejo de toca-lo foi mais forte que a razão, Martina saiu do círculo do vestido no chão e se aproximou abrindo o botão da calça com as mãos trêmulas. Ele a enlaçou pela cintura, descendo as mãos por suas coxas, forçou, as puxando para que se entrelacassem ao redor de seu quadril e assim, a levou lentamente, para a cama, enquanto, seus lábios se moviam loucamente, sobre os dela. Murilo usava a língua com maestria, brincando com a dela, a excitando ainda mais.
Os bicos dos seios roçavam na musculatura rija do peito e ele a derrubou lentamente, na cama macia, se afastando e se livrando do resto da roupa
Martina extasiou ao ver todo o seu tamanho, desejando senti- lo dentro dela, mas ao mesmo tempo temendo, confessou:
__Tenho medo que você me machuque, é muito grande, acho que não cabe em mim tudo isso.
Ele sorriu e se aproximou, a tranquilizando.
__ No início vai doer um pouco, mas farei com calma, Martina. Se não aguentar eu paro. Há outras formas de dar e sentir prazer, até você ter a segurança que precisa.
__ Estou realmente, insegura, apesar de te desejar como nunca aconteceu comigo, em relação a ninguém.
Ele se aproximou mais e ela subiu, arrastando as costas em direção aos travesseiros. Murilo engatinhou sobre o colchão como um predador hipnotizando sua presa. Deitou o corpo por cima do seu.
__ Sei que não quer usar preservativo, mas também sei que tem medo que eu possa te transmitir alguma doença. Se tansarmos hoje, será a primeira, com quem não usarei camisinha. Só peço que confie em mim.
Os olhos dele cintilavam de desejo e Martina sentia seu pau, cutucando seu corpo. O beijou de leve, para criar segurança e aos poucos, ele se tornou mais sensual, a língua atrevida brincando com a sua.
Ela desceu as mãos por suas costas sentindo cada músculo, desceu até sua bunda e forçou contra a sua intimidade, já não raciocinando mais.
Murilo separou os lábios dos dela e com a língua fez o trajeto entre seus seios e abocanhou um deles, brincando sensualmente com o bico, deixando Martina alucinada, a fazendo arquear o corpo como se quisesse ser devorada inteira por ele.
A saga continuou com o outro seio, mordendo de leve o bico , arrancando suspiros e agora, descendo por sua barriga lisa, indo em direção a calcinha. Murilo beijou seu Monte de Vênus por cima do tecido rendado e ela estremeceu, afastando uma das pernas. O queria entre elas, queria sentir a língua de Murilo a invadindo novamente e foi o que aconteceu quando ele puxou com força as tira finas do pequeno pedaço de renda, arrebentando e liberando o seu sexo úmido, latejante para receber sua língua ávida.
Murilo caiu de boca em sua gruta quente, lambendo e enfiando a língua, a deixando ainda mais molhada. Sua lubrificação escorria, deixando uma pequena mancha no tecido do cobre leito. Ele enfiou um dedo até onde sentia sua barreira e circulou incessantemente, seu clitóris entumescido com a língua, movimentando o dedo na sua entrada. Martina arqueou o corpo, gemendo alto, quando o orgasmo veio intenso, estremecendo seu corpo e contraindo suas entranhas. Ainda sem respirar direito, sentiu seu gosto num outro beijo e ainda entre seus lábios ela pediu:
__" Quero ser sua Murilo!
Ele então, ajeitou seu membro duro em sua entrada e deslizou com cuidado para dentro dela, forçando aos poucos, sua virgindade.
Martina fez uma careta de dor e ele parou, passando a mão em seu rosto carinhosamente, o peso do corpo em cima do seu quase a sufocando.
__ Quer que eu pare, meu amor?
Ao ouvir aquelas palavras, Martina teve a certeza que nada mais importava no momento, nem o fato de poder engravidar, nem o fato de ter sido comprada. Naquele momento, o quis como nunca e descobriu que estava perdida e que nada mais faria sentido em sua vida sem a presença dele. Descobriu que estava apaixonada.
Ela agora, o agarrou pela nuca e enterrando os dedos nos cabelos negros, ordenou:
__ Continua, sei que vai doer, mas não importa mais nada! - o beijou com sofreguidão.
Murilo forçou um pouco mais, se movimentando num vai e vem, até que sentiu que poderia romper e numa estocada só, se enterrou inteiro dentro dela; seus gemidos de prazer se misturando aos de dores dela.
Acalmou os movimentos por alguns instantes, para que se acostumasse com seu tamanho dentro dela e então, Martina mexeu os quadris, mostrando que estava tudo bem, entrelaçando as pernas em sua cintura.
Os movimentos continuaram lentos, em sintonia, como se fosse uma dança sensual. Ele apertava uma de suas coxas, os dedos deixando marcas visíveis em sua pele branca; apreciando o quanto ela era apertada.
Enquanto faziam amor, suas bocas não se desgrudavam e Martina sentiu que ele estocava mais fundo, mexendo com algum ponto dentro dela antes desconhecido, que lhe dava intenso prazer.
Gemeu alto, quando atingiu o ápice, estremecendo, sentindo as contratações de prazer do orgasmo pleno, que Murilo lhe proporcionava. Ele sentindo que ela o apertava, gozou intenso dentro de Martina, gemendo seu nome no seu ouvido, os músculos sendo tensionados pelo prazer que estava sentindo.

UM TEMPO PARA AMAR 1° Lugar na Categoria, Cena Dramática #CDouradosnaliteraturaOnde histórias criam vida. Descubra agora