Final

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Martina entrou no quarto dos filhos, que dormiam o sono dos anjos, cada um em seu berço, parando para admirá-los. Eram tão fofos e já estavam com 6 meses! Demonstravam que seriam muito diferentes um do outro em personalidades. Lorenzo era o mais agitado e impaciente. Já Bernardo era mais calmo.
Os cabelinhos  escuros tinham se misturado agora, a nuances acobreadas, que com o reflexo do sol ou da luz, evidenciava a mistura perfeita da genética dos pais.
Bernardo e Lorenzo eram a alegria de todos, principalmente de Suzana e dos pais de Murilo, que se desdobravam em mimos com os pequenos, que batiam as perninhas e davam os braços cada vez que os enxergavam, na certeza de que ganhariam um colo amoroso.
Ela ouviu passos e sentiu a presença do marido atrás de si e seus braços a enlaçando pela cintura. Ele afastou seus cabelos  para o lado e  descansou os lábios  em seu pescoço, num beijo carinhoso que a fez se arrepiar. Ela sorriu satisfeita com o carinho.
__ O que faz aqui? Fiquei te esperando lá na cama...- ele reclamou com carinho.
__ Não me canso de olhar para os dois! Vim ver se estavam bem, estou só esperando a babá subir para ficar com eles. Não fico tranquila de deixá-los sozinhos, dormindo.
__ Eu sabia que você seria assim... cuidadosa, amorosa... Lutou muito pra poder ficar com eles!
Ela suspirou.
___ Você também lutou, Murilo! Nem sei como faria com esses dois se meus planos de fuga tivessem dado certo. Eles dão trabalho! - o sorriso no rosto, não evidenciava uma reclamação, mas sim, prazer em ver os filhos crescerem espertos.
___ Claro que dão, são crianças saudáveis! Depois, um deles tem a personalidade da mãe... impaciente! - ele concluiu.
__ Eu impaciente? Você que é! - replicou.__ Nem bem saí  do quarto e já veio atrás de mim!
Ele subiu a mão de sua cintura, acariciando um dos seios dela por cima do robe.
__ Não consigo ficar longe de você... também quero um pouquinho de atenção!
Martina se virou, acariciando os cabelos negros com as pontas dos dedos em sua nuca, encostando os lábios nos dele num beijo sensual, o deixando sem fôlego.
__ Me espera só mais uns minutos, até ela voltar... - disse roçando a boca na orelha de Murilo
A porta se abriu e a babá entrou, ela dormia ali com os meninos. 
A parte mais difícil, da maternidade, para Martina, foi levá-los para o quarto em frente, que tinham preparado para os gêmeos, pois até os 4 meses eles fizeram companhia aos dois na suíte. Murilo lhe ajudou sempre, como havia prometido. Foram muitas as noites em que passaram em claro, cuidando deles.
Ela ainda amamentava, porém agora, só de dia; as mamadas da noite foram rareando até que, só choravam de fome perto das 6 horas da manhã. A noite eles dormiam muito bem.
Murilo ficou um pouco sem jeito e saiu sem despedir dos garotos, estava excitado demais e não queria chamar a atenção da moça morena, que ajudava a cuidar dos filhos. Martina riu por dentro do embaraço do marido.
Após as últimas ordens e se despedir deles, ela voltou a suíte do casal, cheia de segundas intenções.
Murilo a esperava deitado e correu os olhos por sua silhueta quando Martina desamarrou o robe, o tirando e ficando apenas de calcinha e sutiã.
___ Não me olhe assim, ainda estou gordinha! - reclamou ficando corada.
___ E eu disse alguma coisa? - ele levantou indo ao seu encontro perto da poltrona, colocada no quarto especialmente, para que ela se sentisse confortável para amamentar.
___ Continua linda e eu continuo te amando com a mesma intensidade de antes, aliás, acho que até é mais forte agora, que se tornou a mãe dos meus filhos! - passou os nós dos dedos por sua face, analisando cada traço dela. 
Ela fechou os olhos apreciando o carinho e Murilo beijou levemente seus  lábios, envolvendo seu rosto com as mãos carinhosas, roçando a barba numa carícia sobre sua pele, enterrando os lábios na curva delicada de seu pescoço, de modo que as palavras apaixonadas saíram abafadas.
___ Você é a mulher da minha vida, nada no mundo mudará isso. Eu te amo! - disse isso e num gesto súbito, a ergueu no colo.
Martina sorriu, enquanto era carregada e depositada na cama.
Murilo se deitou sobre ela, a boca quente procurando seus lábios, num beijo sensual; a língua brincando com o desejo dela.
Ele era insistente com as mãos, acariciando suas coxas, puxando a calcinha de renda, para baixo para que pudesse se livrar dela. As mãos morenas e fortes subiram para sua cintura, procurando os seios, se livrando agora, do sutiã para brincar com os mamilos entumescidos,
Ela suspirou de prazer se arrepiando inteira e  acariciou suas costas, sentindo sua musculatura forte se retrair sob seu toque, procurando os lábios ávidos de Murilo, o apertando contra o seu corpo; a paixão entre eles continuava a ser incontrolável.
Martina gemeu alto quando Murilo começou a abrir passagem em seu sexo apertado, inchado de desejo e então, enroscou-se nele, mexendo os quadris, sinalizando que o queria sentir inteiro dentro dela. Seus corpos se moviam numa excitação rápida, profunda e intensa, os deixando alucinados, numa linguagem que ambos conheciam bem, a do amor e do prazer.
Ela arqueou o corpo, tendo a respiração entrecortada por gemidos, alcançando um orgasmo intenso; Murilo se satisfez em seguida, chamando seu nome com a voz rouca e baixa em seu ouvido.
Assim que conseguiram recobrar suas respirações, um sorriu para o outro,como cúmplices do ato de amor. Os dois não poderiam estar mais felizes. Minutos mais tarde, aconchegados nos braços um do outro, adormeceram.

UM TEMPO PARA AMAR 1° Lugar na Categoria, Cena Dramática #CDouradosnaliteraturaOnde histórias criam vida. Descubra agora