Beautiful Love • Jikook •

11.1 - As cores do meu amor

"Para nascer uma flor singular
Quantas chuvas caíram de seus olhos?
Oh relembrando, quanto mais
eu penso, mais eu sinto
Então não desistirei
Você abriu mão de sua jovem e bela sessão
Olhe para mim, eu floresci lindamente
Mesmo que eu caia no chão
Eu farei você andar apenas
em um caminho de flores"
Kim Sejeong - Flower Way

P.O.V MÃE DO Jungkook

Trabalhar, casar e ter filhos sempre foram sonhos que tive. Ter uma família unida e feliz. Encontrei o amor da minha vida ainda jovem, na faculdade, e após muitas dificuldades, estávamos casados e felizes. Nossa felicidade ficou ainda mais completa quando descobri que estava grávida do nosso primeiro e único filho.

Quando fiz o exame e deu positivo, nunca havia chorado tanto na minha vida. A partir daquele momento, eu tinha uma vida dentro de mim. Foi quando entendi o que realmente significava a palavra amor.

Eu e So Ji não nos aguentamos de tão felizes quando descobrimos que seria um menino. Passamos a imaginar como ele seria, os olhinhos, o corpinho...

Sempre acreditei que quando um casal tem um filho, esse filho se torna uma materialização do seu amor. E o nosso receberia muito amor de nós.

Com o nascimento do Jungkook, me senti a mulher mais realizada do mundo. Um sentimento único e forte tomou conta de mim, e por ele eu era capaz de dar minha própria vida.

Todas as noites em claro, os choros, as idas em hospitais, o estresse e o cansaço, tudo valeu e continuava valendo quando vi o quanto o meu filho cresceu saudável, bonito e tão amoroso.

Imaginei, juntamente com o meu marido, os passos que nosso filho daria, qual universidade ele poderia sim fazer parte e o quanto seria um bom marido para a esposa.

O que eu não esperava era que iria passar pela morte dele nos seus dezessete anos. A morte do Jungkook que eu tinha idealizado.

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Tudo começou a desmoronar quando ele passou dias de cama e nenhum remédio parecia surtir efeito. Eu estava realmente preocupada, até vê-lo chorar muito e abafar seu choro no travesseiro.

Me pus à disposição dele para que pudesse me contar o que estava acontecendo, porém ele colocou aquele sorriso no rosto e disse que estava tudo bem.

O que ele não contava era que eu conhecia aqueles olhos quando estavam tristes. Algo estava acontecendo com meu filho. Me dirigi até a escola e fui direto falar com o diretor.

— Senhora Jeon, estava esperando a senhora há um tempo. Como tem passado?

— Me esperando? Por quê? — indaguei.

— Jimin não informou a senhora que solicitei a sua presença?

Não havia recebido recado algum, porém sabia que Jimin poderia ser punido caso eu dissesse que não sabia a que ele se referia.

— Ah, sim! Ele me avisou, mas eu fiquei com um milhão de coisas na cabeça e acabei esquecendo.

— Totalmente compreensível diante das circunstâncias. Sente-se, por favor. — Ele me indicou a cadeira à frente da sua mesa.

A situação era estranha, não fazia ideia do que ele queria comigo, até porque era eu quem estava querendo ter uma conversa com ele.

— Senhora Jeon, antes de mais nada, lamento muitíssimo que tenha que passar por uma situação dessas. Saiba que estamos aqui para prestar total apoio.