Beautiful Love • Jikook •

21.1 - Meu tão doce, Jungkook

"Você não conhece a impureza
Seus olhos são como diamantes
Mais bonitos do que qualquer
outra joia
Estou constantemente fascinado
Não consigo tirar meus olhos
de você, não mais"
BTS - Stay Gold

🍃

Enquanto Jimin explicava pela décima vez as razões pelas quais tinha medo de fantasma, nós adormecemos enquanto estava passando um programa qualquer na TV. Na certa não era interessante, não lembro o nome nem o foco dele, talvez seja porque passei quase o tempo todo beijando o Jimin, cheirando seu pescoço e admirando seu sorriso... sabe, coisas mais interessantes do que o que estava passando.

Acabei dormindo junto dele, até que no meio da noite ouvi um sussurro: - Jungkook? Filho, acorda. Vai pra tua cama.

Era minha mãe. Ela havia desligado a TV e estava puxando o lençol de cima de mim. Dei uma leve choramingada, tanto pelo sono quanto por querer dormir a noite toda com ele.

- Não adianta fazer dengo, vai pro teu quarto. Deixa o Jimin dormir confortável. O sofá não é ideal para dormirem duas pessoas, ainda mais uma espaçosa feito você. Vai, sobe pro teu quarto.

Levantei me arrastando enquanto Jimin sequer se mexeu. "É assim, né? Quando formos casados, não sentirá nem se eu sair da cama pra dormir na sala. Bom saber disso."

Subi as escadas ainda meio sonolento, até que parei na metade e olhei para o sofá uma última vez e vi minha mãe cobrindo o Jimin. Ele estava descoberto e ela ajeitou o lençol pra ele, exatamente como fazia comigo, e ainda lhe fez um afago.

Deixei ela acomodando ele melhor e fui para minha cama. Minutos depois ela foi até o meu quarto, me fez um carinho, deu um beijo na testa e sussurrou - Eu te amo, meu amor. Boa noite!

Me encolhi todo feliz e adormeci de verdade.

• • •

Como de costume, acordei cedo como se fosse para a escola. O que, obviamente, não acontecia quando eu tinha que ir para a escola. Não deveria ser só comigo que acontecia aquele fenômeno, não era possível que fosse.

Fiquei olhando para o teto, chequei o celular e senti o frio na barriga ao lembrar que Jimin estava na sala e que nós iríamos ao Lotte!

Levantei ainda enrolado no lençol, desci as escadas devagarinho e vi Jimin dormindo agarradinho com o travesseiro, e o Fluffy deitado no chão. Pelo menos ele não estava sozinho, Fluffy era uma ótima companhia e gostava muito do Jimin. Tal pai, tal filho.

Sentei na pontinha do sofá e fiquei vendo-o dormir por alguns minutos, tempo suficiente para que eu me apaixonasse de novo. Todo dia a mesma coisa, mais um potinho de amor enchendo pra ele. Jimin se mexeu um pouco e me aproximei mais dele, o fazendo despertar.

- Bebê? São que horas?

- Hora de você dar espaço pra eu deitar aí com você.

Ele riu, ainda com os olhinhos inchados, se ajeitou um pouco mais, separou uma parte do seu lençol, deu umas batidinhas no sofá, me chamando para me deitar ali. Me joguei nos seus braços e ali fiquei todo derretido e com o rosto no seu pescoço geladinho por conta do frio.

Joguei minhas pernas e braços por cima dele para aquecê-lo e ele me abraçou. Nós tínhamos um encaixe tão perfeito, que não importava se era eu quem estava no peito dele ou ele no meu. De ambas as formas, éramos perfeitos um no outro e só isso importava.

Jimin me deu um cheirinho no cabelo e pude ouvir seu coração acelerar os batimentos. Nunca imaginei que ele sentisse a mesma coisa que eu. Ele sentia do jeitinho dele, mas sentia. Fiquei rindo todo bobinho com a cara enfiada no peito dele e ele me fazendo cafuné, até voltarmos a dormir.