Amante obsessivo

fugitiva

A luz passou por mim e continuou a ir para as outras poltronas.
Senti um grande alivio... Minhas pernas estavam mole e minha testa suada de tanto nervosismo.
- Quero ir embora Karen.
- Ir embora? Sério? Vc deve estar de brincadeira!! - disse indignada.
- Nunca falei tao serio. Nao estou bem para estar andando em lugar publico como esse.
- Relaxa Julia, pagamos para ver o filme e agora nao vamos poder assistir? Nao mesmo...vamos assistir sim! - disse a Karen toda tranquila se ajeitando na poltrona.
- Tudo bem entao. Mas assim que o filme acabar vamos voando para sua casa. Ta bem?
- Ok, ok... Como desejar.

Assim que o filme acabou fomos direto ao caixa eletronico ver o quanto meu pai havia depositado, mas para nossa surpresa minha conta havia sido bloqueada.
- Como assim bloqueada? - exclamei alto - Aquele filho da mãe que deve ter feito isso.
- Nossa... Mas ele seria capaz disso? - perguntou a Karen com cara de espanto.
- Depois de tudo que contei dele vc ainda tem duvidas?
- É, realmente ele parece ser um cara perigoso Julia! Vamos embora que agora até eu já estou com medo.
- Sim, vamos! Amanha peço para meu pai depositar na sua conta assim ele nao terá acesso.

Naquela noite apesar de todo o medo que eu estava, eu me sentia segura na casa da Karen. Como eu nao havia mais ligado meu celular nao tinha como o Marcos descobrir onde eu estava. Eu só teria que evitar sair em público e evitar mexer em minha conta bancária.

Tentei dormir mas era impossivel, só ficava pensando em todo esse transtorno que estava trazendo para a vida da Karen. E se o Marcos descobrisse que eu estava aqui e fizesse algo com ela? Sera?
Eu teria que ir pra outro lugar. Eu iria ficar só mais uns dias e assim que eu estivesse com o dinheiro do meu pai, iria pra longe. Nao posso arriscar a vida da minha amiga assim.

Dormi muito mal, e já logo cedo liguei para meu pai e consegui resolver sobre o dinheiro. Cairia na conta da Karen já naquela mesma tarde.

Eu havia desligado o celular, desde entao nao tinha mais sido perturbada com mensagens e ligaçoes do Marcos.
Era bom porque eu nao teria que suportar as ameaças daquele que achava que poderia comprar tudo e todos com seu dinheiro.

Passamos a manhã toda jogadas no sofá ainda de pijamas, conversamos bastante e pude desabafar meus sentimentos para a Karen.
- Você o ama!
- Sério? Depois de tudo que te disse é isso que você me fala? Que eu o amo?
- Você fala de tudo que ele fez mas nao vejo em você rancor ou dor Julia! Eu no seu lugar o queria morto!
- Que horror Karen! Você está é louca. Pirou de vez né?
- Admita Julia! Olhe pra você... Desligou o celular e ainda assim fica olhando pra ele como se esperasse uma ligaçao ou mensagem. Quer saber... Acho que você está em uma fusao de sentimentos: amor e ódio.
- Chega Karen. Vou tomar um banho... Hoje você nao está falando coisa com coisa.
- Vai amiga... Afogue sua frustraçao no chuveiro...
- Sua chata! - Joguei a almofada do sofá nela.
- Também te amo amiga.

Almoçamos e eu já estava impaciente para ir até o caixa eletronico ver se o dinheiro havia caido na conta da Karen.
Chegamos lá e para minha alegria lá estava o dinheiro. Um grande ufa saiu de meus lábios em alto e bom som.
- Espero que você fique comigo mais tempo.
Olhei para ela confusa e a mesma continuou:
- Voce me disse que assim que estivesse com o dinheiro poderia sumir no mapa e...
- Eu nao quero isso Karen, eu PRECISO fazer isso, entende? - a interrompi. - Você nao entende que a qualquer momento ele pode nos achar em sua casa?
- Entendi Julia! Você tem seus motivos e eu entendo! Sabe que pode contar comigo pra qualquer coisa a qualquer hora nao é?
- Sei sim!!! Por isso gosto tanto de você.
Sorrimos uma pra outra e saimos andando.

Chegamos na casa da Karen e eu fui pro quarto arrumar as minhas coisas. Queria partir o mais rapido possivel. Naquele momento qualquer minuto a mais já era preocupante estar ali.

Comecei a ouvir vozes vindo do portão. Sai do quarto e fui até a sala pra ver se eu escutava do que se tratava ou quem estava ali falando com a Karen.
Meu corpo gelou por inteiro.
- Não é possivel!! É ele!
Corri para o quarto.
- o que vou fazer? - pensei.

(Desculpe a demora leitores do meu coraçao. Como prometi vou terminar esta história e logo mais começarei outra que sei que vcs vao gostar. )