Amante obsessivo

Nosso almoço! (Parte 2)

Fingi que não ouvi o que ele disse, entrei no carro e coloquei o cinto.
Que carro chique! - pensei. Só de ver o carro já da pra notar que é um homem muito rico.
Assim que ele entrou, passou a mão em meus cabelos, admirando. - Você me deixa louco sabia?
- Vamos? - cortei o clima.
Ele deu um sorriso de lado e ligou o carro!
Durante o trajeto ele não disse mais nada. Agradeci mentalmente. Queria adiar nossa conversa pois o nervosismo estava tomando conta de mim.
Pra ajudar, o perfume dele era inebriante, um perfume amadeirado, másculo. Também não dava pra ignorar seus braços no volante mostrando sua tatuagem enorme e os músculos evidentes. Tudo aquilo estava mexendo com meus sentidos.

Assim que o carro parou percebi que estávamos em um hotel. Me assustei.
Um hotel? - perguntei. - Porque me trouxe aqui? Não íamos almoçar? Achei que você ia me levar em um restaurante. - Era nítido meu nervosismo.
- Se acalma Júlia, Não seria prudente ter a conversa que vamos ter, em um restaurante. Estes hotéis têm salas de reuniões particulares onde poderemos almoçar e conversar sem problemas.
Ouvir aquilo não foi o suficiente para me acalmar. Acho até que me deixou mais nervosa ainda.
Entramos em uma sala não muito grande, mas muito bonita. Havia uma senhora que aparentava ter uns 50 anos. Lembrava muito minha vó, apesar de ser mais nova, minha vó tinha 67 anos quando faleceu e eu a amava muito.
- Esta é Maria, minha cozinheira particular. Tenho certeza que irá adorar sua comida assim como eu adoro.
Sorri para a senhora e sentei na cadeira que o Marcos estava segurando para que eu me sentasse.
Enquanto ele falava algo com a Maria sobre o almoço, dei uma olhada de relance na sala em que estávamos e notei pela porta de vidro da sala que havia um segurança do lado de fora.
- Porque o segurança? - não aguentei e perguntei.
Ele fingiu que não me ouviu. Olhou pra mim e falou pra Maria que poderia se retirar.
- Coma! Vai esfriar.
Sim. Aquilo foi uma ordem! O tom de voz não mentia.