Insano Pesadelo

Marcado

Kagome sentia como se houvesse poucas horas no dia, as simples 24 horas eram poucas para todas as suas tarefas, treinar, cuidar do Yue e ainda dar atenção aos funcionários que pediam sua opinião sobre tudo, sem contar como ela tinha que evitar Sesshoumaru para não ter de ouvir reprimedas, estava consumindo todo o seu tempo, quando caia a noite ela estava esgotada, dormindo antes mesmo que sua cabeça tocasse o travesseiro.
Yue a cada dia que se passava estava maior e Kagome não cansava de admirar seu filhote, naquele dia ela resolveu tirar uma folga, seu corpo interio estava dolorido, sua energia estava baixa, por isso resolveu ficar no jardim comum observando Rin, Shippou e Sakura pagearem o pequeno youkai e se divertia observando-os.
- Pensei que fosse treinar hoje, Kagome-sama.
Kagome não tirou os olhos das crianças e da empregada, não precisava, sabia muito bem quem era.
- Estou cansada Ren, preciso de uma folga.
- Mas você nem ao menos consegue usar seus poderes youkai, deveria estar treinando.
Kagome sorriu de canto.
- De nada vai adiantar eu exaurir meu corpo com o treinamento, preciso me recuperar e continuar tentando, a exaustão só me causara problemas.
- Inteligente.
Kagome riu baixo, mas empalideceu ao olhar para frente e ver Sesshoumaru a encarando com fúria, mas tratou de se recompor, afinal não estava fazendo nada de errado. Ren riu ao notar a raiva em Sesshoumaru, era interessante para ele ver como o albino esboçava mais reações quando envolvia sua fêmea ou suas crias.
- O que vocês dois estão fazendo juntos?
Kagome levantou-se e se espreguiçou, ignorando propositalmente a raiva na voz do albino.
- Estavamos apenas conversando, Sesshoumaru.
- Sobre?
Kagome colocou a mão na cintura e o encarou beirando a fúria.
- Que contradolarismo é esse Sesshoumaru? Porque da desconfiança? Eu não estou fazendo nada de errado para merecer isso, a não ser que você ande aprontando por aí e pense que eu possa estar fazendo o mesmo.
Os olhos do albino se tornaram gelados e Kagome sentiu um arrepio lhe subir pela coluna, uma mistura de medo e exitação.
Ren se desencostou da arvore e revirou os olhos, não gostava daquele tipo de joguinho de casal que aqueles dois estavam fazendo sem ao menos notar e resolveu ir se juntar as crianças, mas não saiu sem antes sussurrar para os dois.
- Pelo menos vão para um quarto.
Sesshoumaru sorriu de canto e acompanhou com os olhos o caminho do youkai, Kagome ficou ali sem entender nada, até que o albino lhe jogou sobre o ombro e começou a se afastar do local.
- Onde pensa que esta me levando Sesshoumaru?
- Para o quarto.
Kagome viu tudo passar por um borrão até sentir seu corpo ser jogado de encontro de algo macio, antes de conseguir identificar aquele como seu quarto ela já tinha o youkai em cima do seu corpo.
- O que pensa que esta fazendo?
- A miko tem fugido deste Sesshoumaru nos últimos dias, então este Sesshoumaru resolveu sequestra-la por hoje.
Kagome franziu o cenho e tentou em vão afastar o corpo do youkai de si.
- Eu não teho fugido.
A jovem arfou ao sentir a boca do youkai sob a pele sensível da marca e uma torrente de sensações invadira seu corpo tendo efeito imediato em sua intimidade.
- Não é o que este Sesshoumaru notou.
As mãos ágeis dele logo despiram o corpo da miko e ele se encontrava bem encaixado no meio das pernas dela.
- Eu só ando cansada, Sesshoumaru, não ando fugindo de você.
Kagome tinha sérios problemas para raciocinar com o youkai a tocar seu corpo, por onde suas mãos corriam deixavam um rastro de fogo, seus seios doíam implorando por seu toque, assim como seu ventro se retorcia em expectativa.
- Porque a miko anda tão cansada então?
Sesshoumaru friccionava suas intimidades, causando uma sensação deliciosa para ambos, enlouquecendo a miko aos poucos.
- Ser senhora do castelo é cansativo, ainda tem o Yue que é pequeno e demanda certa atenção, entre outras coisas.
Sesshoumaru sorriu com seu rosto escondido na curva do pescoço da jovem, ele desceu com uma trilha de beijos até os seios da jovem e ali abocanhou um mamilo. Kagome não conseguiu conter um gemido, sua mao livre desceu até a intimidade da jovem e começou a trabalhar ali, porem toda vez que a miko esta ao ponto de chegar ao seu orgasmo ele diminuía a intensidade de seus toques até parar.
- Então a miko tem andado aprontando?
Kagome gemeu frustrada, a névoa que povoava seus pensamentos a impedia de pensar em qualquer outra coisa que não fosse nos toques do youkai.
- Eu... Não...Diria... Aprontando.
Sesshoumaru voltou a toca-la, mas sua boca agora estava ao pé de seu ouvido apenas para provoca-la com a voz baixa, sussurrada.
- Então o que a miko anda fazendo sem o conhecimento deste Sesshoumaru.
A jovem gemeu novamente, um gemido de prazer e frustração, ela percebera tardiamente o que o youkai estava fazendo, porem naquele momento mentir seria inútil, na verdade mentir para ele era inútil de qualquer forma, ele saberia da verdade de uma maneira ou de outra e Kagome nunca fora uma boa mentirosa de qualquer forma.
- O que a miko falou que iria fazer, a miko anda treinando. - Os olhos dourados se tornaram rubros e sem delicadeza nenhuma ele penetrou a jovem, Kagome sentiu o fisgar da dor e todos seus sentidos voltaram ao normal, não só isso, as lembranças do que acontecera meses antes voltaram e ela não pode conter as lagrimas, ou os soluços, ela realmente tentou afastar o youkai que novamente a violava, ela não sentia o mesmo prazer de dias atrás. - Sesshoumaru... Para....Pare com isso... por favor... pare... Onegai.
O choramingo da miko se sobrepujou a raiva do youkai e assim como ela, ele também fora sobrecarregado com as lembranças de seu cativeiro e da forma em que violara a jovem. Kagome cobria com as mãos o rosto, as lagrimas ainda escorriam por seu rosto, a sensação de imundice voltara com força total e desta vez ela realmente sentiu raiva de Sesshoumaru.
Sesshoumaru lutava contra todos os seus instintos que gritavam para que ele não parasse, porem ele foi mais forte que estes e realmente sentiu-se mal pelo o que estava acontecendo, por isso tirou as mãos da miko de seu rosto e recostou suas testas.
- Este Sesshoumaru sente muito miko, este... este... este Sesshoumaru jura que não fara nada disso novamente. - Kagome o abraçou e chorou em seu ombro. – Só não abandone este Sesshoumaru.
Kagome se acalmou aos poucos, o susto passara e as memorias voltaram para um lugar obscuro de sua mente, porem desta vez ela tinha um certo incomodo no meio de suas pernas, um tipo de formigamento como uma coceira que a fazia se mexer, ela pode ouvir Sesshoumaru rosnas quando ela se remexeu e não pode evitar em sorrir como criança que apronta. Lentamente ela passou seu nariz pela a extesao do pescoço do youkai até chegar ao seu ouvido.
- Não pretendo lhe abandonar Sesshy, só não aja como um selvagem novamente.
- Então este Sesshoumaru pode se mover? - Kagome movimentou seu quadril e aquela fora a resposta que o youkai precisou, logo ele começou a responder as ondulalções do quadril da fêmea. A jovem abandonou por completo as lembranças desagradáveis e se deixou levar pelas sensações que o youkai produxia por seu corpo, a jovem se agarrava a nuca e as costas do youkai, estava a ponto de chegar ao seu orgasmo, podia sentir todo seu corpo se retezar, porem sentia que o youkai estava prolongando aquele momento por alguma razão. – Morda este Sesshoumaru.
Kagome não pensou, não conseguiria pensar, apenas obedeceu, guiada por seus instintos fez suas presas sobressarirem-se e cravou-as na curva do pescoço do youkai e finalmente pode sentir seu corpo se retrair com força e finalmente o prazer lhe tomou por completo, sentia-se zoanza e arfava de cansaço. Sesshoumaru sentia-se esgotado, porem satisfeito, ele rolou para o lado e trouxe o corpo da miko para deitar sob o seu.
- Sesshy?
- hmn.
Kagome olhou para cima e cravou seus olhos nos olhos ambares.
- Porque você me mandou lhe morder?
- Para que a miko marcasse este Sesshoumaru como seu macho.
- Tipo como você fez comigo?
- Sim.
O youkai levou a mao da miko que descançava em seu peito até os lábios.
- E o que isso significa?
Sesshoumaru sorriu por tras da delicada mao da jovem.
- Que a miko esta ligada a este Sesshoumaru pelo resto da existência.
Kagome piscou algumas vezes para depois franzir o cenho.
- E com a minha marca isso já não era possível.
- Sim, porem se este Sesshoumaru não possuísse a sua marca as fêmeas ainda poderiam cair matando em cima dele.
Kagome riu e subiu em cima do youkai.
- Então você está querendo dizer que agora que possui a minha marca fêmea youkai alguma poderá tentar se deitar contigo?
- Exatamente.
- Está querendo que mais do nunca não poderá se deitar com outra fêmea.
- Sim.
Kagome aproximou sua boca da do youkai sem deixar que seus olhos se afastassem dos dele.
- Então este Sesshoumaru pertence somente a esta Kagome?
- Sim.
Kagome beijou o youkai com desejo e foi prontamente respondida, não somente pelos lábios do youkai como que pelo resto do corpo dele e la estavam eles novamente se amando, a única diferença de que agora a garota ia por cima ditando o ritimo a se seguir.
E lá estavam eles novamente esgotados e arfantes, a jovem se moveu para o lado e deitou-se sobre o youkai.
- Sesshy?
O youkai riu e olhou para a miko.
- Sim, miko.
- Eu posso continuar a treinar?
Sesshoumaru colocou um braço atrás da cabeça e suspirou.
- Adianta de algo este Sesshoumaru proibir?
Kagome riu.
- Não.
- Entao a miko pode continuar a treinar.
Kagome encarou o albino com os olhos brilhantes.
- Serio?
- Sim.
A jovem o abraçou mais forte e lhe encheu de beijos, até que se apoiou na curva do pescoço do youkai e deixou que o sono lhe dominasse.
Sesshoumaru também deixou-se embalar pela respiração tranquila da miko e caiu em um sono profundo
O casal voltou a despertar quando o sol se punha, juntos tomaram banho e se colocaram de forma apresentável e foram jantar com todos. A miko sorria a toda hora e o youkai mantinha sua face neutra.
Sesshoumaru observava como seu conselheiro olhava para sua fêmea e de alguma forma sentia-se irritado e irritava mais ainda a forma em que ele lhe encarava, com um sorrisinho de canto e um brilho malicioso no olhar. Sesshoumaru estava à beira de matar seu conselheiro, Ren, e não fatava muito para que isso viesse a acontecer.

Os dias estavam mais tranquilos e Kagome já podia treinar tranquilamente, claro que ela não contara o fato de que quem lhe treinava era o Ren, mas Sesshoumaru também não perguntara.
- Kagome-sama, eu já lhe disse um bilhão de vezes, não quero lutar com a sacerdotisa, quero a youkai.
Kagome encarou o moreno e levantou os braços, segurando de qualquer jeito a katana.
- Mas eu já lhe disse que não há diferença entre as duas, elas não estão divididas, são a mesma pessoa.
- Então use seus malditos poderes youkai.
Kagome revirou os olhos e se colocou em posição de batalha, seus olhos tornaram-se prateados e ela partiu para cima do youkai com força total.
Eles ficaram naquela por algumas horas, com Kagome utilizando os dons de um youkai, audição, visão, tato e olfato muito melhores que o de humanos, sem contar que as vezes a jovem sentia a espada em suas mãos vibrar, não pelo contato das laminas, mas sim por causa da energia que ela soltava para ver se conseguia despertar algum poder, até que numa semi volta a jovem sentiu a espada vibrar com mais força e tornar-se prateada.
- Onda sonora.
Ren fora jogado do outro lado do jardim, batendo as costas direto em uma parede lhe tirando o folego. Kagome encarou a espada que se desfez em milhares de pedacinhos, ela rapidamente jogou a base no chão e correu em direção ao youkai.
- Ren, você está bem?
- Ouch.... Estou Kagome-sama, eu fui apenas pego desprevenido, não sabia que você iria alguma habilidade.
Kagome ajudou o youkai a se por de pé e riu ao ve-lo se remexendo dolorido.
- Acho melhor encerrarmos por hoje, não?
- Sim.
- Mas que merda é essa?
Kagome soltou lentamente a mão de Ren e se virou para encarar Sesshoumaru.
- Só estávamos treinando.
- E porque com ele?
Kagome revirou os olhos.
- O lorde Ren se propôs a me ajudar a treinar quando viu que eu não estava tendo êxito, Sesshoumaru.
- Ren?
Ren suspirou e colocou as mãos nas costas e fez uma careta.
- É só isso Sesshoumaru, estou ajudando a jovem aqui a dominar suas habilidades, mas vejo que ela terá de arranjar uma nova espada, porque a de treinamento acaba de ser destruída.
- E que estrondo fora aquele?
Kagome corou e olhou para o chão.
- Isso fora culpa minha, eu meio que descobri uma habilidade e a liberei no lorde, foi assim que destui a espada.
Kagome apontou o ponto onde zilhoes de fragimentos de metal estavam localizados.
Sesshoumaru levantou uma sobrancelha e encarou seu conselheiro.
- E como está o desenvolvimento dela?
Ren sorriu, pode notar nos olhos ambares um brilho orgulhoso.
- Bem, ela é jovem e aprende rápido, logo estará dominando suas habilidades youkais como domina as espirituais.
- Hmn, vocês encerraram por hoje?
Kagome caminhou até estar bem na frente do youkai.
- Sim, porque?
Sesshoumaru sorriu e enlaçou a cintura da jovem.
- Porque se não tivessem este Sesshoumaru seria obrigado a sequestrar sua própria fêmea.
Kagome corou e seu coração vibrou quando ela sentiu a boca de Sesshoumaru sob a sua.
- Ao menos vao para um quarto, nenhum dos empregados gostariam de ver os patrões copulando.
Kagome soltou um pequeno riso e Sesshoumaru encarou Ren.
- Acho que este Sesshoumaru terá de arranjar uma fêmea para você, Ren.
O moreno sorriu de canto e saiu andando com uma careta dolorida.
- Não, obrigado, meu lorde, estou bem sem uma.
- Então vá fornicar com alguma fêmea e pare de falar da vida sexual deste Sesshoumaru.
- Hai hai.
Sesshoumaru acompanhou a saída do lorde com o olhar e suspirou antes de voltar a encarar a jovem sacerdotisa.
- O que foi?
- Este Sesshoumaru terá de falar com Toutossai.
- Porque?
Sesshoumaru arrastou seu nariz pelo pescoço da jovem, para por fim a encarar.
- Porque a miko ira precisar de uma espada poderosa para poder utilizar seus poderes.
- Você vai mandar fazer uma espada para mim?
- Uhum.
- Obrigada Sesshy.
Kagome se agarrou ao pescoço do youkai e este lhe enlaçou a cintura com os dois braços enquanto afundava sua cabeça nos cabelos perfumados da jovem.
Seria uma linda cena se mais ao fundo uma figura observasse o casal e emanasse ondas negras de ódio carregadas de rancor.