Fim

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Kagome abriu os olhos e ficou a encarar o teto, sua feição neutra não deixava nenhuma pista sobre o que se passava em sua mente, mas Sesshoumaru podia sentir na pele a raiva de sua fêmea.
- Miko?
A jovem sentou-se na cama quieta e encarou o youkai.
- Descobriram algo?
Sesshoumaru apenas abaixou a cabeça, claro estava revoltado com a falta de informação, porem em frente a sua fêmea ele só conseguia sentir vergonha por não ter conseguido proteger sua prole.
- Infelizmente não.
Kagome levantou-se e colocou uma roupa de miko curta e de fácil movimentação (Estilo a da Izanami de Brave 10, só que sem aquele laço enorme na frente), rapidamente ela se encaminhou para a porta e assim que abriu dois pequenos corpos caíram a sua frente.
- Crianças?
Shippou foi o primeiro a se recompor, mas seus olhos se encheram de lagrimas e ele pulou no colo da mulher, enquanto que Rin lhe abraçou as pernas.
- Okaa-san, a culpa é nossa, não deveríamos ter deixado o Yue dormindo sozinho.
- É verdade Kagome-okaa-sama, não deveríamos ter deixado o Yue-sama sozinho.
Kagome suspirou.
- A culpa não é de vocês crianças, não é culpa de ninguém, exceto daquele que levou o meu filhote e acreditem essa criatura vai se arrepender de ter tirado o meu Yue de mim.
Os três presentes sentiram um calafrio descer por sua espinha, Sesshoumaru não sabia se ficava feliz por saber que sua fêmea podia ser tão feroz ou se temia que ela acabasse fazendo algo que se arrependeria depois.
- Crianças este Sesshoumaru acha que é melhor vocês irem para seus quartos.
- Hai.
- Sim.
As crianças soltaram a morena e correram para seus respectivos quartos. Kagome se voltou para o youkai com uma sobrancelha arqueada, ele por sua vez apenas abriu os braços e a jovem correu para ele lhe abraçando, desatando no choror, um choro doloroso, sofrido, porque ela sentia sua alma se despedaçando.


Yue abriu os olhos e se deparou com um lugar estranho, aquele definitivamente não era seu quarto, as paredes eram negras por conta da umidade, ele estava em um tipo de berso improvisado e ele não sentia as presenças de seus pais por perto.
Claro ele era apenas um bebê não poderia fazer nada para fugir, nem sabia como faria isso, sua mente em desenvolvimento não entendia direito o que estava acontecendo, porem sua fera sentia-se em perigo e ele sentia vontade de chorar, sem contar na fome que sentia, queria sua mãe, queria seu pai e seus irmãos. Tentou se levantar e teve de se agarrar as barras de madeira a sua volta.
Estava sozinho na cela, grandes grades de ferro estavam tomavam uma parede inteira e ele pode ver mais um prisioneiro na cela em frente, possuía olhos azuis assim como sua mãe, longos cabelos negros, roupas esfarrapadas e definitivamente estava ali há muito tempo.
- Acho melhor pensar melhor antes de fazer alguma besteira, pirralho.
Yue inclinou a cabeça, a presença daquele youkai era parecida com a de Ren, mas ainda era diferente, provavelmente eram da mesma espécie. Por fim as pernas fracas do pequeno youkai cederam e ele caiu sentado.

- Senhor, o velho Toutossai está aqui querendo falar com o senhor.
Kagome estava apenas fungando e Sesshoumaru suspirou, se sua fera pudesse sair de seu corpo com sua forma canina, neste momento ele estaria rondando a sacerdotisa em busca de confortala.
- Este Sesshoumaru já irá, Jaken.
- Sim, senhor.
O kappa se retirou silenciosamente e o albino afastou-se o suficiente da jovem para apenas ver seu rosto.
- Está melhor, miko? - Kagome fundou um pouco e acenou afirmativamente, e ia voltar para a cama quando o youkai lhe agarrou a mao. – Onde a miko pensa que vai?
- Voltar para a cama.
- E irá deixar Toutossai esperando?
- Pensei que ele estivesse aqui para lhe ver.
Sesshoumaru sorriu minimamente.
- Ele está aqui por você, minha miko, provavelmente sua espada está pronta.
Kagome primeiro sorriu em contentamento, mas logo o sorriso se transformou em algo sinistro, cheio de raiva e sadismo.
- Time perfeito esse o do Toutossai.
Sesshoumaru sorriu de canto ao ver sua fêmea se vestir rapidamente e sair pela porta amarrando seus longos cabelos em um rabo alto e por sua vez a seguiu. Toutossai estava no pátio os esperando em seu boi voador.
- Toutossai.
- Kagome-sama, como está bela. - Kagome sorriu um pouco constrangida e Sesshoumaru rosnou, fazendo com que Toutossai limpasse a garganta repentinamente. – Bom, Kagome-sama, aqui está sua incomenda.
O youkai lhe estendeu uma espada em uma bainha azul safira com arabescos em alto relevo prateado, o punho era negro com o tecido safira, a lamina da katana era completamente prateada com o desenho das fases da lua envoltas em arabescos.
- É linda, Toutossai.
- Eu sei, está é uma das melhores espadas que eu já tive o prazer de confeccionar, ela se chama AiHime, foi confeccionada com o seu sangue e de Sesshoumaru, com suas presas também, é uma arma poderosa Kagome-sama.
Kagome começou a testar a espada com alguns suaves movimentos que o velho youkai não via a muito tempo.
- Obrigada Toutossai, ela é perfeita.
- Sim.... hmn.... Kagome-sama, onde você aprendeu a manusear uma espada assim?
Kagome guardou a espada em sua bainha e encarou o youkai ferreiro.
- Ren me ensinou o básico e me incentivou a desenvolver meu próprio estilo, mas ele comentou que meus movimentos lembram muito o estilo das fêmeas do clã dele.
- Sesshoumaru você abriga um membro remanecente do Clã da Lua Negra?
- Sim.
Toutossai primeiro arregalou os olhos, mas por fim maneou a cabeça em concordância.
- Certo, é sempre ter um aliado tao poderoso.
- Mais alguma coisa Toutossai?
Sesshoumaru encarava o youkai de forma fria e Toutossai sentiu-se desconfortável.
- Não, meu serviço já fora feito, então se cuidem.
O youkai sumiu logo com seu boi voador. Kagome não olhava por onde o velho ia, seu olhar estava voltado para outra direção, seu cenho franzido, era como se ela quisesse enxergar algo que não estava realmente ali ou lembrar algo que estava preso no fundo da sua mente.
- O que houve miko?
Kagome abanou a cabeça em negação e encarou o youkai.
- Não sei, era como se eu pudesse ouvir algo, alguém me chamando, mas o sentimento foi tao breve.
Sesshoumaru parou e encarou a jovem e depois encarou a direção que ela olhava antes.
- Vamos seguir para o sul, como sua premonição nos disse, nosso filhote deve estar por la.
Kagome fechou sua mao livre em um punho.
- Se aquela cadela estiver com o meu filhote, a morte não sera o suficiente para ela, Sesshoumaru.
- Não se preocupe miko, se ela realmente estiver com o nosso filhote, ela ira pagar caro por esta afronta.
- Certo.
Os dois youkais possuíam auras ferozes ao seu redor, tanto que ninguém se atrevia a se aproximar deles.

Yue dormia em seu berço, mas suas marcas de nascença estavam claramente mais escuras.
- Ei garoto, acorde.
Yue abriu os olhos e sentou-se, as marcas ficaram claras novamente e dois segundos depois um ser encapuzado apareceu em frente a sua cela.
- Otimo, você está acordado, espero que com o seu sumisso seus pais se separem de vez.
Yue soltou um risinho e jogou seu corpinho para tras enquanto segurava seus pés.
- Até parece que uma criança vá lhe enteder.
- Calado prisioneiro.
- Eu tenho um nome.
A pessoa olhou por cima do ombro.
- Como se eu me importasse com seu nome.
Por fim a criatura deu meia volta e saiu, no mesmo instante Yue parou de rir e levantou-se para olhar o outro prisioneiro.
- É criança, estamos fadados a morrer aqui.
Yue encarou o youkai e por fim negou com a cabeça.
- Você realmente acredita que alguém vai vir lhe resgatar?
Yue afirmou com a cabeça.
- Não seja ingênuo moleque, ninguém se importa com a gente.
Yue rosnou, bravo e o outro youkai riu.
- Então você realmente tem esperanças que seus pais venham lhe buscar, mas eu detesto lhe dar péssimas noticias, eles não iram vir, ninguém jamais vem.
Yue bufou e voltou a se deitar, as vezes alguém vinha lhe alimentar e ele preferia esperar por seus pais forte, do que se deixar definhar. Estava terrivelmente entediado olhando para o teto, não havia nada para fazer e nem notou quando seus olhos se encheram de lagrimas ao pensar em seus irmãos, estava morrendo de saudades de Shippou e Rin, até do Jaken ele sentia falta, queria voltar logo para casa.
- Okaa-san.
Seu lamento fora ouvido pelo ser que estava na cela a frente e a raiva de saber que aquele filhote estava sofrendo vinha lhe tomando a cada dia que se passava.

Kagome corria junto de Sesshoumaru com todas as suas forças, podia sentir que seu filhote estava sofrendo, mas os dois pararam no mesmo instante.
- A conexão caiu.
Kagome se jogou no chão, suas pernas haviam amolecido e seus olhos encheram-se de lagrimas.
- Sesshy eu quero meu filhote.
- Se acalme miko, nós iremos encontra-lo.
- Eu não suporto saber que ele está sofrendo longe da gente.
- Este Sesshoumaru também não, mas desespero não nos levara a nada.
Kagome se levantou em um pulo, furiosa.
- Pelo amor de Deus Sesshoumaru, expresse alguma coisa, nosso filho está desaparecido e você está com essa mascara de frieza, demonstre algo caramba.
Kagome viu o youkai fechar as mãos em punhos, mas não viu a mascara cair.
- Este Sesshoumaru não pode, é assim qu este Sesshoumaru fora criado para reagir a este tipo de situação.
- Mas que INFERNO, eu quero o MEU FILHOTE DE VOLTA.
Sesshoumaru puxou a miko para seus braços e não a largou por vários minutos, sentia ela tentando escapar, lhe socando o peito e proferindo impropérios, porem não se importou, tudo o que lhe importava era aplacar o desespero de sua fêmea.
Kagome respirava com rapidez, estava angustiada, sentia-se perdida, faltava uma parte sua e ela ainda lutava ferozmente contra sua própria fera que recém havia despertado, era cansativo para ela, emocionalmente. Nem percebeu quando seus olhos se fecharam e ela simplesmente apagou.
Vendo sua fêmea dormir o youkai a pegou no colo e sentou-se abaixo de uma arvore qualquer, velaria o sono dela.
Kagome estava envolta da escuridão, não sentia nada a sua volta, era como se estivesse flutuando no meio do nada.
- Kaa-san.
A jovem começou a olhar para todos os lados, desesperada.
- Yue, meu amor, cade você?
- Kaa-san.... Medo.... Eu quero a okaa-san.
- Mamãe está indo meu anjo, aguenta só mais um pouco.
A jovem acordou de supetão com o peito apertado e os olhos cheios de lagrimas.
- Temos que ir, Sesshoumaru.
- Miko...
- Nosso filho está com medo Sesshy, sente nossa falta, nós temos que encontrar ele. - Sesshoumaru se pôs em pé e começou a correr com a miko em seus braços. – Sesshy eu posso correr sozinha.
- Não.
Kagome bufou, pelo tom dele ela sabia que não teria como discutir, por isso se concentrou em encontrar aquela estranha ligação com o filhote e não demorou para encontra-la.
- Ele está mais a frente Sesshy, nosso filhote está logo a frente.
O youkai não perdeu tempo e acelerou mais ainda o passo.

Yue tinha os olhos mais escuros e suas marcas estavam florescentes, o prisioneiro da cela em frente o observava com cuidado, não o incomodaria enquanto estava concentrado, apesar de já ter feito isto algumas vezes e assim ocasionou em um acesso de choro vindo do pequeno.
- Eu realmente gostaria de entender o que você está fazendo pirralho.
Yue encarou os olhos do yooukai e sorriu, um sorriso mostrando um sorrisinho com alguns dentes.
- Okaa-san.... Vindo....
O youkai levantou-se com brusquidão e encarou o pequeno, totalmente abismado.
- Como você sabe?
O menino rio.
- Yue chamou.
- Céus garoto, você é muito mais esperto do que o esperado.
O menino caiu na risada e voltou a se deitar, antes que notasse ele já caia no sono, enquanto uma sombra aparecia no final do corredor.
- Porque está tao animado Kuon?
O youkai sorriu cinicamente.
- Estou animado pois estou vendo sua morte se aproximar e como ela vai ser linda.
- Do que você está falando.
- Estou dizendo que trazer esta criança para cá foi o maior erro que você poderia ter cometido e isto ira trazer a sua ruina.
- Não seja tolo, mesmo que aquela desgraçada encontre este local e venha lutar comigo, eu irei mata-la e entregar sua cabeça ao Sesshoumaru.
Os olhos de Kuon brilharam sanguinários.
- Não aposte todas suas fichas nisso, tenho certeza que a mae deste filhote vai estar pocessa da vida e se ela for do clã que eu imagino que seja, você não terá a mínima chance contra ela.
- Volte para o seu silencio, youkai desprezível.
Kuon voltou para sua posição inicial, mas não sem antes ter a ultima palavra.
- Se eu sou desprezível, tenho medo de saber o que você viria a ser.

- Vamos Sesshoumaru, eu já posso sentir o cheiro do nosso filhote.
Sesshoumaru parou a beira de um velho palácio em ruinas, colocou a fêmea no chão e decidiu prosseguir com cautela, mas a jovem sacerdotisa parecia não concordar com seus planos, agitada como ela estava.
- Pode ser uma armadilha.
- Nosso filho está la dentro Sesshy, você sabe que sim, eu sei que você pode sentir ele tanto quanto eu.
- Sim miko, porem quem quer que o tenha levado pode ter um plano.
Kagome soltou-se do youkai e correu para dentro das ruinas, seguindo o cheiro do filhote, seguiu um corredor e depois desceu dois lances de uma escada circular de pedra, o ambiente ali era frio, mas ela não se importou seguiu em frente até achar o ponto onde ela sentia a presença de seu filhote.
- Yue...
O pequeno abriu os olhos e suas marcas voltaram ao normal.
- Kaa-san...
Kagome olhou ao redor e não achou uma fechadura e nem as chaves, por isso deixou seu veneno fluir por suas unhas e partiu as barras de ferro, correu até o berço de madeira e pegou o pequeno em seus braços.
- Meu amor, a mamãe estava tao assustada.
Yue sorria e se aconchegava a mae, esfregando-se nela como um pequeno gatinho até que ele estendeu sua mãozinha apontando a cela em frente.
- Kuon....
Kagome se aproximou da cela e viu a copia de Ren ali dentro, mais maltratado, porem ainda uma copia idêntica.
- Você é Kuon?
O youkai meio sonolento abriu os olhos e deu um meio sorriso.
- Primeiro e único, você deve ser a hahaue do pirralho.
Kagome sorriu de canto, por algum motivo simpatizara com o youkai.
- Sim, mas o pirralho tem nome.
- Como se eu me importasse.
A jovem revirou os olhos e destruiu as grades da cela dele também.
- Bom senhor “Eu não me importo”, vamos cair fora daqui.
Kuon levantou-se e a seguiu por um curto espaço de tempo.
- Você veio sozinha?
- Porque?
- Porque a pessoa que sequestrou o pirralho acaba de chegar.
Kagome olhou para o fim do corredor e sorriu maquiavelicamente.
- Kuon me faça um favor e leve o Yue la para fora assim que tiver oportunidade?
A miko nem esperou ele responder, apenas entregou a criança.
- Sim senhora.
O youkai se escondeu nas sombras e observou o decorrer da tragédia.
- Ora, vejam só, se não é a senhora do Oeste.
- Ora vejam só, se não é vadia da princesa do Sul.
O ser tirou o capuz e mostrou toda a sua beleza youkai.
- Saiba que essas ruinas combinam bem com você senhora, porque não aproveita e faz dela sua moradia eterna?
Kagome abriu as pernas e se pôs em posição de batalha.
- Creio que esse lugar combine melhor com um verme como você, queridinha.
Yoshino não esperou um único segundo e voou em direção a jovem youkai, está por sua vez virou-se segurando um dos braços da youkai e a arremessou em direção a uma parede, que desabou em cima da princesa por conta do impacto.
- Vadia.
Kagome se aproximou da jovem e lhe segurou o rosto, seus olhos prateados encontraram com os olhos violetas, a fúria e o pavor se cruzaram.
- A única vadia aqui é você Yoshino e eu vou lhe ensinar uma lição de dar pena, quem sabe assim os imbecis de plantão iram aprender que com a família do senhor do Oeste não se brinca.
Kagome a arrastou até a cela de Kuon e a envolveu com as correntes.
- O que você vai fazer comigo?
Kagome sorriu cruelmente.
- Vou dar um trato em você que a fara se arrepender de um dia ter sequer cogitado o plano de sequestrar o meu filho.
- Meu pai irá acabar com o Oeste se você sequer tocar em mim.
Kagome acariciou a face da jovem.
- Minha querida Yoshino, você sequestou o filho do senhor do Oeste, meu marido pode muito bem anunciar um ataque contra o seu pai, mas ele não o irá fazer, pois o assunto é entre nós duas e agora eu vou lhe mostrar porque o Sesshoumaru me escolheu.
- E porque foi?
Kagome lentamente cortou o crosto da jovem princesa com sua unha banhada em veneno.
- Porque diferente das princesas desta época eu não fui criada para me esconder atrás de macho algum, se eu tenho que fazer algo eu vou lá e faço.

Kuon assim que viu que a morena estava se dado bem caiu fora daquele fosso e correu para ver o sol novamente, nem ao menos se lembrava de como era o mundo fora de sua cela, já estava aprisionado a tempo demais.
- Quem é você e o que faz com a cria deste Sesshoumaru?
Kuon engoliu em seco ao sentir a lamina em sua garganta.
- A mae dele o entregou a mim para traze-lo aqui para fora, eu juro que não tenho nada a ver com esse sequestro.
Um grito estridente veio de dentro do palácio, algo tao doloroso que fez os pelos dos machos ali presentes se eriçarem. Sesshoumaru franziu o cenho e fez mensão de entrar la para ver o que ocorria.
- Meu senhor, com todo o respeito, se eu fosse o senhor não iria, a fêmea que você espera está muito bem, este grito veio da princesa do sul.
- Como sabe?
- Quando estava saindo a senhora sua esposa estava a arremessar a princesa a uma parede, estava dominada por sua fera, e uma fêmea do clã da lua negra quando dominada por sua fera é um inimigo impossível de se parar.
- Então esperemos aqui.
Sesshoumaru pegou seu filhote dos braços do outro youkai e sentou-se abaixo de uma frodosa arvore.
Horas se passaram, gritos e mais gritos vinham la de dentro, porem Sesshoumaru a tudo ignorava, sua atenção estava focado em seu filhote que tentava firmar-se em suas próprias pernas.
- Não é muito cedo para este filhote estar tentando andar?
- O filhote deste Sesshoumaru esta se desenvolvendo mais rápido que o esperado.
- E qual seria o esperado?
- O desenvolvimento de uma criança humana, afinal a mãe dele era uma humana antes de tudo acontecer.
Kuon olhou para o albino e depois para o filhote.
- Então a fêmea na verdade era uma humana? Como é possível que agora ela seja uma youkai?
Sesshoumaru suspirou.
- Isso é uma longa historia.
- Temos tempo.
Sesshoumaru sorriu minimamente e viu sua fêmea saindo de dentro das ruinas, ela andava majestosamente, porem suas vestes estavam cobertas de sangue.
- Como ela está?
Kagome ainda tinha os olhos prateados, sentia-se suja banhada naquele sangue, com seus ouvidos apurados pode ouvir o leve som de um riacho.
- Viva, mas traumatizada pelo resto da vida. Kuon, você poderia, por favor, levar o que restou da jovem princesa para os braços do pai dela e lhe dizer que isto foi cortesia minha por ela ter sequestrado o meu filhote?
- Se eu for eu não irei voltar, senhorita, o senhor do sul ira me prender novamente.
Kagome bufou irritada.
- Entao diga a ele que se você não se apresentar em meu palácio em vinte e quatro horas o prossimo que sentira a minha ira sera ele.
O youkai fizera uma mesura.
- Sim, minha senhora.
- Otimo, Sesshy irei me banhar e já volto.
Com isso a jovem desaparecera novamente. Kuon encarara o albino e este tinha uma feição neutra.
- Ela é sempre mandona assim?
Sesshoumaru se levantou e pegou o pequeno princepe que estava sentado e brincando com seu pé.
- Não, as vezes ela pode ser pior.
Kuon sorriu com graça e fizera uma mesura para o senhor do Oeste.
- Bom irei cumprir com o desejo de minha salvadora e assim que o recado for entregue me apresentarei em seu palácio.
Sesshoumaru maneou a cabela em concordância e seguiu os passos de sua fêmea.

Kuon vendo-se sozinha suspirou e se encaminhou novamente para sua antiga cela e a cena que encontrou la o deixara chocado.
A princesa do Sul teve suas madeixas cortadas bem curtas, suas orelhas arrancadas, a pele onde deverias estar suas marcas também não estavam mais ali, boa parte de sua pele fora escalpelada, um de seus olhos fora arrancado, muitos ossos foram quebrados e deixados expostos, suas roupas destruídas e suas intimidades violadas por pedaços de aço.
O youkai engolira em seco, retirara as barras do corpo, pegara sua hakama, que apesar de imundas ainda estavam inteiras e a cobriu, a pegou no colo e partira para o reino do Sul o mais rápido que pode.

Alguns dias se passaram e a miko não largava seu filhote por nada, seus olhos permaneciam prateados e ela permanecia em alerta, Sesshoumaru estava no ponto de perder sua paciência.
Com uma veia pulsando em sua testa o youkai marchou para o jardim onde sua fêmea estava com sua cria, Ren, Kuon, Sakura, Rin e Shippou. Com delicadeza o albino retirou o filhote dos braços da mãe o deixou nos de Sakura, colocou a miko sob os ombros e partiu para dentro do palácio, direto para seus aposentos.
- O que infernos você pensa que está fazendo, Sesshoumaru?
O youkai a jogou na cama e se posicionou acima dela, encarando seus olhos prateados com os seus rubis.
- Já basta, miko.
- Do que você está falando.
- Controle a sua fera, não deixe que ela lhe tome.
- Eu estou controlada.
- Não, a miko não esta sob controle, a miko não larga o filhote, a miko não deixa que ninguém se aproxime, a miko não dorme, não come, se continuar assim o corpo da miko entrara em colapso, então, se vocêm não se controlar eu controlarei por você.
Kagome tinha os olhos arregalados, mas alguns pontos azuis já apareciam nas íris prateadas.
- Eu.... Eu não....
- Volte a si.
Sesshoumaru continuou a encara-la, a fera da jovem queria não se sentir intimidada, mas era impossível, por isso recolheu-se ao seu cativeiro, amedrontada com seu macho, mas menos aflita.
Kagome sorriu cansada e envolveu o lorde com seus braços.
- Obrigada Sesshy.
A jovem caiu no sono e o youkai pode por fim sentir-se mais calmo.

Os dias transcorriam com tranquilidade, Kagome cuidava de tudo relacionado ao palácio e suas crias, tanto que nomeou Kuon como o responsável pela segurança de Yue, afinal os dois desenvolveram um laço de amizade que era imquebravel, aparentemente ficar preso com alguém que acaba por salvar sua vida causava isso e claro que a miko notou os olhares trocados por Sakura e Kuon, no fundo ela torcia para que os dois saíssem desses olhares trocados e começassem a se envolver de verdade.
Kagome ria quando encontrava Ren e Hina em situações bem contrangedoras, além de intimas.
As vezes ela recebia noticia de seus amigos, Sango e Miroku continuavam bem assim como seus filhos, InuYasha continuava solitário, apesar de que Sango desconfiava de que o amigo vinha se encontrando com uma humana da vila. Kaede-obaa-chan estava a treinar uma nova miko para a vila, já que Kagome abandonara o cargo a muito tempo e a senhora já não estava mais em perfeitas condições.
A vida estava boa e a jovem sacerdotisa deveria falar com urgência com seu marido, por isso invadira seu escritório sem cerimonia alguma.
- Algum problema miko?
- Sim, Sesshoumaru.
- Este Sesshoumaru poderia saber qual?
O youkai a observava com a sobrancelha arqueada por cima de inúmeros papeis.
- Você não vai mais dormir comigo.
- Por que não?
Kagome sorriu minimamente.
- Porque toda vez que você se deita comigo eu acabo gravida.
Sesshoumaru parou o que fazia e arregalou os olhos.
- A miko esta querendo dizer....
- Que você vai ser pai de novo, sério Sesshoumaru, uma gravidez seguida da outra, você vai acabar comigo meu amor.
Em um piscar de olhos o youkai estava em cima da jovem lhe agarrado pela cintura, lhe erguendo no ar e rodopiando.
- Este Sesshoumaru vai ser pai novamente.
- Sim, e vamos passar por tudo aquilo de novo.
Kagome não pode evitar rir enquanto via seu macho sentar-se consigo no colo e começar a lhe acariciar o ventre.
- Uma nova cria.
- E eu espero que desta vez não haja problemas.
- Este Sesshoumaru também espera.
Kagome se aninhou no peito do youkai e suspirou, estava feliz e realizada, finalmente e depois do que ela fizera com a princesa do Sul, ninguém mais ousaria se meter com a sua família e isso lhe tranquilizara, afinal seria um longo período de paz em seu lar e ela não poderia estar mais feliz.

Fim

Insano PesadeloOnde histórias criam vida. Descubra agora