Capítulo doze

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Benício

-Como assim namoro sem beijo? -Félix Perguntou abismado depois que Ben contou que havia iniciado um namoro diferente com Evelyn.

Ele tinha chegado do jantar com o sorriso largo no rosto e não demorou muito para que os amigos descobrissem a novidade.

- Ela me explicou que chama-se de Côrte, e é um modelo de relacionamento onde o casal se compromete um com o outro, mas vivem em abstinência de intimidade física e guardam os toques, beijos e abraços mais íntimos para o casamento.

-Meu Deus ! Você tá ciente que isso vai ser difícil não é? -Matheus falou espantado.

-Eu sei, mas absolutamente nada que vem daquela mulher é fácil. -Sorriu. --Mesmo assim meu peito não tá aguentando de alegria.

-Estamos percebendo isso. -Félix riu. -Se Dira tivesse feito esse propósito eu casava com ela no mês seguinte.

-Evelyn vai me enrolar por pelo menos um ano, eu conheço a peça.

-Ainda bem que você é paciente. -Matheus riu da situação do amigo.  -Obrigado Deus por Bruna não ter feito isso! -agradeceu jogando as mãos para o céu.

Os três ficaram conversando por algum tempo até que cada um foi para o seu quarto. Benício dobrou os joelhos ao lado da cama e agradeceu por tudo, principalmente pelo início do relacionamento com Evelyn, ela era muito além do que ele tinha pedido a Deus.

Com os olhos já quase fechando viu o celular acender mostrando uma nova mensagem.

Você não me ligou, fiquei preocupada. Eu sempre mando mensagem quando você pede pra avisar que eu já cheguei.

Calma, esquentadinha! Eu fiquei conversando com os meninos e me esqueci.  Me desculpa, tá?

Tudo bem!

Obrigado pelo jantar e por aceitar ser minha namorada, ainda estou meio anestesiado com isso.

Eu também, mas acho que já estava na hora de assumir isso que eu sinto.

É mesmo, e o que você sente?

Você sabe Ben, agora vai dormir que amanhã tem aula bíblica.

Tá bom, durma com Deus namorada!

Fica com Deus, namorado Brega!

***

Evelyn

-Com assim Bê? A gente tá namorando há só um mês e você quer me apresentar pro seus pais. -Ela perguntou nervosa andando pelo meio da sala de casa.

- Meu Deus, como é cabeça dura! -Ele sorriu. -Vem cá.  -Puxou ela delicadamente e colocou ela no sofá sentada.

-E se eles não gostarem de mim? -Olhou nos olhos dele.

- Não existe a menor possibilidade deles não gostarem de você. -Falou  abraçando-a.

-Mas eles vão me perguntar sobre a minha família, sobre a minha infância e o que eu vou dizer? Que eu não tive uma  família? Que eu morei em mais abrigos do que posso lembrar?

-Eu já contei isso para eles  e está tudo bem, não precisa ficar se preocupando com essas bobagens. Eles vão te amar. -Falou carinhoso beijando a testa dela.

-As vezes eu acho que você é irreal. -Falou fazendo um carinho no rosto dele.  -Tirando é claro o chulé e a breguice. -Sorriu.

-Eu sou bem real e cheio de defeitos que meus pais vão fazer questão de te contar.  -Ele riu.

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