Delucca
Fui preso por vacilo meu, teve invasão no morro e eu me descuidei.
Resultou na minha estadia de quase 6 meses aqui nessa porra.
Tá certo, erros fazem parte da vida.
Fico sabendo de tudo que acontece no meu morro, as minhas putas sempre estão aqui quando dá.
Já estou nessa vida de bandido desde cedo, fui subindo de cargo e quando o antigo dono morreu, o lugar foi passado pra mim.
Só tenho a Bianca, nossa mãe morreu em confronto. Dona Marta era a minha ponte, sempre esteve do meu lado.
Faço de tudo pela minha irmã, tô ligado que a Bia é guria meio maluca mesmo, mas é a minha família.
- Já está tudo preparado, a vigia vai desligar tudo e só vamos ter apenas 6 minutos.
O dinheiro faz o sistema.
Olhei pro menor do morro do Cantagalo, vamos cair fora daqui essa madrugada.
Sei que um dia irei pagar pelos meus erros, mas não vai ser agora.
Delucca: Já passei a visão pros outros, na hora é cada um por si e Deus por todos. - digo olhando em volta.
Estava tomando meu último banho de sol aqui nessa porra. Não que aqui tenha sido uma estadia ruim.
Tem piores por aí, só se fode quem não tem dinheiro e coragem pra matar.
•••
Sentei no colchão e fiquei olhando pro teto, reprisando frases de Racionais na mente.
Senti o celular vibrar dentro do colchão. Levantei e peguei o mesmo.
Aqui é bagulho do caralho, olhei e era de um número desconhecido... Kaká.
~~ Ligação
Delucca: Fala tu. - digo olhando pra fora.
Kaká: É hoje filho da puta, vai ter um carro depois das árvores. Tu mete o pé pra lá. - diz e eu balancei a minha cabeça.
Delucca: Tá certo então, até mais tarde irmão. - desliguei o celular.
~~ Ligação off
Coloquei o celular no lugar e aproveitei pra dar um cochilo.
Acordei com o menor me chamando.
- Em meia hora porra, melhor se preparar. - só balancei a cabeça.
Levantei da cama e fiquei enrolando, peguei um livro pra ler enquanto o vigia passeava pelas celas.
Já tinha memorizado tudo, iria acontecer na hora da troca de vigia.
Bem na hora que o filho da puta do Renato iria brotar pra cá.
O Renato vai ser morto assim que eu me ajeitar de volta no morro. O filho da puta vive na minha cola.
Verme do caralho.
Delucca: Tá na hora porra. - falei depois de alguns minutos.
- Agora é só abrir a cela e esperar. - falou jogando a chave pra mim.
Consegui a cópia da chave com a cozinheira, nem quero imaginar como ela conseguiu.
Abri a cela com cuidado, os outros estavam dormindo já.
Esperamos o sinal, ouvimos um grito da cozinheira e o bagulho apagou tudo.
Delucca: É agora porra. - digo saindo da cela.
- Agilidade seus filhos da puta.
Foi a hora em que eu joguei a chave pra cela ao lado e corri. Passei quase 3 minutos pra sair de dentro do complexo.
Tava tudo escuro, os vigias correndo com lanternas pra todo lado. O menor do Cantagalo passou por mim.
Cerca de 6 homens fugiram com a minha ajuda, tô nem ligando.
Subi pelo muro mais baixo e pulei pra fora. O menor já estava me esperando.
Delicca: Te vejo por aí, fi. - falei correndo em direção a floresta.
Levou quase 6 minutos pra sair da floresta e avistar uma lamborghini preta, a minha lamborghini.
Entrei no carro e dei de cara com a Alina.
Delucca: Alina. - falei surpreso.
A diaba deu um sorriso do caralho e ligou o carro.
Alina: Oi patrão. - me olhou da cabeça aos pés...
•••
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Vidigal
Teen Fiction+16|| Fomos feitos para errar, cair e se erguer novamente. A escolha está a um passo de seus olhos. Você é o meu melhor erro e a minha pior verdade.