Vidigal

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A L I N A 🌙

O Delucca parecia estar surpreso ao me ver, mas eu não me importei.

Delucca: Vamos sair fora daqui. - diz após ficar alguns segundos me encarando.

Alina: Você que manda, chefinho. - dei uma piscadela pra ele.

Dei um jeito pra sair do lugar e segui pela estrada, sentindo o olhar pesado do Delucca sob meu corpo.

Delucca: Passa no Mcdonalds, tô morrendo de fome. - diz depois de quase 1 hora em silêncio.

Alina: Tira essa camisa. - falei e ele me olhou malicioso.

Delucca: Se quer me ver nu, é só falar. - rolei os olhos.

Alina: Está com roupa de presidiário, provavelmente já saiu que teve fuga e não é uma boa tu ser visto vestido assim. - falei e ele só balançou a cabeça.

Delucca: Por que tu escolheu esse carro? - perguntou e eu olhei pra ele.

Alina: Eu sei gosto da lamborghini. - falei parando no Mcdonalds.

A atendente olhou pra mim e tentou olhar pro Delucca, mas eu fiquei na frente.

•••

Estava esperando os pedidos quando ouvi o barulho do meu celular.

Alina: Atende, deve ser o Kaká ou o Dog.

Deixei ele falando no telefone com alguém.

Olhei pela janela e a moça entregou os nossos pedidos.

Delucca: Tu sabe o que a Renata fez? - perguntou pra mim e eu dei de ombros.

Alina: Pega. - dei os lanches pra ele. - Sei sim, mas a vida é dela.

Entrei na rua e fiquei passeando, parei algumas ruas antes da barreira do morro.

Delucca: Errado, a vida deixou de ser dela a muito tempo. - respondeu serio.

Nem falei nada, só fiquei comendo o meu big mac.

Delucca: Sem neura agora. - olhei pra ele. - Tá tudo bem na boca?

Alina: Na real, já teve dias melhores no comércio. - mandei a real.

Delucca: O Kaká não estava dando conta?

Alina: Estava sim, mas ele não é você né.

Delucca: Volta pro morro, tô cansado já. - diz depois de alguns minutos.

Só balancei a minha cabeça e guiei pro morro.

Já na barreira do morro, os vapores estavam animados por ver o patrão.

O Delucca saiu do carro pra falar com os vapores e eu fiquei esperando.

Alina: Vai querer ficar aqui? - perguntei e ele negou.

Delucca: Para lá no meu cafofo.

••

Parei o carro em frente à casa dele, ele me olhou.

Delucca: Tá mec agora, morena. - diz sério.

Alina: Agora a lamborghini é minha. - joguei beijo pra ele.

Delucca: Sonha menos. - balançou a cabeça.

Alina: Pagamento por ter ido te buscar, paixão.

Delucca: Vou pensar no teu caso. - saiu do carro. - Trabalho depois, Alina.

Rolei os olhos.

Alina: Vou pensar no teu caso. - imitei ele.

Ele passou pelo portão e segui de carro pra minha casa.

Essa lamborghini já é minha...