D E L U C C A
Fiquei apenas observando a Alina conversar com os outros vapores.
Sempre achei ela foda, toda na pose e nunca abaixou a cabeça pra ninguém, dona de si.
Alina: Já está tudo pronto pro baile. - falou pra mim.
Delucca: Vou te dar essa moral pô. - pisquei para ela.
Alina: Sabe que tem que aumentar as equipes hoje. - só balancei a cabeça. - Ótimo, tô indo nessa então.
Delucca: Tá certo. - fiquei olhando ela subir na ninja e sumir pelos becos da favela.
Voltei pra boca, cheio de b.o pra cabeça e nenhuma vontade de resolver.
Mas é bom estar de volta nessa porra.
Magrelo: Ô chefia, chegou isso pra tu. - me deu uma caixa de papelão.
Peguei a mesma e era um pouco pesado.
Delucca: Quem deixou? - perguntei entrando na boca.
Magrelo: Foi um aviãozinho que pegou lá na barreira. - deu de ombros.
Só balanceio a minha cabeça e ele saiu fora da boca. Deixei a caixa na mesa e sentei na cadeira.
Nem olhei pra caixa, fiquei resolvendo alguns assuntos que só eu poderia resolver pelo morro.
Tava ligado que a Alina que estava cuidando das paradas, mesmo o Kaká sendo o sub.
Kaká: Ei filho da puta, bora lá pra casa almoçar. - olhei pra ele.
Delucca: Sem fome pô. - digo e ele negou com a cabeça.
Kaká: Quero saber não, bora logo. - rolei os olhos.
Delucca: Tu é chatão porra. - levantei da cadeira e segui ele.
•••
Dei uma olhada pela casa e fui direto pra cozinha. Já tinha comida na mesa, refri e tudo.
Kaká: Pedi no restaurante. - deu de ombros e sentou.
Delucca: A Alina não mora mais com você? - perguntei ao não ver ela aqui.
O Kaká me mediu sério. Fiz a minha maior cara de desentendido do mundo.
Kaká: Ela saiu daqui e está morando na casa que era da nossa mãe. - falou servindo o copo.
Delucca: Tava pensando num bagulho aqui, cadê o Narizinho? - perguntei e ele parou.
Kaká: Aquele filho da puta estava de x9 aqui, matei ele uns dias depois que tu foi preso.
Delucca: E o irmão dele?
Kaká: Esse sumiu bem antes do Narizinho morrer. - falou encarando a comida dele.
Delucca: Tu sabe bem os proceder dessa porra, Kaká. - deixei o copo na mesa.
Kaká: O Magrelo brotou no Jacaré e disse que viu o Rato lá. - pegou o celular.
Delucca: Vou querer a cabeça dele na minha mesa, ou certas cabeças vão rolar, não vou poupar ninguém.
Kaká: Falei com o Neguinho, mas ele negou qualquer coisa.
Delucca: Se o Neguinho estiver mentindo, vai ter guerra e não vai ter polícia pra impedir.
Fiquei na casa dele almoçando e resolvendo alguns assuntos do morro.
Guiei de volta pra boca, não estava com tempo para ficar de bunda pro vento.
O Preto chamou pelo radinho, avisando uma confusão na boca 28. Guiei pra lá.
Delucca: Em posição. - falei alto e atirei pro alto.
Logo os vapores ficaram parados e de cabeça baixa. Entrei na boca e parei em frente ao PP.
Delucca: Coé PP, cadê a ordem nessa porra? - levantei a cabeça dele.
PP: Tão reclamando que não tão recebendo o certo. - falou me olhando nos olhos.
Larguei ele olhei pros 13 vapores dessa boca.
Delucca: Esse proceder segue? - perguntei manuseando a glock nas mãos.
- Só estamos trabalhando e ainda recebendo pouco. - olhei pro vapor.
Deve ser um dos novos, mas vai ficar de exemplo pros outros.
Delucca: Tá achando pouco? - andei até ele.
- Quase nada. - deu de ombros e eu ri.
Delucca: Então pede aumento pro capeta. - atirei na testa dele. - Alguém mais quer dizer alguma coisa?
Olhei pros outros e nenhum deles abriu a boca.
Delucca: Ótimo. - limpei o meu rosto. - se livrem disso.
Olhei pro PP.
Delucca: Reza pra não ser o próximo. - sai da boca.
Subi na ninja e voltei pra boca, ainda faltava uma boa cota até o baile.
•••
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Vidigal
Teen Fiction+16|| Fomos feitos para errar, cair e se erguer novamente. A escolha está a um passo de seus olhos. Você é o meu melhor erro e a minha pior verdade.