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A L I N A

Abri os meus olhos e a Bianca estava segurando no peito dela, o desespero me atingiu na hora, eu não sabia o que fazer.

Alina: Por que você fez isso? - fiz pressão sobre o ferimento dela.

O sangue já estava sujando as minhas mãos e eu só sabia fazer pressão e tentar não chorar tanto.

Bianca: Sou sua melhor amiga, não poderia deixar você morrer. - falou enquanto tentava ficar calma.

Nati: Ai meu Deus, aguenta firme amiga. - se ajoelhou do meu lado.

Alina: Por favor, aguenta firme, você não pode me deixar, ouviu bem? - tentei deixar ela acordada.

Fiquei fazendo pressão, mas nada parecia adiantar, estava tentando manter a calma, mesmo sentindo uma vontade absurda pra gritar.

Os homens apenas achavam graça do meu desespero enquanto eu lutava para não fazer nada de errado.

Bianca: Fala pro teu irmão e pro meu que eu amo eles. - falou baixo e começou a sair sangue da boca dela.

Alina: Não não não não, por favor, não feche os olhos, você é minha irmã, não pode morrer. - tentei de tudo, mas ela não voltava.

A Nati ficou chorando e eu não sabia o que fazer, respirei fundo e peguei a arma que estava escondida na minha blusa.

Atirei em três que estavam mais perto de mim, puxei o outro para fazer de escudo e foi mais difícil do que parece nos filmes de ação.

Mas eu estava cega pelo ódio, fiz de tudo para não pensar que a Bianca estava morta, então matei todos os homens de dentro do quarto.

Perdi o equilíbrio das minhas pernas e senti a Nati me abraçar. Eu não conseguia olhar para o corpo da Bianca, eu não podia acreditar nisso.

Nati: Eu já liguei pros meninos, eles já estão vindo. - falou e eu só balancei a cabeça .

Eu fiquei encolhida na parede, o barulho dos tiros ainda estava alto lá fora e eu não sabia o que fazer ou falar.

Fechei os olhos e tentei não pensar que a minha melhor amiga e praticamente irmã estava morta por minha culpa.

Abri os meus olhos ao ver os meninos no quarto, a pior parte é que a Bianca era a única que eu confiava a minha própria vida e ela morreu por mim.

Delucca: Não não não, a minha piralha não. - gritou e eu me encolhi ainda mais.

Kaká: O que diabos aconteceu aqui? - segurou na minha mão e eu olhei pra ele.

Alina: Foi tudo culpa minha, eles entraram aqui e e... - eu não conseguia falar, o sangue nas minhas mãos estavam me deixando pior ainda.

Kaká: Olha pra mim, a culpa é da Lisandra, ela fez isso. - eu só balancei a cabeça.

Alina: Eu preciso sair daqui, não aguento olhar pra ela. - levantei do chão e olhei para o Delucca.

Seus olhos estavam vermelhos, cheios de fúria e dor ao mesmo tempo, mas eu não podia ficar aqui sabendo que era minha culpa.

Sai da casa e peguei a chave da moto, eu precisava ir para bem longe ou iria enlouquecer de vez.

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