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A L I N A

Observei a movimentação no morro, o Delucca havia declarado luto de três dias pra todo mundo esses dias.

Eu não havia falado com ele desde a invasão, não achava certo, mesmo que a dor no peito fosse enorme.

Pra falar a verdade, eu estava falando com o Kaká porque ele era o única que entrava na minha casa.

Não estava em condições pra falar com ninguém, a cada vez que eu fechava os meus olhos eu lembrava da Bianca sem vida no meu colo.

Era doloso demais pra mim.

Kaká: Vai falar com ele, para com isso, maninha. - falou e eu olhei pro lado onde ele estava.

Alina: E falar o que? Desculpa por ter praticamente matado tua irmã? - perguntei e ele balançou a cabeça negando.

Kaká: Todo mundo tá sofrendo com a morte da Bia, eu nem sei como eu tô, ela era a minha mulher e nem por isso eu me afastei de todo mundo. - sentou do meu lado e deixou o cigarro de lado. - Tô falando como teu irmão que acabou de perder a mulher, deixa essa culpa de lado e vai atrás dele, vocês são casados e não tem motivo pra ficar nessa.

Eu não falei nada, só balançou a cabeça e levantei do banco. Apesar de tudo, o Kaká estava certo e eu iria atrás do Delucca.

Eu sabia que estava sendo um tanto egoísta em pensar somente na minha dor, deixei o Delucca e nem pensei em dar o meu apoio.

Subi na minha moto e segui pra boca, já que ele estava passando o tempo todo por lá e eu sabia disso. Falei com os seguranças dele e entrei.

O Delucca estava sentado na cadeira olhando pro teto, mas se virou assim que eu entrei na boca.

Delucca: Alina. - levantou e parou na minha frente.

Alina: Oi. - ele sorriu pra mim e me abraçou com força.

Delucca: Você tá bem? - perguntou passando as mãos pelo meu corpo todo.

Alina: Já estive melhor, mas nós precisamos conversar. - me afastei dele, mas o mesmo segurou na minha mão.

Delucca: Por favor, não faz mais isso, não se afasta de mim. - falou baixo.

Somente agora eu pude notar o quanto ele está afetado, me partiu o coração ver ele tão fraco assim.

Alina: Não vou, me desculpa por isso. - tentei não chorar, mas era difícil demais. - Eu me afastei pra não ter que enfrentar isso, mas acabei me esquecendo que não foi só eu que perdi.

Delucca: Tô ligado, não foi sua culpa, Alina. - segurou na minha mão e me puxou pro sofá que tem na salinha.

Alina: Eu preciso ir atrás da minha mãe, eu sei que isso não vai parar até ela me ter e eu não quero que outras pessoas acabem morrendo por minha causa.

Falei de vez e me afundei no sofá, eu sabia muito bem que as invasões não iriam parar até eu ir encontrar ela.

Delucca: Ficou maluca? Eu não confio naquela mulher, não quero perder você também. - segurou na minha mão e eu olhei pra ele.

Alina: Não vai me perder, mas eu preciso acabar com isso. - peguei em seu rosto. - Mas eu vou precisar da sua ajuda.

Ele só balançou a cabeça e eu continue a falar o que eu estava pensando em fazer, eu iria encontrar com a minha mãe, já estava na hora de colocar um ponto final nisso tudo.

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+100

Amorexxx, o livro está chegando ao fim.

Mas tem duas fics nova pra vcs.

Amantes do Crime
e
Vida Bandida

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