D E L U C C A
Essa parada de ser pai tá ficando cada vez mais pilha na minha cabeça, é um cria meu e isso é foda, mesmo que não seja com a Alina, tô colando proteção a mil na Dara.
Já tá na boca dos inimigos que eu já tenho o meu herdeiro, tá ficando difícil ficar de boa com um caralho de gente de olho na criança.
Mas só olhar pra Alina que eu já fico mais calmo, esse é um dos efeitos que ela causa em mim, a preta é a minha paz e a minha perdição no mesmo pacote.
Alina: O que foi? - beijou o meu ombro e eu olhei para ela. - Está tão quieto.
Deitei com ela na cama, ela do jeito que é folgada, já foi colocando a perna por cima da minha.
Delucca: So pensando aqui. - passei as minhas mãos pela perna dela. - Cê tá de boa?
Já fazia um tempinho que não era só nós dois conversando sobre a vida, esses dois últimos meses não estão sendo dos melhores.
Mas eu tento intercalar entre cuidar do morro, fazer a proteção da Dara e ficar com a Alina.
Até porque, mesmo a Dara não sendo a minha mulher, Ela ainda é a mãe do meu filho, não sou tão filho da puta pra deixar ela largada.
Alina: Já tivemos dias melhores, mas eu tenho você e você tem a mim, então podemos dar um jeito em tudo. - falou passando as unhas pelo meu abdômen.
Delucca: Depois que o Abel nascer, tô pensando em ficar com ele, claro que ele vai ficar com a mãe dele.
A Alina levantou a cabeça e ficou me olhando.
Alina: Não precisa pedir nada pra mim, o filho é seu, você que escolhe. - segurou no meu queixo. - O que você decidir, eu irei concordar.
Delucca: E quando teremos o nosso? - perguntei na curiosidade e ela balançou a cabeça negando.
Uma coisa que é foda, sempre que eu entro com esse assunto a Alina arruma um jeito de ir pra outro, ela acaba me deixando no escuro.
Alina: Não começa com isso, Delucca. - levantou e sentou na cama.
Fiz o mesmo e fiz ela me olhar.
Delucca: Não me deixa no escuro, preta. - segurei na cintura dela. - Qual o problema?
Alina: Eu não posso ter filhos, Delucca. - sussurrou e eu fiquei parado.
Delucca: Como assim não pode? Me explica essa parada, amor. - pedi e a Alina baixou a cabeça.
Alina: Eu sou praticamente infértil, a minha quantidade de óvulos é baixa demais. - ela levantou da cama e saiu do quarto.
Eu já não sabia o que falar, foda que eu não tinha palavras certas pra isso, minha cabeça entrou em um bug do caralho.
Porra, é um puta balde de água fria. Mas as paradas já se formaram na minha cabeça, todas as vezes ela mudava de assunto e eu era um filho da puta pra não perceber nada.
Levantei da cama e segui pra laje da casa, sabia que a Alina estaria lá, ela sempre vai pra lá quando quer ficar sozinha ou pensar.
Dito e feito, ela estava deitada de olhos fechados no sofá. Peguei uma cadeira e sentei em frente pra ela.
Delucca: Desculpa, tô ligado que eu fui um filho da puta por não pensar nisso e só querer ter um herdeiro com você.
A Alina abriu os olhos e me encarou, seus olhos estavam brilhantes por conta das lágrimas e um pouco vermelhos.
•••
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Vidigal
Novela Juvenil+16|| Fomos feitos para errar, cair e se erguer novamente. A escolha está a um passo de seus olhos. Você é o meu melhor erro e a minha pior verdade.