Não sei quantas horas eu estou aqui, só sei que estou entediada e com uma vontade de matar alguém na porrada.
Apesar de minha família ser uma família de lutadores, eu tenho que confessar que eu não sou tão Boa assim brigando.
Até fico com inveja das minhas primas que são boxeadoras e ganha um dinheiro adoidado nas lutas.
Os únicos da família que não entraram muito pro ramo da luta, foram os meus pais, o meu pai quando era mais novo, até participou de algumas lutas, mais logo desistiu, diferente dos meus tios que vivem disso e disse que iriam lutar até o seu último suspiro.
"Lutar está no nosso sangue" palavras do meu tio Eliot.
Meu irmão Ramiro é um ótimo lutador, ele pretende voltar a Lutar e está com planos de abrir uma academia de luta.
Meu irmão Dean, já participou de algumas lutas, e apesar de ganhar uma bolada de dinheiro, ele parou.
Lucas Meres entra no quarto tirando- me dos meus pensamentos.
__Veio me matar?.- pergunto mostrando meu desinteresse.
__Ainda não.- ele puxa uma cadeira e se senta de frente para mim.
__Você sabe o que é amar Elisa?.- sua pergunta me pega um pouco de surpresa e eu apenas assinto.
__Como você se sentiria se a pessoa que você ama, estivesse morta?.- só de pensar na possibilidade de perder alguém que eu amo, meu coração já aperta.__Eu me sentiria destruída, quebrada, como se minha vida também não tivesse mais sentido.
__Isso é exatamente o que eu senti quando meu filho morreu.- ele suspira e prossegue:
__Sabe Elisa, as pessoas só costumam ouvir o lado dos mocinhos da história, mas vocês já pararam para pensar que nem sempre o vilão é essa pessoa terrível e sem coração como vocês acham?__Está querendo me dizer que você não é esse homem terrível e sem coração como todos pensam?.- dou um sorriso debochado.
__Sim.
__Desculpa Sr Meres, mas contra fatos não a argumento.- ele balança a cabeça negativamente.
__ Eu nunca tive uma vida Boa Elisa.- suspira.
__Minha infância foi péssima, meu pai era um alcoólatra e minha mãe uma prostituta.- ele diz com desgosto.
__Os dois todo dia brigavam, nenhum dos dois se importava comigo, ambos só se preocupavam com dinheiro e curtição, meu pai sempre quando chegava bêbado e não encontrava minha mãe em casa, ele me batia, ele me espacanva sem eu ao menos ter feito nada, quando minha mãe chegava de sei lá onde, ela apanhava do meu pai, ele só faltava matar ela, essa foi minha infância e adolescência, quando eu tinha 17 anos, eu não aguentando mais viver entre aqueles dois, eu sai de casa, fui morar com uns amigo meu que era da pesada, foi ai que eu entrei pro mundo do crime.- desabafa.__Por que você está me contando isso?.
__Continuando.- ele ignora minha pergunta e prossegue.
__No meio desse mundo errado em que eu vivia, eu conheci uma mulher, ela se chamava Angelina, ela era um anjo, ela era meu anjo, ela era delicada, doce, amável, bondosa, ela era como uma bonequinha de porcelana que teríamos que ter o máximo possível cuidado para não quebra-la.- sorria ao lembrar da tal mulher.__Ela era demais para mim, ela era certa, enquanto eu era errado, eu sabia que não era o certo deixa-la entrar em minha vida, ela não merecia está no meio do mundo em que eu vivia, porém eu era egoísta de mais para deixá-la partir, eu amava ela mais que minha própria vida, ela era minha única razão de querer viver ainda, ela era a luz que iluminava a escuridão a qual eu vivia.- seus olhos brilham falando dela.
__Estávamos com mais ou menos cinco meses de namoro quando ela engravidou, quando o Luan nasceu, eu me senti o homem mais feliz do mundo, realmente eu era o homem mais feliz do mundo, eu tinha uma mulher maravilhosa e tinha acabado de receber o melhor presente que eu poderia receber na vida, um filho. - seus olhos ficam marejados e seu semblante fica bastante sério, seus olhos estão uma mistura de fúria, raiva e ódio.
__Quatro meses depois, mataram ela, minha mulher tinha sido baleada, naquele dia minha vida tinha perdido o sentido, eu queria ter morrido junto com ela, mas meu filho foi minha luz, eu não poderia acabar com minha vida e deixar meu filho sozinho nesse mundo. Depois que ela morreu, eu não fui mais o mesmo, se antes eu era ruim, eu fiquei mil vezes pior, eu me tornei tudo o que minha Angelina odiava. Quatro anos depois, eu tinha ido em uma balada, tinha bebido muito e tinha me drogado, acabei ficando com uma mulher, depois de um mês ela me procurou dizendo que estava grávida, claro que eu tinha minhas dúvidas e quando a criança nascesse eu faria o teste de DNA, essa mulher não tinha para onde ir e eu não iria deixar uma mulher com um filho meu morando no meio da rua, e meu filho Luan precisava de uma figura paterna na vida dele, eu tinha ido ver um luta que meu amigo iria lutar, adivinha com quem meu amigo iria lutar? Ele iria lutar com seu pai, foi lá onde conheci sua mãe, ela parecia de mais com a Angelina, se não fosse pela a altura e o tamanho do cabelo, eu diria que ela era a minha Angelina, eu estava louco, acabei sequestrando sua mãe, naquele época eu não pensava direito.
__Por que você está me contando isso?- repito minha pergunta.
__Por que eu preciso me desabafar com alguém. Continuando, eu me casei com a mãe do Liam depois que eu descobri que o Liam realmente era meu filho, eu e ela tínhamos feito um trato, ela cuidava de Luan como se fosse um filho dela e em troca eu lhe dava meu sobrenome e a partir do dia em que ela se tornasse minha esposa, ela teria que ser fiel nesse casamento, assim como eu seria, mas a vagabunda não fez isso, ela me traiu e ainda gravidou de outro, quando Luana nasceu eu mandei essa criança ir morar com os avós e fiz questão de tornar a vida dessa maldita mulher com quem me casei, um inferno. Meus filhos cresceram e se tornaram
igual a mim, o Luan era minha cópia fiel, já o Liam fazia as coisas na base da ameaça, eu ameaçava matar a mãe dele, eu fui um monstro e quis tornar meus filhos uns monstros também, agora meu filho Luan não está mais aqui.- depois de contar sobre sua história, ele se levanta e olha seriamente para mim.__Eu não irei te matar Elisa, sei que logo sua família nos encontrará e eu irei ter a chance de matar o seu maldito irmão por ter tirado a vida do meu filho, matarei ele na frente da família toda.- diz com um sorriso diabólico.
__Vocês irão sentir a dor que eu senti ao ver meu filho sem vida no chão.__Eu ainda não entendi o porquê de você ter me sequestrado.
__A única forma de reunir toda sua família é sequestrando você, assim todos vem tentar salvar você e é a oportunidade perfeita de matar seu irmão na frente de todos.- ele vem até a mim e deixa as cordas um pouco frouxa.
__Agora você poderá se soltar e se defender da Luana quando ela vim querer acaba com sua vida, não conte a ela que eu não sou o pai dela, ela não sabe de nada.- assinto.
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Um Amor Inevitável. (Concluída)
Teen FictionElisa Torres é uma mulher bastante responsável, madura e independente, tem seus 24 anos, é formada em gastronomia, e apesar de vim de uma família rica, ela prefere conquistar seus objetivos e metas com seu próprio dinheiro sem precisar de ajuda nen...