capítulo 23

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     - Tive um sonho bem ruim, se era ruim então não foi um sonho... foi um pesadelo! - Falo acordando por um impulso. Me espreguissei. Fui para o banheiro e amarrei meu cabelo, um rabo de cavalo alto, tentei deixar nenhum fio de cabelo escapar.
       Escovo os dentes e lavo o rosto. O pesadelo que tive não sai da minha mente de jeito nenhum, droga.
      
        Já na escola, vou correndo para a sala, não falo com ninguém no caminho. Sento no meu lugar, pego um caderno e uma caneta, começo a fazer o dever de matemática que esqueci de fazer ontem a noite, culpa do Gustavo, rum. Faço o dever com pressa, minha letra fica horrível quando escrevo com pressa, grr. Faltando alguns minutos para bater o sinal enfim termino. O sinal bate e a sala que estava quieta agora com todos correndo para as suas salas, ficou barulhenta, com pessoas conversando alto. Gustavo entra com os amigos dele na sala e me olha, eu fingo que não olhei para ele é começo a escrever qualquer coisa na última folha do meu caderno. Ele vai até a minha mesa e se senta na mesa na minha frente.
      - Eai, pequena tá bem?
      - Hmmmm sim - Respondo automaticamente.
     
       Graziele passa do nosso lado olhando torto e se senta no fundão com os populares. Gustavo se levanta e se senta no lugar dele, na fila do meio, quase no final dela.
      
       Aula de física, afu, deu vontade de dormir agora, quando tento prestar atenção na aula meus olhos começam a se fechar sozinhos... mas Gustavo me joga uma bola de papel me assustando, e me acordando. Abro o papel discretamente, e o que estava escrito:
  
      Não durma na aula do Sr. Colgrove, você sabe o que acontece quando alguém dorme na aula dele pequena.

     Então ele tava olhando pra mim durante a aula? aí mds, acho que não, provavelmente ele só olhou pra mim uma vez e viu que eu tava morrendo de sono, e quis me manter acordada para não passar vergonha.
      Acabo não prestando atenção no que o professor tava explicando, e percebo que ele tinha falado alguma coisa comigo, mas não ouvi, F-U-D-E-O.
       - Senhorita Saunders?
       - Hm... eu

      Todo mundo começa a rir de mim na sala menos o Gustavo, menos mal.
       - Você ouviu o que eu acabei de te disser?
       - Ah, sim, claro - Falo nervosa.
       - Então me responda. - Ele levanta a sanbracelha direita.
       O sinal toca, ufa, salva pelo sinal, te amo sinal, o que eu tô falando? meu Deus do céu.
      
        Já no pátio, no intervalo do recreio me sento em uma mesa vazia esperando os meus amigos, eles sempre vêem até mim.
       Camila e Rafael chegam primeiro, depois Ana.
        Ficamos falando sobre a prova que fizemos no início da semana, que eu admito que fui péssima.

       Já no ônibus para ir para casa, sozinha porque Ana Maria ia fazer alguma coisa com a prima dela. Gustavo tinha me perguntando se eu queria carona, mas recusei, afinal só nos beijamos na noite interior nada de mais.

      Quando chego em casa tiro minhas botas de cano alto preta, jogo em qualquer canto da sala, coloco a bolsa em cima do sofá e saio correndo para o meu quarto. Me deito na cama e pego o celular no bolso de trás da minha calça. Ligo o celular, e vejo que Gustavo me mandou mensagem ontem a noite mas não tinha visto, Vish.
 
      Gustavo: gostei de hoje, bora se encontrar amanhã de novo?
      Kettelly: Desculpa não tinha visto a mensagem... ah, pode ser, aonde?

      Ele responde imediatamente, que tomo um susto.
    
       Gustavo: Que tal ser surpresa?
       Kettelly: hm...ok

      Surpresa? eita, agora eu não sei o que vou vestir, e agora?
      
      Kettelly: Que horas Shipley?
    
      Shipley e o sobrenome dele... acho que vou começar a chamar dele assim, como se fosse sla um jeito carinhoso de chamar ele? a foda-se... eu gostei.
     
      Gustavo: As 7 bom para você pequena?
      Kettelly: urum

     
      Vejo o horário no celular, ainda são as 2 da tarde, então nada para me preocupar por enquanto.
       Fiquei imaginando, e se o Gustavo só quiser me usar? ou sla, eu sou só uma brinquedinho? não dá para saber.
       Mas por tudo que já passei... não sei mais no que acreditar.
      É o motivo pelo qual eu acredito que o amor verdadeiro é uma coisa criada pelas empresas que vendem cartões e por pessoas que escrevem livros sentimentais e roteiros de comédia romântica. Foi por causa de Henrique e Weston.
      Henrique: Ele tava me iludindo,  falando bem de mim e do meu corpo quando eu tinha  13 anos, e ele 14, ele roubou meu primeiro beijo em uma Roça da casa dos avôs dele.
     Weston: Fiquei com ele por algumas semanas achando que ele queria algo mais sério comigo, mas na verdade só era só mais uma na lista dele, eu tinha 14 anos.

      Agora Gustavo, não sei se ele vai fazer bem na minha vida, ou mal. Simplesmente não sei do meu futuro, então não sei.
 
      Vou tentar não ter muita esperança ou sonho com Gustavo, pois sei que se eu ter, vou me machucar mais que com os outros dois meninos que brincaram comigo.

      Quando chega as 6, tomo um banho bem quentinho, coloco uma calça, um moletom de crochê cinza claro e uma bota de couro de cano alto - amo essas botas.
      Gustavo tava me esperando na esquina de casa para o meus pais não verem ele, dei uma desculpa que eu ia na casa de Ana Maria, e pelo incrível que seja eles acreditaram.

      Então, esse foi o capítulo de hoje esperam que tão gostando, qualquer erro me avisem que conserto imediatamente, agradeço.
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