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Encarei a pequena casa de madeira onde Sam, Flávio e eu brincávamos quando era-mos pequenos. Essa casinha ficava ao norte da alcateia, um lugar onde tinha um rio na sua frente e que era um pouco mais frio do que os outros cantos da alcateia. 

Aqui nós fingíamos que tinha-mos mais de 20 anos e que aquela casinha de madeira bem pequena era  nossa casa, não nos preocupava-mos com companheiros até porque isso não nos importava naquela idade, apenas guerra e poder. 

Fingíamos que eu já era uma alfa e eles os meus betas, ficávamos brincando de batalhas amigáveis entre nós os três. 

Sempre que o Sam estava chateado ou queria apenas ficar sozinho, vinha para cá e se sentava na grama seca do chão e encarava o lago. Eu e Flávio sempre vinha-mos aqui quando dava-mos pela sua falta ou quando sabíamos que ele estava muito bravo. 

Flávio fez um buraco num local onde Sam se sentava antes, dei um ultimo abraço na cabeça do Sam antes de joga-la dentro do buraco um pouco fundo que o Flávio fez. Dona Maria, a mãe do Lucas e minha ex sogra, usou um feitiço para ocultar o cheiro de cadáver,  então foi-se embora nos deixando sozinhos com a cabeça do Sam. 

Flávio a enterrou e eu fiquei encarando a pele bronzeada do meu primo desaparecer em meio a terra escura da floresta.

_Ele tinha encontrado a sua companheira antes de ser pego._Sussurrei. Flávio acabou de enterrar a sua cabeça e de encher o buraco com terra. Então ele cravou uma espada muito importante que o Sam tinha, a espada do seu falecido pai. Cravou-a na terra e colocou um colar seu na espada para que Sam sentisse a nossa presença mesmo quando não estivesse-mos ali ao lado do seu túmulo._Ele disse que a morte seria menos dolorosa porque a sua companheira morreu na sua frente._Sussurrei. 

Mesmo que Sam tenha falado pouco, eu percebi o que ele quis dizer. 

Flávio começou a chorar em silêncio.

_Flávio, eu preciso de você mais do que nunca assim como a Vanessa. Eu quero que cuide de nós assim como cuidaremos de você. Chorar e sofrer não significa que você é fraco. Isso significa que você tem sentimentos e sentimentos fortes. _Sussurrei. Ele confirmou com a cabeça. Nós olhava-mos os dois para a espada que representada o tumolo do Sam. Abaixei-me para colocar uma pulseira minha que eu usei muito estes anos todos, presa na espada também._Eu estou gravida e não sei se tenho forças para continuar de pé sozinha. 

_O Lucas.._começou a dizer, interrompi a sua fala.

_Não quero mais nada com ele. A melhor coisa que ele pode ter feito foi colocar essa semente que esta crescendo cada dia no meu ventre. Acho que não fomos feitos um para o outro afinal. Talvez a deusa da Lua se tenha enganado em nos juntar._Sussurrei.

_Isso é a maior mentira que você contou Diana._Ele olhou para mim._Vocês foram feitos um para o outro. o vosso amor era tão forte que quase me fazia vomitar um arco-íris só de estar perto de vocês. Você mesma sabe, a deusa da Lua nunca se engana, no inicio pode nem parecer certo, mas é por isso que ela deu de presente aquela atracão forte, isso ajudava a manter-nos juntos da nossa alma gémea para podermos finalmente nos apaixonar-mos ao envez de perder-mos tempo com as pessoas erradas. Isso é apenas uma faze Diana._ele segurou a minha mão.

Olhei para os seus olhos. Não consegui discordar.

Fiquei mais algum tempo ali antes de deixa-lo sozinho com o Sam. Ele precisava muito e eu tinha de ir avisar a Vanessa porque nós viemos directamente para aqui. Apenas manda-mos um lobo para pedir a Maria que fosse ter connosco.

Entrei na minha casa, fui até o quarto deles, era de lá de onde saia o cheiro da Vanessa. Batia  porta e esperei que ela abrisse a porta.

Mais tarde

Desci as escadas devagar, estava perdida em pensamentos, perdida nas memorias em que Sam era presente. Perdida nas lembranças das suas gracinhas idiotas e do seu sorriso safado que ao mesmo tempo o deixava mais charmoso e fazia as garotas da nossa escola suspirarem.

Parei na porta da sala, estava tão distraída que nem senti os cheiros de Lucas, dona Maria, mamãe e papai na sala.

_Diana, venha aqui querida._Dona Maria me chamou com um sorriso doce e um olhar carregado de pena e tristeza péla morte do meu primo.

Ela tinha ficado com ele, não a culpo péla morte de Sam, isso foi tudo culpa dos Strognoffs e da Mia, também minha porta eu não consegui me libertar a tempo..

A Alfa e o NerdOnde histórias criam vida. Descubra agora