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Está tudo errado!

Sam deveria estar vivo, Lucas deveria me amar.. pêlo menos, sempre que estavamos juntos parecia que ele me amava de volta, então se não é o que ele sente, por que ele me iludiu? Por que é que ele dizia que me amava se no final amava a Mia?

Eu não entendo nada, não compreendo. Com os outros eu consigo decifrar o amor nos seus olhares, consigo decifrar o amor forte que os meus pais e que o Flávio e a Vanessa sentem, no Lucas também vi amor, mas afinal eu estava errada.. por que eu não consigo perceber as suas emoções? Como ele conseguiu esconder os seus pensamentos da Mia, de mim?

Como ele conseguiu esconder o facto de que a ama? Como ele foi capaz de me dar esperanças e me deixar cada vez mais loucamente apaixonada por ele? Ele gosta de me fazer sofrer? É isso?

_Xavier, vamos embora, está ficando tarde._me levantei para tentar fugir das perguntas sem resposta que eu tinha.

_Tudo bem._ele também se levantou. Senti um enjoo muito forte, inclivei-me bruscamente me apoiando na árvore ao meu lado e vomitei.. vomitei.. sangue.

Uma forte dor no meu ventre me fez gritar, cai de joelhos no chão vomitando mais sangue e sentindo algo escorrer pelas minhas pernas.

O sentimento de algo estar me abandonando me deixou mais desesperada ainda.

_Alfa, deixe-me leva-la a enfermaria._Xavier pediu se abaixando ao meu lado, a sua expressão mostrava o quanto estava nervoso e assustado. Confirmei com a cabeça o deixando me levar, ele me pegou no colo, uma mão abraçou a parte de trás dos meus joelhos e a outra as minhas costas.

Então ele começou a correr na direção da enfermaria, tapei a minha boca com as duas mãos tentando não vomitar para cima dele, mas não deu para segurar, o sangue era tanto que passou no meio dos meus dedos escorrendo pelas minhas mãos, pescoço e pela minha roupa, também sujei um pouco da camisa do Xavier, mas ele pareceu não se importar.

Ao chegar na enfermaria eu fui logo atendida, as enfermeiras m examinaram, até dona Maria me examinou e com a ajuda da sua mágia, ela descobriu o que era.

_Diana, você vai continuar vomitando durante mais algum tempo. Quando esses enjoos pararem, você terá de tomar umas ervar medicinais para aliviarem um pouco a dor que sentirá._dona Maria explicou enquanto pegava as ervas e com a ajuda de duaslobas enfermeiras, ela fez uma espécie de sopa com as folhas as triturando e colocando também água.

_Por favor, me diga o por quê disso._pedi antes de vomitar mais sangue para dentro do balde que elas me entregaram.

Eu tinha uma ideia do que era aquilo, mas não queria acreditar, estava com demasiado medo para aceitar isso.

_O bebê Diana._ela sussurrou. Virou-se para mim com a taça que continha as ervas medicinais e segurou a minha mão. Ela olhou nos meus olhos, nesse momento eu entendi que o meu medo virou realidade._O seu sofrimento é demasiado forte, o pequeno feto não aguentou a sua dor._ela acarinhou as costas da minha mão com o seu pulgar.

Tudo o que eu não queria ouvir, ouvi. Tudo o que eu não queria ver, vi. Tudo o que eu temia, acobteceu.

Por quê?

_Alfa, tome as ervas, você se sentirá melhor depois de as tomar._uma loba sussurrou. Ebcarei o balde cheio de sangue, os meus enjoos pararam dando espaço a uma dor tão forte que me fez chiar igual a uma cachorrinha pequena.

Obedeci-as. Peguei a taça e tomei aquilo tudo, o gosto era horrível mas ao menos amenizou as minhas dores de barriga.

Caminhei para fora da sala com a cabeça baixa. Era a primeira vez em anos que eu me sentia tão insegura e fraca, sentia-me incapaz de fazer qualquer coisa.

_Alfa, permita-me acompanha-la a casa._Xavier abaixou a cabeça e parou a minha frente. Levantei um pouco a minha cabeça para o olhar.

_Você têm que ir para a sua casa, já está tarde, venha eu te a acompanho._sussurrei.

_Não, o macho aqui sou eu, eu que tenho de deixar a bela donzela na sua casa._  ele brincou abrindo um sorriso de lado. Isso me lembrou do Sam.

"_Vêm Dih, vou te levar a casa, eu que sou o macho dessa porra toda e vou deixar a bela donzela na sua casa em segurança._Sam falou estendendo a mão para mim."

Sam tinha catorze anos nessa altura. Eu não queria ir para casa porque tinha brigado vom o meu irmão por ele ter comido o meu pudim. A gente brigou e ele falou muitas coisas que me deixaram muito em baixo.

Sam quando soube da briga veio correndo ter comigo, até porque já estava escuro.

Abri um sorriso fraco por ter me lembrado disso. Segurei a mão do Xavier e deixei-o me levar para a minha casa.

Ele me lembrava o Sam de alguma maneira, assim como o meu primo, ele fazia palhaçadas idiotas mas ao mesmo tempo engraçadas para me animar.

A Alfa e o NerdOnde histórias criam vida. Descubra agora