1 mes depois
Já se passou um mês desde que estou aqui na Alemanha. A cada noite que eu passava aqui, eu bebia até desmaiar e chorava escutando sempre a musica "Knees".
Durante os dias eu apenas ficava deitada na cama e ficava tomando remédios por causa da dor de cabeça que eu ficava sempre. Claro que essas bebidas e remédios não eram comuns, eram bebidas alcoólicas feitas com uma erva especial que fazia qualquer ser sobrenatural ficar bêbado como se fosse um humano.
As vezes eu tenho passado mal e vomitado, até porque o meu corpo estava cada vez mais fraco por causa de eu beber sempre essas bebidas todas as noites e sempre até eu desmaiar.
Hoje completava exactamente um mês desde que eu vim para aqui, os funcionários do hotel onde eu estou estão um pouco preocupados comigo. Eles trazem-me comida e eu como sempre pouco, eles não se preocupam com o dinheiro até porque eu pago tudo de semana em semana, parecem mais preocupados com a minha saúde.
Não sei exactamente o por quê disso, mas sei que eu sou muito grata a eles por sentirem essa preocupação comigo e por sempre tentarem me animar quando nos vemos, normalmente é só quando eles trazem o almoço ou jantar, eu não tomo café da manhã porque estou sempre a dormir e só acordo quase as duas horas da tarde.
Flávio, Vanessa, papai, mamãe, Xavier e até a dona Maria me enviam sempre mensagem quase todos os dias para saber como eu estou. No inicio, o Lucas mandava-me milhões de mensagens, mas o bloquiei no segundo dia que eu vim para cá. Eu quero distancia dele então essa era a maneira mais fácil para conseguir ter um tempinho só para mim.
Era raro eu sair do meu quarto, as poucas vezes que eu sai-a do mesmo era só para ir em baladas. E eu nunca voltava sozinha. Era apenas uma noite e nada mais. Depois nunca mais os via e eu agradecia muito por isso.
Fui despertada dos meus pensamentos por uma ligação, já eram onze da noite, eu já tinha bebido duas garrafas inteiras de bebida alcolica especial para seres sobrenaturais, olhei para o meu celular, eu tentava ler o nome que estava escrito na tela do meu celular mas a minha visão estava um pouco turva.
Decidi então deixar isso de lado e atender logo a ligação.
_Alô?_perguntei, a minha voz saiu demasiado baixa, muito rouca e notava-se logo que eu já estava praticamente bêbada.
_Diana? Você está bêbada?_uma voz masculina perguntou. Fiquei em silêncio tentando descobrir quem falava. Eu sabia que conhecia aquela voz mas não sabia quem era.
_Se identifique estranho!_ordenei, soltei um soluço no final da frase que me fez rir.
_Sou o seu irmão!_ele praticamente gritou.
_Não grita comigo.. eu não te fiz nada.._comecei a chorar.
_Ta.. desculpa Dih, não chora maninha._ele pediu com um tom de voz mais suave.
_Você vêm logo gritar comigo e depois não quer que eu chore? Você é mau.. muito mau._choraminguei me encolhendo mais no canto do meu quarto. Escutei batidas na minha porta._Entre!_gritei.
A porta foi aberta lentamente e o meu irmão ficou em silêncio acho que para descobrir quem estava entrando no meu quarto.
_Diana?_Uma das funcionarias que tem cuidado de mim entrou no quarto. A sua pronuncia francesa não era uma das melhores, mas ela se esforçava para falar comigo e eu achava isso bem fofo._Você esta falando com quem?
_Com o meu irmão! Olha.. pode me trazer mais daquilo.. por favor? Eu quero mais._sorri para ela, ela suspirou e concordou com a cabeça logo saindo do meu quarto.
_"Aquilo"? Aquilo o quê?_Flávio perguntou do outro lado da linha.
Lucas narrando
Esse mês sem a Diana do meu lado estava me matando aos poucos. Eu estava irritado por os seus pais e o Flávio terem-na deixado ir, até porque eu só precisava conversar com ela. Eu enviava-lhe mensagens pedindo para que ela voltasse e perguntando como ela estava, mas no segundo dia ela me bloqueou.
A única coisa que me aliviava era a luta, e Flávio era um grande amigo pois sempre estava lá comigo para treinar. Ele tinha uma força equivalente a minha, eu só era um pouco mais forte do que ele, mas como ele tinha muito mais experiência do que eu na luta, ele costumava ganhar sempre.
As vezes se passavam uns flashes na minha mente, algo que me ajudava a esquivar dos seus ataques, e pelas mãos que apareciam, eu sabia que eram lembranças da Diana de quando ela lutava com o Flávio.
O pai da Diana tem me deixado no controle até porque eu era o Luno, ele me explicou que apesar de o meu lobo ser um alfa, eu não podia ser chamado de Alfa porque a loba da Diana era mais forte então só podia ser chamado de Luno. Bem, continuando.. Eu fiquei no comando e ele e o Flávio têm sempre me ajudado com tudo.
Eles sabiam da verdade e me disseram que eu teria de ser paciente, se eu realmente amar a Diana e a quiser comigo, eu tenho de ter paciência e esperar até que ela esteja pronta para falar comigo.
Agora estávamos todos na sala de estar, os pais da Diana, o Flávio, a Vanessa e a minha mãe. E claro, eu, estávamos todos juntos esperando que a Diana atendesse a ligação do Flávio porque estávamos muito preocupados com ela.
VOCÊ ESTÁ LENDO
A Alfa e o Nerd
WerewolfDiana Ribeiro é uma loba diferente dos outros. Para além de ser a filha do Alfa, ela também nasceu sendo uma. Diana após encontrar o seu companheiro vê que têm muitas pessoas tentando separa-los e ainda descobre que tem de anicilar uma raça qu...