Caminhei pelo parque, encontrando Luke cantando uma garota que parecia não estar muito feliz. Me aproximei mais, curiosa.
- Qual é, linda? Não pode me passar seu número? - As bochechas da garota ganharam um tom avermelhado.
Gargalhei, Luke, apesar de tudo, era péssimo com garotas.
- Oi Luke, oi menina das bochechas vermelhas - ela corou mais ainda - Desculpe pelo incômodo, só que meu amigo aqui não tem consciência do que faz, mamãe esqueceu de lhe dar os remédios, não é Luke? - ele me olhou, bufando - Tchau, querida - dei meia volta arrastando Luke até uma mesa de uma lanchonete ali perto - Não vim aqui para te ver paquerando.
- Oi para você também, Isabella - piscou para mim - Mais bela do que nunca - revirei os olhos, Luke sempre seria o idiota de sempre - O que fez você querer meus serviços?
- Aconteceu uma coisa e queria que me ajudasse a resolvê-la.
- Tudo bem, pode falar - se encostou na cadeira - Quer que dê algum susto em alguém? Quer procurar seu cachorro perdido? O que quer?
- O que você acha de procurar minha mãe? - então, de repente, ele começou a gargalhar como se aquela fosse a piada do ano.
- Bella, sua mãe se foi há seis anos, acho que sabe que não caço fantasmas - revirei os olhos, novamente.
Era incrível como ele conseguia falar de assuntos delicados sem se importar.
Procurei pela foto dentro da minha bolsa, a entreguei em suas mãos.
- Apenas leia - enquanto ele lia seu sorriso ia desaparecendo lentamente.
Me encarou, levantando o papel como se procurasse um sentido.
- Bella, eu sei que sente falta dela - colocou as mãos sobre a mesa - Mas essa mulher pode ser outra pessoa!
- Claro! E coincidentemente ela se chama Diana, tem a mesma idade que minha mãe teria além de ser idêntica a ela! Como o mundo é engraçado, não? - praticamente cuspi ironia na cara dele - Escute Luke, eu tenho certeza que essa mulher significa alguma coisa- apontei para a foto - Eu precisa achá-la!
Ele suspirou, intercalando olhares entre a foto e eu. Suspirou, me entregando a foto e pegando sua bolsa colocando no ombro, oh merda, ele não iria me ajudar, já me preparava para um belo "não" e junto com ele a revolta.
- Me procure daqui dois dias em meu escritório - me entregou um cartão azul - Espero que valha a pena.
Saltei da cadeira e em um pulo o abracei, fazendo-o dar alguns passos para trás, gargalhou me abraçando de volta.
- Se soubesse que ficaria assim não teria feito suspense - bati em seu ombro o fazendo rir ainda mais - Não se deve magoar quem vai te ajudar.
- Cale a boca, Luke, não estrague meu momento - sai de seus braços pegando minha bolsa assim como ele - Vai aonde?
- Preciso me encontrar com uma pessoa - falou sorrindo.
- Hum... Uma pessoa, é?
- Sim, uma pessoa que e não pretendo ter nenhuma relação amorosa ou sexual - piscou para mim enquanto seguia seu caminho - Adeus Isabella, até daqui dois dias.
O vi ir embora, paquerando algumas mulheres no meio do caminho, sorri. Luke sempre seria Luke, mesmo que tivesse cinquenta anos. Segui caminho até o carro, indo para o hospital ver minhas crianças, sim, minhas e apenas minhas.
Sempre quis trabalhar com crianças e quando descobri a oncologia pediátrica foi como se estivesse em outro mundo, um mundo novo que me encantou a cada experiência, quando soube que conseguiria fazer residência em Nova York, eu literalmente vi estrelas, eu desmaiei.
Estacionei em frente do hospital, vendo as janelas coloridas de longe. Caminhei até a recepção passando por pessoas chorando e outras com alguma parte do corpo quebrado, já tinha perdido a conta de quantas vezes minha mãe havia entrado comigo no hospital por causa de algum acidente que havia acontecido que eu tinha me machucado feio, é como se atraísse machucados, e isso ainda acontece.
- Oi - sorri para a recepcionista que encarava o computador - Sou Isabella McCortney, eu vou começar minha residência segunda-feira que gostaria de antes visitar a oncologia pediátrica daqui.
Ela me olhou como se fosse uma mosca morta que não merecia atenção.
- Sabe quem é o médico que vai te supervisionar?
-Sim, Dra. Lauren Walker.
Depois de algum tempo, confirmando cadastros e apresentando documentos, o que eu não achei necessário, finalmente me deixaram entrar.
- Sou Alicia, vou te acompanhar até a oncologia pediátrica - uma mulher jovem veio ao meu encontro, me puxando para o elevador.
Ela vestia um tradicional uniforme e parecia estar cansada, me olhou com ternura e sorriu.
- Espero que cuide bem daquelas crianças, algumas mães são complicadas mas isso não é um defeito, é apenas o instinto delas - o elevador abriu, a segui até a metade do corredor- é só seguir e virar à esquerda, tenha um bom dia - sorriu, voltando para o elevador.
Puxei o ar, seguindo em frente e virando a esquerda. E se não gostarem de mim? Elas podem me achar um bruxa ou alguma coisa pior, se alguém me fazer alguma pergunta inusitada eu com certeza não vou saber como agir, e se elas me ignorarem?
Fui interrompida quando quase perdi o equilíbrio por ter tropeçado em uma boneca no chão.
- Cuidado, não pisa na minha boneca não! - uma vozinha feminina e infantil gritou de longe.
Ergui os olhos, vendo uma menina com cerca de cinco ou seis anos correndo em minha direção, ou da boneca. Ela se aproximou e diminui a velocidade até parar, se encolheu no canto da parede como se estivesse com vergonha.
- Desculpe Senhora, achei que fosse outra pessoa - quase derreti ali mesmo de tão meiga que ela parecia ser - Poderia devolver minha boneca? - pediu me olhando nos olhos.
Sorri, indo pegar a boneca e vendo que graças a minha falta de coordenação, ela estava sem o braço, rapidamente o encaixei rezando para que ela não tivesse visto.
- Qual seu nome?
- Abby - pegou a boneca da minha mão - E o seu?
- Isabella, mas preferia que me chamasse de... - ela não me deixou terminar me puxando pela mão até a área cheia de brinquedos - Maggie, ela vai brincar com a gente! - apontou para outra menina com um vestido rosa florido.
- Oi, sou Maggie - sorriu pegando a minha outra mão - Você vai ser nossa mamãe - me empurrou para perto de várias bonecas enostadas -Matilda,você viu como a nossa nova mamãe é bonita? Sabia que ela vai contar uma história?
- Eu...
- Você vai não é? - me pediu com os olhos brilhando.
Incrível como as crianças transforman timidez em nada.
A encarei, eu não sabia o que dizer, não esperava que alguma criança que eu mal sabia o nome vir me puxando e de repente eu era a mamãe. Mas quem liga? Dane-se, essas meninas me encantaram só com os olhos, sorri pegando um livro jogado ao meu lado e as vi dar pulinhos de felicidade.
- O que vocês estão fazendo? - uma voz masculina conhecida atrás de mim perguntou.
- Papai, vem conhecer a nossa mamãe!
Papai? Cameron era pai?
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OIIII, eu sei, demorei.
Mas tenho motivos, estive e ainda estou ocupada essa semana, a criatividade também resolveu dar tchau junto com meu ânimo. Eu estou decepcionada, capítulo anterior não teve nenhum comentário! Nenhum! E isso não ajudou em nada, eu já estava triste porque me disseram coisas sobre a história que me deixou abalada, então nao estou muito entusiasmada.
Espero que me compreendam. Votem, comentem e parilhem. Mas principalmente, comentem!!! eu amo quando alguém comenta!
Leeh
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Only You
RomanceIsabella McCortney tem um passado complicado, seu pai um homem metido com drogas e sua mãe cometera suicídio e agora, oito anos depois ela estava formada e se mudando para seu novo apartamento, só não contava que conheceria Cameron Dallas, um homem...