Capítulo 20

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- Então diga para sua garota que ela está no lugar certo - respondi, sentindo os braços de Luke abraçarem minha cintura.

O olhar de Cameron voou até sua mão, que havia parado perto da minha bunda, cerrou os punhos. Vi que a garota que estava com Cameron, uma loira oxigenada que mal conseguia parar de pé em cima do salto enorme.

- Pode voltar a se alimentar da sua namorada, ainda tenho um encontro - acenei, saindo dos braços de Luke e rodeando o carro.

- Não precisa voltar, Isabella.

- Isso não vai acontecer, nem se dê o trabalho de sonhar - foi a ultima coisa que disse antes de entrar no carro e Luke me tirar de perto dele.

Ficamos em silêncio o caminho todo, um milagre já que sempre que eu e Luke estamos juntos não calamos a boca um minuto. Paramos em frente de um restaurante não muito famoso, mas parecia ser aconchegante.

Assim que sentamos e fizemos os pedidos, não consegui conter mais a curiosidade.

- Conseguiu alguma coisa sobre Diana? O que realmente aconteceu? E por que ela se escondeu esse tempo todo?

- Wow - Luke riu, erguendo as mãos para o alto - Calminha aí, se queria um adivinha procurou a pessoa errada - revirei os olhos com a resposta.

Qual era o problema? Eu acreditava que minha mãe tinha morrido, só que de repente aparece uma mulher me mostrando uma foto e eu a vejo pessoalmente, concluindo que ela na verdade não está morta, ele quer que eu venha com toda a paciência do mundo?

- Você é um investigador, foi para isso que eu te contratei.

- E porque somos amigos?

- E porque somos amigos.

Respirou fundo, ingerindo grande parte do vinho que estava e sua taça, antes de começar a falar.

- A coisa é mais complicada do que parece - disse- Eu fui atrás disso e acabei encontrando algumas pessoas, Diana é proprietária de uma biblioteca afastada da cidade, quase desconhecida e é muito pequena, ela também é coordenadora de uma campanha para o hospital que você vai trabalhar, arrecada dinheiro para oncopediatria.

- Ela tem uma filha com câncer.

- Como? - perguntou desentendido

- Você ouviu.

- Eu não achei nada sobre isso, nem mesmo um sinal de que ela tenha um filha.

- Eu fui visitar as crianças no hospital, uma menina chamada Abby começou a passar mal e Diana chegou gritando que era sua filha, você não deve ter procurado muito bem.

- Tenho certeza que vasculhei cada canto que pude - dei de ombros, o incentivando a continuar - Não cheguei a ir a qualquer desses lugares, quis conversar com você primeiro.

- Não posso ir à biblioteca, ela ficaria assustada e saberia que estou procurando respostas e não sei se quer me ver novamente.

- Isso se ela te reconhecer.

- Tenho certeza que não é tão ruim de memória .

O garçom chegou com nossos pedidos, minha fome havia desaparecido, a única coisa que ocupava minha mente era Diana.

- Quanto ao passado - Luke continuou - É como se ela não estivesse viva, não consegui encontrar nada que denuncie sua vida antes da morte forjada, nem se quer pessoas que era próximas, nada, ela literalmente apagou essa parte da vida dela.

Ela me apagou da vida dela.

- Ela não tem nada para se orgulhar - falei amargamente - Ela construiu outra vida, uma que não tem nada de parecido com a de antes.

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