Abri os olhos, dando de cara com um azulejo amarelado e a privada, com a tampa levantada. Minhas costas reclamaram assim que me mexi um pouco, senti meu pé acertar alguém, a perna de alguém. Olhei para o lado, vendo Cameron com a cabeça pendurada e encostado na parede.
Foi então que lembrei, eu e Cameron nos comendo até a porta de seu apartamento, onde eu tive que sair correndo para botar tudo par fora e ele também, depois de alguma horas passando mal acabamos dormindo no chão do banheiro. Cutuquei Cameron, ele estava impedindo a minha passagem naquele lugar minúsculo, e se eu me mexesse o acordaria de qualquer jeito.
- Pare de me cutucar, porra - resmungou, deixando a cabra cair para o outro lado, continuei cutucando -Qual é o seu problema? - ergueu a cabeça, finalmente me olhando.
- Está atrapalhando a minha passagem? - olhou em volta e se levantou, ouvi suas costas estalaram e logo um gemido de dor, que mesmo assim foi um gemido e eu não pode deixar de reparar como ele era comível gemendo - Parece que fui atropelado - parou na porta do banheiro, com o cenho franzido - A gente quase transou ontem?
- Aham.
- E não está dando chilique?
- Aham.
- Por que?
É uma ótima pergunta, eu poderia ter acordado gritando, berrando, chorando, xingando e outras coisas, mas existem dois motivos para eu não fazer isso. 1)Minha situação não permite, já que minha garganta precisa de alguns litros de água e minha voz está perdida em algum canto 2)Não chegamos a transar, tudo bem que ele estava quase arrancando minha roupa na vinda para seu apartamento, mas nada aconteceu e seu eu reclamasse teria a possibilidade de ele pensar duas vezes quando for repetir o ato, se for repetir, o que eu não quero que aconteça.
- Porque sim - sai do banheiro, vendo meus sapatos jogados em cima da cama.
- Isso não justifica.
- E por que você não justifica - silêncio.
Ótimo, o fiz calar a boca pelo que espero ser tempo suficiente para sair daqui em busca de água e analgésico. Coloquei os sapatos e sai pelo corredor, com Cameron atrás de mim. Sai do apartamento, sem me despedir nem nada, só queria paz.
Abri minha porta, olhando em tudo antes de finalmente avançar até a cozinha. Ouvi o latido de Danger atrás de mim, o peguei no colo.
- Bebê, eu não te abandonei, só fiquei fora por um tempo - lambeu minha mão - Prometo que não vou sair do seu pé agora.
Peguei os analgésicos e tomei, junto com meus litros de água. Deixei Danger na cama e tomei um banho, sentindo meus músculos finalmente relaxarem, fiquei um bom tempo embaixo do chuveiro, antes de pegar uma roupa confortável e me jogar na cama, enrolando-me no cobertor e sentindo Danger entrar sorrateiramente e se infiltrar no meio dos meus pés.
Não me lembro de pensar muito antes de apagar totalmente.
...
Acordei com meu celular tocando, ignorei da primeira vez, mas ele voltou a tocar. A pessoa tentou mais três vezes antes de desistir, fechei os olhos pronta para voltar a dormir, quadno ouço tocarem a campainha.
- ISABELLA, ABRA A PORRA DA PORTA! - Ouvi voz de Mia, antes de ela começar a esmurrar minha porta com tanta força que achei que seria capaz de derrubá-la.
Me levantei e me arrastei até a porta, minha mão voaria na cara dela se não tivesse um bom motivo para me acordar.
- O que você quer? - Fez uma careta.
- Jesus, Bella - disse - Cameron acabou com você?
- Eu estava dormindo, idiota.
- Preciso que me ajude a fazer cookies.

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Only You
RomanceIsabella McCortney tem um passado complicado, seu pai um homem metido com drogas e sua mãe cometera suicídio e agora, oito anos depois ela estava formada e se mudando para seu novo apartamento, só não contava que conheceria Cameron Dallas, um homem...