Capítulo 39

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- Além de burro é surdo?

Então ele me socou, não bastava minha bochecha estar rasgada, agora ela estava toda dolorida pelo maldito soco, senti a maldita ardência, quem me visse acharia que eu estava tentando provocar a própria morte.

- Você será punida por ter dito isso - se virou de costas, sussurrou algo para o armário ambulante que estava na porta e depois saiu, fechando a porta, me deixando naquele lugar abafado e nojento.

Eu perdi a noção do tempo, meu estomago estava cantando sem parar, a corda estava me machucando mais, minha garganta estava muito seca, provavelmente ele me deixou sem água e comida como castigo, mas pelo menos me tendo como distração, ele não faria nada a Abby. Cai no sono algumas vezes, mas acordava logo em seguida, passei a noite em claro, uma goteira se abriu ao meu lado, foi a minha única distração durante a noite.

...

- Acorda, princesinha - senti a água gelada ser jogada contra meu rosto, mais uma vez, meu corpo tremeu de frio.

Eu tinha pegado no sono quando amanheceu, e agora estava sendo acordada por Paul e suas cadelas obedientes. Olhei para cima, vendo aquele homem sorrir para mim.

- Tenho uma surpresinha para você - disse e deu espaço para alguém entrar.

Dois homens entraram carregando Ashton, meu coração quase saiu pelo boca quando o vi, se ela estava aqui comigo, quer dizer que Diana não tinha conseguido fazer nada? Eu ficaria até quando então?

- Me desculpe, Bella - Ashton disse, logo depois foi amarrado em uma cadeira assim como eu.

Ótimo, eu não tinha a ajuda de ninguém para sair daqui. Sem Diana, eu teria que arranjar um jeito de sair daqui, sozinha. Olhei para Ashton, que olhava para o chão, pelo menos eu teria uma companhia nesse lugar agora, e ele com certeza poderia me ajudar. Eu pediria sua ajuda, mesmo que ele achasse bobagem ou mesmo inútil tentar sair daqui, mesmo que não queira me ajudar, eu não vou desistir de sair de inferno tão cedo.

- Você tem um amigo agora, querida - Paul se agachou na minha frente - Sabe o que ele estava tentando fazer? Te resgatar, e olho só onde foi parar! - gargalhou, dando um tapa na minha perna, reprimi o grito.

Ele se levantou, dando as costas e saindo, deixando apenas eu e Ashton.

- Ashton, eu...

- Cale a boca.

- Mas que porra?

- Tem um câmera no teto, nem procure que você não vai achar - continuou falando de cabeça baixa - E um mini microfone na sua cadeira.

Olhei espantada para ele, agradecendo a Deus por nunca ter dito nada em voz alta. Como eu iria fazendo alguma coisa com a porra de um microfone na minha cadeira e uma câmera no teto?

Você vai ter que pensar muito, Bella.

...

- ACORDA, PORRA! - senti um tapa na cara, abri os olhos, vendo um homem com um pão na mão.

Eu tinha dormido de novo, meu estomago soltou fogos quando viu aquele pão, ele me daria na boca, me faria passar por uma grande humilhação, mas eu estava com fome e precisava me alimentar se queria pensar com clareza. Ele pegou um pedaço de pão com uma mão e aproximou da minha boca, a abri ,mastigando o pão ,uma vontade imensa de deixar aquele homem estéril com um chute se apoderou de mim quando o vi sorrir debochado, o pão desceu com uma grande dificuldade devido a minha garganta estar seca.

Consegui comer o pão todo, depois trouxeram um copo de água para mim e Ashton, então nos trancaram de novo. Não se passaram nem dez minutos, e duas pessoas entraram, dois homens. Eles vieram até mim e me desamarraram, finalmente minhas mãos e pés ficaram livres da maldita corda. Fiquei de pé com um puxão, eles me arrastaram por um corredor sujo, até chegarmos a uma outra sala, essa tinha duas janelas e algumas cadeiras de tortura, vi Cameron apoiado em um canto, sua camisa estava rasgada, com manchas de sangue.

Ele devia ter apanhado muito, olhei para baixo, sentindo a bile subir, se eu olhasse, veria o que tinham feito com ele e não me controlaria, a ideia de que ele estava sendo torturado me destruía.

Duas mãos apertaram meu maxilar e me obrigou a levantar a cabeça, olhei para Paul, que sorria para mim.

- Mandei te trazerem aqui para ver seu amor pagar por todos os erros - se aproximou e tentou beijar minha testa, balancei a cabeça para o lado, me esquivando, ele tentou de novo e eu fiz a mesma coisa, acabei por levar um tapa no rosto - Segurem ela.

Ele se afastou de mim e foi a até Cameron, chutando ele e fazendo com que ele caísse. Enrijeci, vendo Cam se contorcer de dor e cuspir sangue, os dois homens me seguraram forte quando eu tentei sair, outro chute foi dado, dessa vez nas costelas, ouvi o seu grito quase ensurdecedor, tentei mais uma vez sair das mãos daqueles homens, Cameron continuava a gritar enquanto levava vários chutes na costela, gritei com ele, chutando as pernas daqueles homens, senti as lagrimas escorrerem por meu rosto. Gritei o mais alto que pude, pedindo para Paul parar, gritei por Cameron, gritei pela minha própria vida.

Paul parou de chutar Cameron, os gritos dele se transformaram em gemidos de dor. Sem duvidas as costelas estavam quebradas, parei de gritar e de tentar sair do aperto dos homens, apenas continuei a chorar, vendo Cameron se curvar de dor. Ele não merecia isso, ele pode ter feito tudo aquilo comigo, mas não merecia nada disso. Não estava aguentando olhar para ele e não fazer nada.

Ouvi os passos de Paul se aproximarem, ele parou diante de mim, se inclinou para frente, até sua boca estar perto do meu ouvido.

- Espero que tenha apreciado a primeira parte do espetáculo - ouvi seu riso.

Sem que ele percebesse, ergui a perna e chutei, com toda força que tinha, seu membro, queria chutá-lo muito mais, mas foi a única coisa que eu consegui fazer naquele momento. Gritei palavrões enquanto era levada novamente para a sala em que Ashton estava. Amarraram-me novamente, dessa vez mais forte ainda.

Minutos depois Paul chegou arrombando a porta, olhei para ele, ele estava puto comigo, acho que já podia me preparar para dor que iria sentir.

- SUA VADIA! - senti um tapa no rosto, junto com um pouco de cuspe que ele fez questão de cuspir no meu rosto - Sabe o que você é? Uma vagabunda, igualzinha a sua mãe - o vi tirar um alicate bolso de trás de calça, dessa vez ele estava sozinho.

Olhei para seus olhos, raivosos e arregalados, ele parecia uma pessoa louca, com problemas mentais e totalmente descontrolada. Tentei não ficar com tanto medo, eu sofreria com uma dor do inferno, sabia disso, mas se ele quisesse me matar, acho que já teria feito isso.

- Quem você chamou de vagabunda, Paul? - olhei para cima, atrás de Paul estava Diana, apontando uma arma para a cabeça dele.

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Oi amores, não me matem.

Queria deixar claro que a fic está acabando, não que vá acabar agora, ainda tem alguns capítulos, por isso, não se desesperem.

Hoje eu não tenho muita coisa para falar.

With love,

Leeh

Only YouOnde histórias criam vida. Descubra agora