• Não temos nada •

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-Eu sei que o senhor Saltzman não te mandou lá. Por que estava com meu pai, Adelaine? -Hope me pergunta séria.

Pensa rápido!

-Eu estava te procurando mas você não estava. Então eu acabei falando com seu pai, precisava falar com alguém. -Dei de ombros.

-O que houve?

-Eu e o Kai brigamos e ele disse que poderia me matar.

-Adelaine, deveria ter me contado. -Ela me abraça. -Vai ficar tudo bem, ok?

-Obrigado, Hope. -Sorrio. -Sem ressentimentos?

-Nenhum. -Ela sorri pra mim.

Por sorte, consegui me safar dessa. Não imagino como ela ficaria se eu contasse que nem passou pela minha cabeça falar com ela, como todos ficariam se eu dissese como foi bom estar tão entregue assim ao híbrido. Foi como se nós já tivessemos nos conhecido em outra vida e isso é surreal! Desde ontem, e como se eu não conseguisse desligar essa sintonia e isso está me enlouquecendo.

Depois de ajudar a tia Caroline e o tio Alaric em alguns afazeres (que não são poucos) eles me liberaram pra ir embora, o que me deixou extremamente feliz. Fui embora pra minha casa, esbanjando um enorme sorriso e quando abro a porta encontrando um Stefan sorridente, corro até ele e pulo em seus braços.

-Estava morrendo de saudades! -Digo ainda colada a ele. -A onde se meteu, Stefan Salvatore?

-Se estivesse realmente preoucupada com o seu tio saberia, Adelaine Salvatore. -Diz ele divertido.

-Sinto como se não te visse à seculos. -Me sento ao lado dele no sofá.

-Foram apenas algumas semanas Ade. -Ele revira os olhos.

-Basta um minuto pra minha vida ir ladeira a baixo.

-Aconteceu alguma coisa?

-Você me conhece tão bem. -Digo. O puxo para fora, caminhando com ele até o nosso banquinho favorito, que fica no meu jardim. Sempre sentavamos aqui pra conversar sobre algo que meu pai não podia escutar. -Acho que eu me precipitei em ficar com o Kai.

-Por que acha isso?

-A gente sempre foi melhores amigos e derrepente, nada era mais como antes. Sei lá, talvez não fomos feitos pra sermos mais que amigos. -Dou de ombros, sentindo o vento soprar os meus cabelos suavemente.

-Talvez você pense isso porque já ame outra pessoa.

-O que? Não, eu não amo ninguém... quer dizer eu amo você, meus pais, tios, minha família... -Me enrolo toda, e acabo me dando por vencida. -Hm, digamos que você esteja certo.

-E quem seria essa pessoa, que minha sobrinha possivelmente ama?

-Do mesmo jeito que vocês tem segredos, eu também tenho os meus. Vai saber quando eu quiser, e agora eu não quero.

-Ta bom, guarde seu segredo. Mas é melhor dizer isso para o Kai, ou vai querer vê-lo sofrer?

Kai sofrendo...

Isso é uma coisa difícil de se imaginar, mas não impossível. A quem eu quero enganar? Amo o Kai profundamente mas como um amigo, meu melhor amigo.

-Obrigado, tio Stef. -Sorrio. -Amo você. -Digo e saio correndo, vou até a escola Salvatore pedir ajuda a Hope.

Chego lá e fico curiosa ao ver as gêmeas me chamando. Caminho até elas;

-Adelaine, sei que a gente nem se fala mas ficamos sabendo que está namorando nosso tio. -Josie me fala.

-Eu e o Kai não estamos muito bem...

-Só precisamos que você peça para ele falar com a gente. Simples. -Lizzie se pronúncia.

-Meninas, eu adoraria ajudar mas...

-Otimo! Peça pra que ele venha ainda hoje. -Lizzie fala, e vai embora junto com a irmã.

Que maravilha! Pelo menos agora terei uma desculpa pra falar com ele, suspiro e ando para fora.

-Ade... -Me viro para atrás e vejo ele ali, bem na minha frente.

-Oi..Kai. -Sorrio minimamente.

-Eu precisava falar com você. -Então ele simplesmente me abraça.

Me desvencilho rapidamente dele, e o olho descrente. Serio que ele teve a cara de pau de vir aqui e achar que está tudo bem?

-O que está fazendo aqui? -Pergunto fria.

-Foi mal, Ade. -Sorrio. Foi fofo, mas eu ainda estava com raiva.

-Foi mal? Só isso? -Cruzo os braços. -Olha, eu só estou aqui ainda porque suas sobrinhas querem falar com você, e como supervisora dos alunos não vou permitir você ficar sozinho com elas.

-O que, não confia em mim? -Ele pergunta debochado.

-Não. -Falo séria. -Nem um pouco, mas vamos logo! -Saio andando na frente até o quarto das gêmeas Saltzman e consigo sentir ele me seguindo, até que paro em frente a porta e ele aparece ao meu lado. -Vá em frente.

Ele abre a porta com magia, me fazendo avistar Lizzie e Josie conversando.

-Soube que queriam falar comigo. -Kai diz, elas olham diretamente para mim sem falar nada e eu arqueio a sobrancelha.

-O que foi? -Digo confusa e Lizzie faz sinal pra mim sai dali. -Alaric não vai gostar nada disso.

-Nós resolvemos com ele depois. Agora pode sair, Adelaine. -Ela diz e fecha a porta na minha cara com sua magia.

Bufo e saio de lá, aproveito que Hope ainda esta aqui e ira demorar pra voltar, para poder conversar novamente com o híbrido. Vou até a casa dos Mikaelson e bato na porta, mas quem atende dessa vez é Elijah.

-Ora, se não é meu Original preferido. -Sorrio e o abraço.

-Adelaine, a que devo a honra? -Ele me pergunta dando me passagem para entrar.

-Bom, o Niklaus está?

-Mas é claro, o que deseja Salvatore? -O loiro diz descendo as escadas.

-Vou deixar vocês a sós, preciso ver Hayley. -O moreno fala.

-Mande lembranças minhas à ela. -Disse antes dele se retirar, dou um último sorriso para Elijah e me viro para Niklaus que estava sentado no sofá me olhando com aquele sorriso safado. -Eu preciso conversar, o que acha de irmos beber?

-Ótimo. -Ele se levanta e abre a porta pra mim, o sigo até um bar um pouco mais afastado, tentando não demonstrar medo dele poder ser um estuprador e me matar aqui. -Algum problema, sweetheart?

Ele me pergunta quando paramos em frente ao bar, eu apenas nego e entro no estabelecimento ao lado dele. Nós sentamos e a garçonete veio nós atender, e não pude deixar de perceber o sorriso bobo que ela dava quando olhava para ele.

-Dois copos de whisky, docinho. -Reviro os olhos.

-Na verdade eu quero uma garrafa de Bourbon, docinho. -Sorrio para ela que me olha com cara de poucos amigos e sai buscar os nossos pedidos.

-Não me diga que está com ciúmes? -Ele fala com um sorrisinho debochado.

-Por que eu teria ciúmes de você? Nem te conheço, não temos nada.

-Ontem pareciamos ter, não acha? -O olho de relance e coro instantaneamente.

-Nunca nem vi. -Desvio o olhar.

-Eu vi você se jogando nós meus braços. -Ele sorri.

-Você nunca viu um meme, né? -Pergunto. Depois de um tempo recebemos nossos pedidos, e ficamos apenas conversando eu, ele e a minha garrafa de Bourbon.

-Klaus Mikaelson. -Uma mulher se aproxima de nós.


Uma Outra Historia - 𝐓𝐡𝐞 𝐕𝐚𝐦𝐩𝐢𝐫𝐞 𝐃𝐢𝐚𝐫𝐢𝐞𝐬Onde histórias criam vida. Descubra agora