Capítulo 26

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Vanessa Morgan Point Of View

Voltamos para a barraca para dormir, depois de jantarmos e meu pai decidir que eu voltaria amanhã com eles. Fiquei frustrada, mas Madelaine me acalmou falando que o tempo passaria rápido.

- Amor o que é isso? - Perguntou assustada ao ver um pouquinho de sangue onde dormíamos. Dei risada e ela me olhou confusa. - Por que você está rindo?

- Isso... - Falei a puxando pro meu colo e envolvendo meus braços em sua cintura. - É algo que aconteceu enquanto fazíamos amor. - Expliquei.

- O quê? Eu te machuquei? - Perguntou preocupada e voltei a rir. Ela ficou irritada.

- Não, Mads. Bem, na hora que eu...você sabe, fazia algo em você, senti algo se romper e sabia que era porque você era virgem. - Falei e ela corou.

- Então você...

- Sim. Eu tirei a sua virgindade. - Falei e eu escondeu sua cabeça em meu pescoço, com vergonha.

- Então você não era virgem? - Perguntou.

- Era, mas algumas mulheres não sangram em sua primeira relação sexual, devido ao fato do hímen ser mais fácil de se romper.

- Oh!

- Qual é, babe? Nunca estudou isso? - Perguntei rindo.

- Não, amor. Além do mais minha mãe que deveria me ensinar isso, não teve tempo. - Falou triste e tirei uma mecha de cabelo de seu rosto e coloquei atrás de sua orelha.

- Ainda dói muito né? - Perguntei. - Dizem que melhora com o tempo.- Falei colando nossas testas e ela suspirou em tristeza.

- Algumas dores duram para sempre. - Falou quase em um sussurro. - Tem dias que elas aliviam, mas tem dias que elas latejam fortemente. Essa é uma dor que nunca vai embora. Está comigo todo o tempo, todos os dias a onde vou. Sempre. - Engoli seco. Eu queria poder arrancar essa dor de dentro dela, mas era algo impossível.

- Eu sinto tanto por sua perda, Mads. Eu sinto tanto. - Falei sincera e ela tocou meus lábios suavemente. Vi uma lágrima escorrer de seus olhos e meu coração se apertou. - Não chora, por favor. - Sussurrei.

- Desculpe ser sensível na sua frente. - Falou e neguei com a cabeça.

- Você não tem que se desculpar por ser aquilo que você sente.

- Amor...me abraça? - Pediu com a voz embargada e a abracei.
Ela começou a chorar e eu me amaldiçoei por ter deixado o assunto ir tão longe. Odiava saber que ela estava triste e que não havia nada que eu pudesse fazer para melhorar isso. A abracei por longos minutos e ficamos em silêncio, o único som era o de seu choro e eu acariciava suas costas em busca de confortá-la.

Depois de uma tempo ela parou de chorar e ficou quietinha, por um minuto pensei que ela tivesse dormido, no entanto senti um beijo inocente em meu pescoço e então ela se afastou do abraço, selando meus lábios.

- Obrigada. - Sussurrou e sorri fraco.

- Sabe, você me chamou de amor agora a pouco. Eu sempre amo quando você me chama assim. - Falei tentando mudar o assunto, não queria que continuasse triste.

- Eu gosto de te chamar assim...amor! - Falou e sorri. - Você sabe que não era pra termos feito amor, não é? Eu só ia te provocar um pouquinho, mas meus hormônios adolescentes foram mais fortes do que eu. - Falou enxugando as lágrimas. Lá estava o meu som preferido do mundo. A sua risada.

- Eu sei. - Falei lhe dando um beijo no rosto. - Eu vou sentir saudades, bebê. - Falei fazendo um bico e ela me abraçou outra vez. - E não quero ir te deixando aqui sozinha com a Holland. - Falei semicerrando os olhos.

𝐬𝐞𝐜𝐫𝐞𝐭 𝐥𝐨𝐯𝐞 𝐬𝐭𝐨𝐫𝐲 • 𝐦𝐚𝐝𝐧𝐞𝐬𝐬𝐚 Onde histórias criam vida. Descubra agora