𝐬𝐞𝐜𝐫𝐞𝐭 𝐥𝐨𝐯𝐞 𝐬𝐭𝐨𝐫𝐲 • 𝐦𝐚𝐝𝐧𝐞𝐬𝐬𝐚

Capítulo 27

Allyson Brooke Point Of View

Voltamos de viagem e o ônibus escolar levou cada aluno para sua casa. Infelizmente Troy e eu morávamos no mesmo bairro e, bom, ele disse ao motorista que nos deixasse na praça principal dali que ele me acompanharia até em casa. Eu negaria, mas estava exausta da viagem, então preferi nem reclamar.

Descemos do micro-ônibus e Troy puxou a alça da minha bolsa sem que eu visse, a colocando em suas costas. Bufei de raiva.

- Eu já falei que posso levar isso. - Reclamei.

- Allyson, eu sei você pode, mas você está cansada e isso é pesado. Me deixa te ajudar. - Ele falou e assenti. Chegando em casa ele me entregou minha bolsa e se despediu. Entrei em casa, caminhei até a porta e, DROGA. Esqueci minha chave.

Tentei ligar pra minha mãe, mas só dava caixa postal. Estranhamente não havia empregados ali e a casa estava apagada. Liguei para Florence, a governanta de minha casa, e ela me explicou que todos pensavam que eu chegaria somente amanhã e como minha mãe estava de viagem, os empregados foram para suas casas. Ela falou que em 3 horas estaria ali, pois morava longe. Bufei, porém ela não tinha culpa, então apenas disse que lhe esperaria ali.

Deixei minha bolsa no quintal e resolvi ir comer algo, eu estava azul de fome e esperar três horas para comer estava fora de cogitação.

Entrei em uma lanchonete de bairro, onde se aceitava cartão, pois eu não andava com dinheiro. Fiz meu pedido e encontrei Lali, a garota da viagem. Ela me viu e acenou. Acenei de volta e ela veio em minha direção.

- Como foi o último dia de viagem? Tive que vir embora mais cedo, minha mãe se casou. - Explicou.

- Oh. Felicidades a ela. - Falei com um sorriso sincero. - O último dia foi igual a todos. Dinah com suas piadas, Lauren com seus palavrões e safadezas. Tiffany reclamando de tudo...

- Você e Troy discutindo... - Falou me cortando.

- É. Tudo igual. - Falei.

- Se você gosta dele, eu não entendo por que não dá a chance que ele tanto pede. - Ela falou e arregalei os olhos. - Sim. Ele é meu melhor amigo, claro que me falaria.

- Eu não posso. - Falei suspirando.

- O pai dele não matou ninguém, é apenas um processo bobo de invasão de terreno, Ally. Eles estavam sem ter onde viver e o pai dele achou que não teria problemas. Era um terreno abandonado.

- Eu sei, mas minha mãe...

- Sua mãe nem quis ouvir a versão dele. Apenas o processou. Eu não estou dizendo que sua mãe é má pessoa, só é muito ocupada, mas você não tem motivos pra se afastar dele. Ele é estudioso, é bonitão, gosta de você de verdade e só quer uma chance. - Ela falou. Sua amiga a chamou e ela voltou pra onde estava, se despedindo.

E o pior é que ela tinha razão.

Terminei de comer e voltei pra casa. Eu estava morrendo de sono e queria muito tomar um banho. Resolvi dar uma passada na igreja enquanto Florence não chegava, esse horário a igreja sempre estava vazia, até porque dia de semana não enche muito. Entrei na paróquia e me sentei em um dos bancos do fundo, fiz minha oração de sempre e conversei um pouco com o padre, que estava por ali. No caminho de volta avistei Troy, mas fingi que não. Sua casa era no meu caminho pra igreja e quase todas as vezes que eu passava por ali no domingo, ele me seguia, tentava se aproximar, mas hoje não era domingo, então talvez ele não me veja. Apressei o passo mas minhas preces não foram atendidas quanto à isso.

- Ally?

- Troy, só finge que não me viu. - Falei continuando a caminhar. Ele então fez o que eu falei e virou o rosto para o outro lado. Espera! Ele nunca faz isso.