meant to be | fillie [✔]

36. i love her

FINN POV

Sai da escola e fui direto para casa de Jack. Conversamos sobre Millie e foi lá que eu descobri que eu a amava.

— Você tem que falar a ela como se sente. — Disse Jack, perambulando pelo quarto, enquanto eu encarava o celular, esperando qualquer mensagem de Millie.

bufei em resposta e me deitei na cama. Estava confuso em relação a tudo, menos no quanto amava Millie. Meuu amor por ela era uma certeza absoluta.

— Você tá sendo um babaca! Olha tudo que ela fez por você, e você sendo esse egoísta deixando uma garota especial como ela ir embora! Algum dia, ela vai cansar de esperar você se decidir sobre seus sentimentos e vai partir pra outra. Você a ama, não ama? Então vai atrás da sua garota. Você não tem nada a perder.

Fiquei intacto na posição que eu estava, vendo Jack bravo sair do meu quarto, me deixando sozinho com meus sentimentos confusos de bosta. E então fechei os olhos e passei um tempo pensando. Eu realmente não tinha nada a perder.

eu ia atrás da minha garota.

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narradora on

Era a quarta vez que Millie tentava fazer uma cesta em sua lixeira, tacando mini pedaços de papel usado, entediada. Ela franzia a sobrancelha a cada erro, e surtava dentro de si com o silêncio que fazia na rua. Sads e Noah tinham ido visitá-la, mas sairam mais cedo para que ela pudesse descansar. Lembrar daquilo lhe dava ânsia de vômito. Ela não era um bebê que precisava de cuidados especiais. Só queria a companhia dos amigos.

Pegou uma revista que estava do lado da sua cama e correu para o sofá da sala, mesmo sabendo que correr, poderia fazê-la perder o ar. Se tacou sobre o velho móvel azulado e ficou folheando as páginas sem interesse algum.

Bocejou algumas vezes lendo as notícias legais, como a Seleção masculina ter ganhado de 7x0 e a feminina de 3x0, sendo todos feitos por uma só jogadora.

Nem ouviu o barulho forte da campainha quando tocou a primeira vez, e se irritou quando ele continuou a tocar.

Encarou a roupa que usava e resolveu trocá-la. Não podia atender a porta usando pijama. De ursinho.

Mandou esperar, qualquer pessoa que fosse e pegou uma roupa confortável para ela, e que não fosse muito feia. Prendeu o cabelo em um rabo de cavalo alto e se encarou no espelho, se sentindo miseravelmente estranha com sua aparência. Mas idai? A pessoa não devia ser ninguém importante.

Se dirigiu até a porta, implorando baixinho que a pessoa já tivesse ido embora e resmungou quando a campainha tocou de novo. Abriu a porta e seus olhos brilharam ao mesmo tempo que sua boca abriu para suspirar apaixonadamente ao ver a imagem do garoto mais lindo que já conheceu.

Suspirou quando ele sorriu de leve, suspirou quando os olhos negros percorreram seu corpo e suspirou quando ele perguntou “Posso entrar?”

FINN POV

Ver a Millie sorrindo foi como estar no paraíso.

Foi aquele sorriso que me desestruturou completamente. Vê-lo de novo me fez voltar no tempo, me fez pensar em tudo que eu havia feito só pra tentar fazê-la sorrir. Porque aquele sorriso era o meu vício. Nada me desorientava nem preenchia meu coração como ele. E era exatamente ele que me hipnotizava novamente.

— Posso entrar? — Falei baixinho e delicadamente, tentando não assustar a pessoa que um dia, eu rejeitei. E até hoje não me conformo com isso.

Ela suspirou, fazendo meu coração acelerar e então deu espaço para que eu passasse. Ela fechou a porta atrás de mim, e baixou a cabeça, pronta pra escutar tudo que eu tinha a dizer.

— Desde o primeiro dia que eu te vi, eu sabia que você era diferente. Eu sempre soube. Desde o momento que nossos olhares se cruzaram pela primeira vez, ou a primeira vez que eu vi seu sorriso bobo. E cara, quando eu vi seu sorriso, eu soube que poderia fazer qualquer um ficar fraco com ele. Porque só de vê-lo, eu me sentia desarmado. Eu construi paredes em volta do meu coração Millie, e com seu jeitinho, você foi entrando de fininho, e derrubou todas elas. E pegou meu coração pra você.

Após ter botado tudo pra fora, notei nas reações diferentes de Mills a cada frase que eu dizia. As vezes franzia a sobrancelha, e depois relaxava a expressão.

— Eu fui idiota falando aquilo pra você. Mas eu nunca deixei de te amar. Porque eu sou completamente apaixonado por você. E entendo se não quiser ficar comigo...

Ela continuou em silêncio. A encarei por alguns instantes e em seguida, baixei minha cabeça e me levantei, me rastejando até a porta da casa dela. Quando me virei para abri-la, senti a voz firme e potente dela atrás de mim.

— FINN WOLFHARD! Você não ouse se afastar de mim quando joga uma bomba dessas, tá entendido? — Ela diz me fazendo virar para ela, e então com dois passos largos, chegou até mim. — Você é um idiota! Como assim ‘‘não querer ficar comigo”? Até Romeo sabia que eu era apaixonada por você. O mundo inteiro sabe que eu te amo. Menos você.

Ok, aquilo me fez sorrir. Eu sorri tão grande, que meus dentes pareciam saltar para fora. Ela me encarou brava. E cara, como eu amava a expressão brava dela.

— Me desculpa, eu..

Antes que eu pudesse continuar a falar, sinto uma mão macia e leve sobre meu pescoço me puxando para mais perto, e então nossos rostos ficaram tão colados, que eu podia sentir a respiração dela no meu nariz. O hálito dela era tão doce quanto baunilha e tão forte quando menta.

Em poucos segundos, posicionei minha mão sobre sua cintura, puxando seu corpo para mais perto do meu, e juntei nossos lábios em uma disputa no qual não queria saber quem era o ganhador.

A mão dela subia do meu pescoço até meus cachos, onde ela brincava de leve com eles e depois descia até minha nuca, onde ela fazia carinho com a nuca, me fazendo arrepiar.

Algumas pessoas simplesmente são destinadas a ficar juntas, e encontram seu caminho de volta.