meant to be | fillie [✔]

34. is she okay?

hey babies! Vi que vocês surtaram com o cap anterior kkk pqp desculpa gente...
boa leitura!!!

MILLIE POV

Segunda-feira, manhã seguinte

Acordei com uma dor de cabeça terrível. Por alguns segundos, eu não consegui pensar em nada, só implorava para aquela dor ir embora. Mas então senti uma dor ainda mais forte. E ela vinha do coração. Deitei delicadamente minha cabeça no travesseiro e tentei relembrar da noite passada. Passara tão rápido. Eu chegando no parque, me declarando, Finn chorando, eu chorando, ele dizendo que estava com Iris.

Senti meu coração bater tão rápido, e fiquei mais uma hora inteira chorando. Minha mãe me deixou faltar aula e disse que nunca me vira tão chateada.

Não mesmo. Se eu achava que eu chorei bastante quando Jacob me deixou, agora eu percebia que aquilo foi uma gota do que havia acontecido. Eu tinha chorando tanto, mas tanto, que tinha que beber mais água para repor tudo que estava faltando.

— Você gosta mesmo dele, né amor? — Sorriu minha mãe, fazendo carinho no meu cabelo. Pude perceber que seus olhos brilhavam. Provavelmente estava feliz que sua filha havia se apaixonado. E triste por ter seu coração partido.

— Acho que não cabe mais amor aqui dentro.. — Respondi, colocando a mão no peito e em seguida, um sorriso fraco surgiu no canto do meu rosto, me fazendo esquecer tudo que havia acontecido por milésimos de segundos.

Ela sorriu, e não falou mais nada. Tirou minha cabeça de leve do seu colo e disse que tinha que ir trabalhar.

Fiquei alguns minutos apenas vegetando na cama chorando, quando senti a dor de cabeça voltar. E depois uma pontada forte surgiu no meu peito. Estava impedindo minha respiração.

Me encarei no espelho e comecei a piscar desesperada, encarando minha cachorrinha, que pulava na minha perna, aparentando preocupação. Comecei a respirar rápido demais, mas não acontecia nada. Procurei por várias gavetas a bombinha e então cai na real. Eu estava tendo um ataque de asma. Como assim? Eu não tinha aquilo há quase 2 anos! Merda, onde minha mãe deixou aquela porcaria?

Me taquei no chão, sem conseguir respirar direito e eu estava ofegante. Eu suava, eu tentava pedir ajuda. E então meus olhos falharam, e eu não vi mais nada.

✴
FINN POV

— Cadê a Mills? — Falou Jack, quando eu me aproximei do grupo. Procurei com o olhar a Sadie ou talvez o Noah, mas eles estavam perto da lanchonete, ao telefone.

Ela berrava desesperada, mas estava muito longe para ouvir a conversa.

— Não. Ela faltou? — Perguntei, pegando meu celular.

Parei pra pensar um pouco na noite anterior, e minha mente voltou a ela se declarando pra mim. Meu coração batia tão depressa, tão depressa... E eu era muito orgulhoso. Eu não queria dizê-la que a amava, e disse qualquer coisa. E ela dizendo adeus para mim, foi o cúmulo. Cheguei em casa, me tranquei no quarto e chorei. Me obriguei a vir para a escola para vê-la, mas pelo visto, foi em vão.

Sadie se aproximou de nós chorando para caramba e rapidamente, foi abraçada por Jack, fazendo o namorado dela erguer a sobrancelha confuso. Mas ele também queria saber porquê ela chorava.

— O que aconteceu? — Perguntei preocupado, e então todos voltaram o olhar para mim.

— A M-Millie...

Ela voltou a chorar. Meu coração bateu rápido. O que tinha acontecido com ela? Alguém havia a machucado? Ela havia se machucado?

— Sadie! O que tem ela? — Eu gritei, segurando seu braço e ela continuava a chorar.

— Ela foi encontrado sem consciência em casa. E-e foi levada para o hospital com urgência. E eu não sei o que está acontecendo..

Antes que ela pudesse continuar a dizer, eu me sentei no banco do pátio e fiquei olhando para frente, sem reação. Ela estava no hospital. Ela estava mal. Ela estava desacordada.

Comecei a chorar, e então eu senti uma enorme culpa no meu peito. Se eu achava que quando havia rejeitado a Mills, foi doloroso... Saber que ela estava no hospital era como cortar meu braço. Eu queria ir lá. Ela não tinha que estar assim, mal. Eu tinha que estar. Por favor, me ponha no lugar dela.

Não tira ela de mim, Deus. Por favor. Eu preciso dela.

E no momento que eu ouvi que ela estava no hospital eu péssimo estado, eu vivenciei a pior dor que já senti. A possibilidade de perder alguém que era o sentido da minha vida.

E de saber que a culpa era toda minha.