Realmente Camila não ficou surpresa com a justificativa do marido para deixá-la na casa da família dele e ir sozinho até a padaria.
Santiago reconheceu que ficou deprimido pela esposa também demonstrar que já se conformara em ter um marido lerdo a ponto de deixar a porta do depósito do próprio comércio aberta e só se lembrar daquilo mais de doze horas depois!
_Pelo menos foi a porta do depósito de materiais, que fica nos fundos. Achei que fosse a porta da frente._ela comentou já saindo sem olhar pra ele.
Aquilo doeu...mesmo sabendo que ela tinha o direito de estar magoada com ele, pensando que o marido estava "brincando" sozinho e a deixando fora do jogo! Claro que ela se sentira rejeitada...quem não se sentiria?
Ele não podia culpá-la: como ele se sentiria se soubesse que a esposa supostamente estava sentindo mais prazer se masturbando do que fazendo amor com o marido? No mínimo seria humilhante ela sentir-se mais atraída pelos próprios dedos do que pelo pênis dele!
O padeiro sacudiu a cabeça expulsando aqueles pensamentos e os achando no mínimo...como ele os classificaria...infantis? Era isso? Ele agora estava retrocedendo e tendo pensamentos infantis?
A aproximação da casa dos gays fez com que o estômago de Santiago sofresse um revertério de ansiedade!
"Não acredito que vou ter uma diarreia nervosa logo agora, né?!", gemeu o padeiro.
Parou o carro. Desligou o motor. Respirou fundo tentando acalmar o coração que parecia que iria sair pela boca!
Guilherme era irmão de Alexandre...Aldo era irmão de Alexandre...Cedric e Manoel eram amigos de Alexandre...ele poderia passar o dia inteiro adicionando nomes à lista de pessoas mais prováveis e recomendáveis do que ele para ir encontrar-se com o primo "fugitivo".
Por que Alexandre queria falar com ele e justamente naquele local? E justamente naquele dia em que o comerciante tivera aquele sonho erótico...o que complicava mais ainda o seu equilíbrio emocional!
Santiago Henrique, QI...de quanto era o seu QI, afinal? Talvez 50, 40...por que nunca fizera o tal teste? Um cara de QI indefinidamente inferior estava sendo convocado por outro de QI acima da média...pra que seria? Alexandre já não tinha todas as respostas para todas as perguntas?
Pulsação no peito...pulsação na cabeça...pulsação no esfíncter...reconheceu que a mãe fizera errado em rejeitar o remédio Gardenal (ele não era epilético...ele não tinha convulsões...pra que tomaria?) que haviam prescrito pra ele na infância.
Doralice dissera que aquilo era remédio pra retardado! Ela tinha razão...meia dúzia de garotos tomavam a tal droga na escola...e isso era sinônimo deles serem retardados, então a mãe não queria aquilo para o seu filho que nascera com carinha de anjo! Alguém havia corrigido e dito que o politicamente correto agora era criança com necessidades especiais, mas ela repetira a palavra pejorativamente indicando que o filho não era especial, nem excepcional e nem um débil mental!
Ele não tomara a droga...mas agora sentia o resultado: o seu corpo estava totalmente desgovernado e ele não sabia como agir! E aí lembrou-se de outra parte da bula do tal Gardenal...aquela que dizia que o medicamento agia sobre o sistema nervoso central...
Que tipo de homem sonha com um sonho dentro de outro sonho, afinal? Normal é que ele não era...sonhara que tinha sonhado com Alexandre!
Espíritos obsessores que estavam ali, girando na mesma sintonia de sua baixa energia, potencializada por baixa-autoestima...ansiedade...insegurança...o empurravam para longe dali!
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EM PRIMEIRO LUGAR...NÓS TRÊS!-Armando Scoth Lee-romance espírita gay
RomanceIMPRÓPRIO PARA MENORES DE 21 ANOS!!! _Dois homens casados envolvidos num amor proibido...duas esposas se unindo para tentar salvar o casamento...uma criança que precisa reencarnar para junto aos pais resgatarem uma história de outra vida! Como um...