fear

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Eu havia saído da cama após o acontecido. Eu estava tremendo e não tinha nada haver com o dia frio que estava fazendo do lado de fora. Finn ainda dormia e eu resolvi sair da cama para não acorda-ló com as minhas paranóias.

Coloquei uma calça de moletom jogada em um canto do quarto e fui até a cozinha, preparar algum café para me distrair. Minha barriga estava com um frio na barriga tão forte, e não era aquele frio gostoso como borboletas no estômago. Era um frio bem mais angustiante.

Joguei meu celular em um canto da mesa e tentei me acalmar. Eu não estava esperando por isso, não estava mesmo. Porque ele tinha que voltar? Justo agora quando as coisas estavam dando super certo para mim. Porque ele não ficava de vez na Itália e nunca mais voltasse? Para que tem que voltar e azucrinar essas ruas mais uma vez?

— Jack? – uma mão tocou meu torso nu, fazendo eu me assustar e virar de supetão para a pessoa.

Minha respiração estava desregulada igual às batidas do meu coração, a minha vontade de chorar estava a mil e eu nem sabia porque tamanho desespero era aquele que eu estava sentindo. Finn me encarava com preocupação nos olhos.

— Que que foi? – ele murmurou, passando as mãos em meus cabelos.

Eu o abracei. Foi a primeira coisa que eu pensei e a primeira coisa que eu quis fazer. Finn me segurou forte, provavelmente não entendendo a minha reação mas não querendo questionar minha atitude. Ele apenas me abraçou de volta, tentando passar o máximo conforto que ele conseguia. Eu me afastei logo depois que a máquina de café apitou, avisando que o café já estava pronto. Peguei o líquido preto em minhas mãos e deixei aquece-las. Eu devia estar com uma aparência péssima.

— Porque acordou tão cedo? – Finn me perguntou, quebrando aquele silêncio.

— Não consegui dormir de novo. – respondi

Finn sabia que algo estava de errado comigo, dava para perceber apenas pelas caras que ele fazia. Eu não queria estar desse jeito depois da incrível noite que tivemos ontem, mas eu não estava conseguindo evitar.

— Eu fiz alguma coisa errado ontem? – ele perguntou, a preocupação evidente no tom baixo de sua voz.

— Não! – adverti, querendo que a última coisa que ele pensasse que o problema era ele – não, você não fez nada de errado. Eu amei cada coisinha que a gente fez ontem. – assegurei, passando uma de minhas mãos em seu rosto.

Ele segurou minha mão e sorriu, se inclinando e depositando um beijo tranquilo e lento em meus lábios. Ele se afastou e deixou nossos rostos perto um do outro.

— Eu também amei à noite de ontem. – ele disse, afagando minha mão na sua e logo se afastando. – vou comprar um café da manhã para gente, o que você acha? – ele disse – panquecas com creme de avelã?

Sorri por ele saber minhas panquecas preferidas. Eu devia ter insinuado sobre isso uma vez em uma de nossas conversas e ele ainda lembrava desse pequeno detalhe.

— Acho maravilhoso. – respondi, dando um sorriso fechado para ele.

— Então, panquecas com avelã será. – ele sorriu e me deu um selinho, antes de sair para comprar as coisas.

A saída de Finn foi a pólvora para a minha preocupação voltar. Parece que sempre que ele está perto de mim todos os meu problemas somem, e isso realmente acontece simplesmente porque Finn tinha essa capacidade de me deixar completamente fora de mim.

Deitei no sofá tentando conter a dor de cabeça que começou a me atingir. Eu achava que tinha me livrado desse ser a tanto tempo.

Meu celular apitou fazendo meu corpo todo estremecer. Levantei de mau grado e fui até o balcão da cozinha, onde tinha deixado o aparelho. Peguei o negócio e abrir meu Instagram, vendo aquela mensagem cristalina na pequena tela telefônica.

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