pont de l'amour

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Alert: hoje tem.

Finn e eu estávamos andando de mãos dadas até o lugar que o cacheado queria me levar. Eu estava super nervoso com essa supresa e não entendia muito bem porque, mas algo em meu estômago não deixava ele quieto.

As ruas de Paris estavam desertas, o que era uma coisa boa, já que assim podíamos ter os nossos momentos tranquilos, sem se preocupar com alguma notícia bombástica no dia seguinte sobre nós dois. A mídia choveria na gente se descobrisse e o passeio inteiro ia se estragar a partir daí. Eu não queria isso.

— Já estamos chegando? – perguntei igual uma criança de três anos, olhando para as ruas de Paris e tentando achar alguma coisa que pudesse estar relacionado a essa surpresa.

— Quase. – Finn respondeu e sorriu para mim, apertando mais nossas mãos juntas – está nervoso?

— E preocupado. – respondi – você sabe como eu fico em surpresas.

— Essa você vai gostar. – ele entrou na minha frente, começando a andar de costas. – prometo. – ele esticou o seu dedinho mindinho e eu os juntei o meu com o dele, desistindo de descobrir alguma coisa.

Um ônibus passou no nosso lado feito uma bala, Finn olhou para mim e me puxou pela mão, correndo em direção ao ônibus. Eu rir com tal ação repentina e logo entramos no veículo. Cumprimentamos o motorista com um aceno de cabeça e sentamos. Havia apenas nos e mais uma senhora de meia idade.

— Pelo visto não estamos chegando assim. – murmurei para ele que apenas riu da minha cara de nervoso.

— Agora estamos. – ele respondeu, olhando pela janela.

Depois de alguns minutos, poucos, nós chegamos até o Rio Sena. Olhei para aquele lugar e voltei a olhar para Finn, que não havia tirado o sorriso do rosto desde que chegamos. No ônibus ele estava chacoalhando sua perna o tempo todo, coisa que ele só faz quando tem algum tipo de ansiedade. Ou nervoso.

Continuamos andando, dessa vez lentamente, até a ponte do amor, onde ficava centenas de cadeados de namorados ou até mesmo pessoas apaixonadas.

— Você sabe a história da ponte do amor? – Finn me perguntou e eu neguei com a cabeça, eu não sabia de verdade – ela atribuiu à época da primeira guerra mundial. Na Sérvia, uma jovem chamada Nada se apaixona por um oficial chamado Relja. Eles se apaixonaram um pelo outro, mas Relja foi convocado para a guerra na Grécia, e lá ele se apaixona por uma mulher local. Nada e Relja rompem o noivado.

Eu devia estar olhando para Finn com total atenção, já que ele olhava para mim o tempo inteiro.

— Nada morre devido a tristeza que ela ficou com a separação dos dois. Então, a partir daí, na cidade de Nada e Relja, as mulheres afim de protegerem os seus amores com seus maridos, começaram a escrever seus nomes e a de seus amados em cadeados e os fechando na grade da ponte de Vrnjacka Banja, onde Nada e Relja se encontravam diariamente.

— Que história triste, Finn. – eu disse, sentindo pena da garota que foi abandonada.

— Mas é uma boa história para essa ponte. – ele respondeu.

A essa altura nos já estávamos em frente à ponte com dezenas de cadeados. Ele subiu e olhou para mim, esperando eu fazer o mesmo. Subi na ponte e voltei a ficar ao seu lado. Nós andamos até o meio da ponte, até Finn parar e ficar de frente para mim. Ele enfiou a mão em seus bolsos e tirou de lá um cadeado dourado, algo estava escrito nele mas eu não conseguir ler o que era.

— Os namorados fixam esses cadeados na ponte para simbolizar seu amor eterno um pelo outro. – Finn continuou a dizer, ele mexia no cadeado enquanto falava. – eles colocam suas iniciais no cadeado e os fecham aqui. – ele passou o dedo pela parte lisa do objeto, dando para ver perfeitamente as inicias F + J nela. Sorri ao perceber o que se tratava e olhei para ele com o mesmo sorriso no rosto.

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