Capítulo 39

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DUAS SEMANAS DEPOIS...


Era sexta-feira, Paula havia ido para casa de Larissa, já que haviam convencido Fernando a levá-las para o barzinho na Orla da cidade, aonde eles costumeiramente iam. Mateus foi relutante, mas após uma discussão, ele viu que não teria muita alternativa. No d

ia seguinte, aconteceria a festa do time de handebol, na casa dos gêmeos, e Paula dormiria na casa da amiga.

Quando já estavam prontas, as duas atravessaram a rua, indo até a casa de Júlio, pois Fernando informou que eles estariam ali, aguardando o restante do pessoal. Assim que tocaram a campainha, Lúcio abriu a porta, todo arrumado, e prestes a sair de casa. Ele e Larissa trocaram um olhar, e diante o silêncio da amiga, Paula sabia de quem se tratava.

— Oi Bonates. — Ela cumprimentou.

— Boa noite... — O rapaz deu um sorriso fraco, ignorando a loira ali — Pessoal está na sala. Podem entrar... — Disse, passando pela porta e indo em direção a garagem.

— Não vai conosco? — A morena perguntou, curiosa.

— Não. — Lúcio respondeu antes de abrir a porta do carro.


Larissa adentrou a casa, querendo ignorar Lúcio e seguiu até a sala, onde seus irmãos estavam, na companhia de Júlio, Igor e Souza. Os rapazes jogavam vídeo game, com exceção ao seu irmão mais velho, que mexia no celular.

Ela se sentou no sofá, após cumprimentar todos, e esperou Paula entrar, e sentar-se ao seu lado. Após poucos minutos Júlio se levantou, indo para a cozinha e Larissa viu a oportunidade de poder falar com ele à sós.

— Oi. — Ela falou receosa, ao entrar no cômodo, e vê-lo com um copo de água em mãos.

— Oi Lari... — Júlio a encarou surpreso e deixou seus olhos passarem pelo corpo da garota, notando-a com uma saia preta e um cropped, com alças finas e cumprimento na altura do umbigo — Vai sentir frio vestida desse jeito... — comentou. 

— Em uma boate? — Ela questionou de um jeito debochado.

— A boate fica no andar de cima de um barzinho, na orla da cidade... Faz um pouco de frio do lado de fora. — Júlio explicou.

— Ah... Hã, não sabia. Não conheço lá... — Disse desconsertada — Acho melhor vestir um casaco então, né?

— É. — O moreno murmurou e ela apenas assentiu, e diante o silêncio, ele perguntou — Então, você quer alguma coisa? Veio até a cozinha...

— Sim, sim, era água... Queria água. — Ela pediu, de um jeito atrapalhado — E, hã, também queria falar contigo sobre...

— Oi. Oi... — A voz de Fernandes ecoou, e os dois viraram o rosto para a porta, vendo-o se aproximar — Oi Gatinha... — Ele levou as mãos até a cintura da loira e pôs a boca em seu ouvido, depois encarando o outro — E aí, Júlio? — Esticou seu punho, para fazer um toque.

— Oi Fernandes. — Júlio suspirou, dando um sorriso falso e cumprimentou o rapaz — Eu vou ver se os meninos já querem ir...


Ele afastou-se, e foi em direção à porta da cozinha, enquanto Larissa virava-se de frente para Alex, pronta para protestar, mas foi surpreendida pelos lábios dele contra os seus. Ela não relutou, mas encerrou o beijo antes mesmo que se prolongasse.

— Alex, pega leve, por favor — pediu de forma descontente — Meus irmãos estão aí e você sabe o caos que...

— Sei, sei... — Ele revirou os olhos e soltou as mãos do corpo dela — Desculpa, mas será que eu vou poder, pelo menos, ficar perto de ti? Ou nem isso? — Questionou indignado.

Em dose duplaOnde histórias criam vida. Descubra agora