Capítulo 55

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Lúcio largou o celular na cama e fora tomar um banho. Quando voltou, viu que Larissa ainda não havia respondido, e diante a ansiedade de fazer as pazes com ela, e pedir desculpas pela briga de mais cedo, ele resolveu ligar.

No quarto toque, ela atendeu. Sua voz extremamente sonolenta indicava que ela estava, realmente, dormindo, mas ele não se importou. Já havia posto uma bermuda e um moletom, prestes para ir até a casa dela.

— Alô! — Ela disse com a voz abafada.

— Oi pequena. Desculpa te acordar, mas eu preciso muito falar com você... — Lúcio disse com a voz doce.

— Hã? Bonates, que horas são? — Ela se sentou na cama e coçou os olhos.

— Meia noite. — Ele respondeu olhando em seu pulso — Vou te esperar na lateral da tua casa. Perto da porta da sua cozinha.

— O que aconteceu? — A loira perguntou — Eu não quero conversar agora. Estou com sono, e bem chateada com você, então...

— Eu sei que errei com as minhas palavras hoje cedo, tá bem? E não consigo dormir enquanto não resolver isso com você. Então, por favor, vem aqui fora. — Ele pediu com a voz séria, deixando-a surpresa com o pedido — Estou chegando aqui do lado. Se você não descer, eu vou dormir nas espreguiçadeiras e amanhã de manhã teu pai e teus irmãos vão me achar aqui.

— Ok! — Ela bufou — Me dá uns segundos.

Ela se levantou, calçou seus chinelos, lavou o rosto, escovou os dentes e do mesmo jeito como estava vestida, desceu até a porta da cozinha, vendo Lúcio sentado em uma das cadeiras de sol que havia em seu quintal.

— Você está ficando doido? — Ela disse brava, quando apareceu em sua frente — O que você precisa tanto resolver comigo a essa hora, Bonates? — Perguntou indignada, enquanto ele passava os olhos por sua roupa descaradamente.

Ele se levantou, dando uma risada e a puxou pelo braço, juntando seus corpos. Uma das mãos, ele pôs na lateral do rosto dela, enquanto inclinava-se, colando os lábios. E mesmo surpresa, ela permitiu que o beijo acontecesse cheio de volúpia.

Após algum tempo, encerrando e começando novos beijos, Larissa separou seus lábios, já ofegando, e ele desceu seus lábios para o pescoço dela. A garota deixou uma de suas mãos escorregarem do pescoço de Lúcio e descer até o abdômen, percebendo como ele se retraiu em uma área que estava machucada. Naquele momento, ele cessou o beijo que dava em seu pescoço, emitindo um suspiro forte.

— Está machucado? — Ela perguntou, e ele apenas assentiu, mediante uma careta — Ok. Não vou falar mais nada sobre isso.

— Eu não quero você se preocupando comigo... — Lúcio disse lamentoso, mas não conseguiu evitar que ela levantasse seu moletom e visse as marcas na sua costela e na lateral do abdômen — Já passei aquela pomada que você me deu, e estou tomando anti-inflamatório.

— Como você quer que eu não me preocupe? — Indagou ela incrédula — Eu nem queria te ver quando você estiver machucado, mas eu fico preocupada, e angustiada, porque você faz pouco caso disso, mas... — Ela engoliu seco, e Lúcio observou em como seus olhos estavam marejados — Desculpa.

— Eu vou parar. — Lúcio falou de repente — Vou tentar me afastar disso tudo...

Larissa assentiu, deixando um sorriso escapar e passou a mão pelo pescoço dele, aproximando-se para lhe dar alguns selinhos. Em seguida, afastou-se, e olhou para trás, conferindo se não havia aparecido alguém na cozinha.

— Então, eu preciso entrar... É muito arriscado ficar aqui fora.

— Posso entrar com você? — Ele pediu, deixando-a em silêncio diante do pedido.

Em dose duplaOnde histórias criam vida. Descubra agora