Capítulo 5

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Na manhã seguinte, Larissa despertou por volta das onze horas, viu que seu pai não estava em casa, comeu alguma coisa a voltou a dormir. Às quinze, acordou novamente, dessa vez ouvindo um barulho vindo do corredor. Ela levantou-se assustada, e foi calmamente, pronta para descer as escadas, mas então ouviu vozes no quarto de Mateus. Abriu uma brecha na porta e avistou os irmãos ali, conversando.

— Ei! — Ela gritou animada — Não sabia que vocês haviam chegado.

— Você estava dormindo e decidi não te acordar. — Ele respondeu, dando-lhe um abraço.

— Que saudades! — Fernando murmurou, quando puxou a irmã para um abraço.

— Eu também! — Ela grunhiu de felicidade — Então, como foram os jogos? O que aconteceu?

— Ficamos em segundo lugar... — O irmão mais novo resmungou, um tanto emburrado.

— A final foi contra uma equipe que já tínhamos vencido. Então no cruzamento da chave, achávamos que tiraríamos de boa, mas esse ano tinha um jogador novo, e ele era foda.,. — Mateus explicou, chateado.

— Que pena, mas final do ano tem mais competições, né? — Ela disse, tentando animar os irmãos.

— É, a vingança vem... — Mateus murmurou.

— Mas sabe o que fiquei sabendo? Que aqueles três caras do time do Anglo, são do Centro universitário. — Fernando explicou — Se vamos estudar na mesma faculdade que eles, vamos jogar no mesmo time.

— É até mais fácil para descobrir as jogadas, para os jogos pelo clube. — Mateus concordou, enquanto Larissa ficava entediada com o assunto.

— Lari, você está com uma cara de sono... — O irmão caçula comentou, ao analisar seu rosto — O que fez ontem, para estar apagada até agora?

— Ah, eu saí com a Paula, o Bruno e o Ale ontem — Larissa apertou os lábios — Fomos a uma boate e acabamos voltando muito tarde.

— Você mentiu para mim? — Mateus indagou, franzindo a testa e deixando a irmã constrangida — Eu te perguntei ontem e você disse que estava dormindo.

— Hã, pois é, mas o Ale quis sair mais tarde e acabei indo... — Ela explicou, cautelosa, e vendo os dois se entreolharem — Qual é? Fomos naquela boate no centro, dançamos, bebemos alguma coisa e viemos para casa, ué.

— Relaxa, Mateus! — Fernando estalou a língua.

— Gente, eu fiz dezoito anos. Qual o problema? — Larissa ergueu as sobrancelhas, mas o irmão bufou — Acho que não dá mais para controlar minha vida, né?

— Não é para controlar, Lari. É só para te proteger... Tem lugar que não legal você frequentar... — Ele explicou, irritado.

— Mateus, eu sempre fui a mais nova entre meus amigos, então sempre fui excluída de tudo, por proteção excessiva tua... — A loira argumentou — Mas agora chega, né? Acabei de entrar na faculdade. As aulas começam semana que vem, e eu quero poder aproveitar o que eu nunca pude. Antes eu não podia sair e nem entrar nos lugares por ser menor de idade, mas agora...

— Como se isso fizesse diferença. — Ele resmungou e saiu, indo em direção ao banheiro.

— Antes eu não podia por ser menor, e agora não posso pelo que? Por já ter dezoito anos? — Ela questionou mediante um riso.

— Vocês já vão começar... — Fernando grunhiu e se jogou na cama, deixando seu corpo cair para trás.

— Você não acha que estou certo, Nando? — Ele indagou — Festas de faculdade tem droga, álcool e muita putaria! Não sei você, mas eu não vou querer nenhum amigo meu, falando o que fez com minha irmã. — Mateus justificou.

Em dose duplaOnde histórias criam vida. Descubra agora