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Luiz: Tá gatinha! - Eu tranquei a porta, indo sentar na cama.

Fechei a janela e coloquei a cortina, ligando o ar.

Isa: Veio pra fazer o que aqui? - Ele me olhou rindo.

Luiz: Te ver, pô! Queria te dar uma idéia certa agora também...

Isa: Lá vem você, fala baixo que meus pais tão no quarto ao lado.- Ele riu.

Luiz: Me separei de vez agora da Isis.- Engoli no seco.- Agora é contigo, Isabely.

Isa: Já te falei mil vezes, Luiz! Tu traiu ela comigo e vai me trair pra ficar com outra, é o ciclo.

Luiz: Tu tá certa disso? - negou com a cabeça, passando a mão no queixo.

Isa: Estou. Fico feliz agora por você estar solteiro e nosso lance não ser tão mais errado assim, mas envolve muito mais coisa.

Luiz: Ah, beleza Isa! A Bianca tava atrás de tu, Beatriz também.- Falou se levantando e abrindo a janela.

Isa: Tu é todo bobo também.- Ele riu.

Luiz: E tu é imatura demais, Isabely.- Falou descendo pelas escadas.

Deixei a janela aberta e abrir a porta do quarto, indo pra cozinha.

Sentei na bancada e fiquei comendo minha treloso, enquanto olhava pro nada e balançava minhas pernas.

Peguei meu celular e tinha mensagem no grupo com a Beatriz e Bianca. Eram irmãs do Luiz e minhas únicas amigas.

Eles moravam todos no alemão e eu nunca tinha ido lá, mas sempre quis.

Elas estavam animadas sobre o Luiz ter terminado e me perguntando como a gente tava.

Falei pra elas que não sabia e deixei o celular de lado, escutando os passos da minha mamãe.

Milena: Que carinha é essa, gatinha? - Olhei pra ela.

Isa: Queria sair.- Fiz bico e sorri fraco.

Milena: Você ia com quem?

Isa: Com a Beatriz...- Revirei os olhos.

Milena: Vou tentar conversar com o Pedro, vocês podem sair amanhã...

Isa: Não mãe, ele vai acabar ficando bravo. Deixa pra lá.- Falei descendo e pegando meu copo de refrigerante.

Ela ficou me olhando e eu fiz careta, beijando o rosto dela e ela me abraçou. Beijei a cabeça dela e joguei o pacote no lixo e coloquei meu copo na pia.

Isa: Café da de plantão hoje? - Perguntei ao meu pai que estava entrando em casa.

Matador: Não.- Falou seco, subindo as escadas.

Isa: Nunca vou me acostumar com seu jeito seco, isso me machuca...- Falei alto e ele parou de andar pras escadas e veio na minha direção.

Minha mãe riu e eu abrir os braços, vendo ele me abraçar e beijar minha cabeça.

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