Cheguei perto dele e cruzei os braços, jogando o cigarro fora.
Ele olhou pra um lado, olhou pro outro, olhou pra cima e me olhou.
LF: É comigo? Lembra que tu não pode me matar?
Matador: O que tu tem com a Isabely?
LF: A gente tinha um lance, mas acabou.- Falou me olhando estranho.- Você ainda não pode me matar.
Matador: Ela te falou alguma coisa ontem?
Lf: Você já sabe...- Balancei a cabeça, poupando de escutar isso novamente.- Então, a gente brigou lá na volta e tal, depois ela me mandou uma mensagem mas eu tava no corre.
Matador: Que tipo de mensagem?
Lf: Ela disse que me amava, mas não era o suficiente pra ninguém, nem pra mim...- Balançou a cabeça.
Matador: Como tá tua mãe? Sabia que ela foi corna?
Lf: Sei que você matou meu pai, quando a minha coroa tava grávida dele.
Matador: Sabe também que ele tentou me matar na casa da minha mulher, agiu na covardia?
Lf: Com todo respeito? O passado não vai dar em nada na minha vida. Nada que não envolva minha mãe eu tô afim de saber.
Beatriz: Ela acordou...- Chegou correndo, puxando o braço do Lf.
Dei as costas pra ele e entrei no postinho vendo a milena e ela segurou minha mão, me puxando.
Entramos no quarto da Isabely que olhava pro teto e balançava a cabeça pra um lado e pro outro.
Milena: Filha...- Isabely olhou pra gente.
Isa: E aí, ein...- Falou rindo falsa.
Matador: Tem merda na cabeça, criança? - Ela fez cara feia.
Isa: Coloca na lista de mais uma decepção pra contar...- Revirou os olhos.
Mi: Se você não parar de falar merda, vou te dar mais uma surra pra conta.- Isabely semicerrou os olhos.
Matador: Lf tá aí....- Falei esperando a reação dela, que fechou os olhos com força, virando o rosto.
Isa: Por que? Manda ele ir embora...- Falou baixo.
Milena: Para de fugir das coisas, Isabely.- Ela respirou fundo.
Isa: Eu não posso olhar na cara dele mãe, eu falei que amo ele.- Falou baixo.
Matador: Quem mandou? Tu não pode amar outro macho além de mim.- Ela sorriu fraco.
Isa: Me perdoa...- Falou esticando a mão pra Milena.
Encostei na parede e olhei a Milena toda emocionada, beijando a testa da Isabely.
Antigamente, podia ser quem fosse, eu nunca ia nem deixar falar de perdoar.
Hoje é minha filha e mesmo que eu esteja putão, ela não precisa nem pedir perdão, porque eu amo ela pra caralho pra deixar ela afastada.
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