Capítulo 7

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Camila POV

Pronta para conhecer nosso leito nupcial, esposa? – S/N perguntou, enfiando e girando a chave na fechadura do "nosso" quarto real.

Eu não tinha conseguido dormir muito durante o voo noturno para a Espanha: pensamentos demais enevoando pela cabeça, lembranças rodopiando como um tsunami pessoal de emoções, tudo por causa dessa rainhazinha mimada e esnobe ao meu lado.

Morta de ansiedade, querida. – Ironizei, fazendo minha melhor voz de esposa apaixonada, obrigando-me a olhar para aquele asqueroso rosto perfeito à minha frente.

— Espero que você goste, amor. – Rodou a maçaneta e abriu a porta de madeira escura, com aquele debochado sorriso gravado em seus inebriantes lábios sensuais.

Miserável!

Dei um passo à frente e S/N entrou em seguida, fechando a porta atrás de si.

Coloquei minha bolsa ao lado de uma cadeira e passei a observar o quarto minuciosamente, começando atenciosamente pela enorme cama de lençóis acerejados, detalhada sobre contornos geométricos circundantes vermelho e dourado, toalhas e um cobertor dobrado estavam dispostos no final do colchão. Tão bela quanto o sofisticado tapete felpudo no chão, quanto as claras almofadas fixadas na superfície central da cama, quanto o ostensivo closet e escrivaninhas, quanto as paredes cor pastel.

Gostou do nosso ninho de amor, paixão? – Perguntou irônica, me abraçando por trás e depositando um beijo úmido em minha bochecha, sentindo suas mãos descer para a minha cintura e delicadamente acariciá-las, numa carícia lenta. Além dos seus reconfortantes braços e o delicioso agradável aroma de seu perfume, eu me via tentada a socar sua cara pela sua tamanha falsidade e encenação.

— Para de gracinha. – Avisei séria, saindo de seu abraço bruscamente, virando a cabeça pra encará-la.

— Por que está assim, hm? – O timbre da voz dela era baixa e rouquenha. Terrivelmente sexy, enquanto seus passos eram vagarosamente lentos atrás de mim, sua linda boquinha se curvou num pretensioso sorriso, mostrando os dentes brancos e certinhos e umas covinhas perfeitamente lindas para completar.

Cristo!

— Pensei que tivesse aproveitado o tempo livre naquele jato, querida. – Suas delicadas e macias mãos massagearam meus ombros e eu tremi.

Maldita!

Ela é uma imbecil completa, mas meu corpo não parecia fazer objeção quanto a isso.

Eu odeio essa idiota e o que ela faz comigo!

— Isso é o melhor que você pode fazer? – Consegui injetar neutralidade na minha voz e olhar debochado.

Se ela quer jogar, vamos jogar!

— Você não faz ideia do que eu posso fazer, paixão. – Seus olhos eram abertamente provocadores. – Você quer que eu lhe mostre, amor? – Um calor conhecido, pressuroso e dolorido, se alastrou entre as minhas pernas e me fez morder o lábio quando ela se aproximou e beijou a lateral do meu pescoço.

Cristo!

Isso é ridículo!

Ela é ridícula!

— Céus! Que indelicadeza da minha parte, amor! – Fiz uma falsa expressão indignada. – Desculpe, deve ser o cansaço do voo. – Simulei um enorme pesar. – Vamos nos sentar, assim podemos dialogar melhor. Não acha, querida? – Sorri docemente, ao indicar a cama.

— Fracamente... – S/N começou naquele tom baixo e sexy. – Sentar é uma grande perda de tempo... – Prendi a respiração, no segundo que ela pressionou seu pênis duro na minha bunda. – Quando se tem coisas melhores para se fazer, amor.

— Tipo... – instintivamente virei-me para ela e meus dedos peregrinaram para o zíper dela e o abri, enfiando a mão rapidamente sob o elástico da sua cueca box, envolvendo a rigidez inflada do sexo de S/N. – Isso. – S/N piscou três vezes antes de processar o que de fato estava acontecendo.

— Para. – Murmurou a poucos centímetros da minha boca, quando a palma da minha mão se apertou sobre sua pulsante ereção.

— Sua linda boquinha diz para, mas seus olhos e seu corpo me contam outra história, amor. – Sussurrei, abrindo aquele sorriso obsceno, meus olhos perfurando os dela visivelmente dilatados agora. Ela também me quer. Sempre quis. E quando ela estremeceu, no momento em que minha mão começou a subir e descer por todo o seu comprimento, repetindo o processo variadas vezes e jogou a cabeça para trás e soltou um gemido ávido. Aquilo só confirmou minhas suspeitas.

Quer mesmo que eu pare, amor? – Abri um sorriso cínico, punhetando seu pau que pulsava de forma desesperada sobre minha mão, já molhada com o seu pré-gozo.

Seu pau parece não querer que eu pare. – S/N soltou um palavrão e seu corpo ficou tenso, quando pressionei meu dedão sobre o buraquinho da sua glande e logo voltando a punhetá-la. Rápido. Profusa. Avidamente; masturbando-a como se fosse a melhor coisa que ela já havia provado.

Sabe o que seria melhor que minha mão aqui, amor? – Outro gemido, alto e prolongado, abandonou a garganta de S/N, quando apertei suas bolas que estavam pesadas com estudada lentidão. – Minha bocetinha quente e úmida. – Mordisquei sua orelha numa trilha de beijos e mordidas delicadas até o pescoço.

Você quer gozar, amor? – Perguntei quando o prazer insuportável dela se intensificou, e S/N estendeu a mão e agarrou a minha cintura firmemente. As terminações nervosas de S/N foram levadas até o limite e as sensações que disparavam pelo seu corpo a fizeram estremecer. – Goza pra mim, paixão. – Pedi observando cada expressão de prazer no rosto de S/N, cada gemido que seus lábios soltava com a minha mão envolta de seu pênis. Ela estremeceu apenas alguns segundos antes de gritar. Foi somente após o último jato do seu esperma atravessar o seu corpo que S/N afrouxou o aperto em minha cintura e eu me afastei.

— Isso foi fácil, amor – A encarei séria. – Fico me perguntando quem está jogando pra quem, Majestade. – Pela expressão em seus olhos, soube que nada agradaria mais a ela do que me estrangular.

Meu sorriso se ampliou.

2x1 para Camila. 

CROWN ( Camila/You G!P )Onde histórias criam vida. Descubra agora