Capítulo 28

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Camila POV

Os avós de S/N eram elegantes e simpáticos. Não foi o martírio que pensei que seria. Os imaginava aristocratas frios e esnobes como a neta. Mas me surpreenderam agradavelmente. Já sua prima era uma mulher muito, muito bonita. Tinha quase a mesma estatura de S/N, cabelos negros, quase tão compridos quanto os dela e olhos castanhos escuros que flamejaram em mim com algo parecido a cobiça. S/N deve ter percebido também, porque ela me puxou mais firmemente contra seu corpo, sua mão apertando minha cintura mais do que o necessário. Eu quase bufei, mas precisava fingir que éramos o casal perfeito para os seus avós. Logo, S/N me apresentou a sua prima e ela suavemente estendeu sua mão, assim que a peguei levou minha mão aos lábios e depositou um beijo no dorso, os olhos cintilando nos meus, sedutores, charmosos, instigantes. Puta merda! Ela era muito bonita! E parecia descaradamente querer provocar S/N. Por quê? O que havia entre elas? Então, sorri de volta, sentindo a tensão vindo em ondas do corpo de S/N. É isso aí, querida. Experimente um pouco do seu próprio veneno.

O jantar transcorreu num clima agradável. Bem, não para S/N, que quase não comeu. Ela estava espumando do meu lado, porque do meu lado esquerdo ocupava-se Demetria verdadeiramente empenhada em conversar comigo. Demetria praticamente ignorou os outros e prendeu minha atenção com piadas e relatos fascinantes de sua viagem ao Cairo. Ela era encantadora e eu sorri sem esforço de todos os seus relatos, complementando suas falas. Talvez eu possa me divertir um pouco com essa atenção da prima de S/N...

Quando nos despedimos de todos no salão, já se passava das dez. Entramos no elevador que dava direto nos nossos aposentos. Um silêncio inquietante se instalou entre mim e S/N. Estávamos, lado a lado, mas cada uma em um canto. S/N me observava. Eu nunca a tinha visto tão zangada. O elevador parou e as portas se abriram. Arremessei-me para fora e me afastei. Ouvi os passos dela se acelerarem atrás de mim e, no segundo seguinte, eu fui jogada com brusquidão contra a parede do corredor. Seu corpo prendendo o meu. Soltei um gemido involuntário, sentindo meu corpo reagir a aquele ato.

— Você nunca mais vai fazer aquilo de novo, Camila. – Eu sorri da sua expressão enciumada.

— Não sei do que está falando.

— Sabe, si, princesa. Você estava tentando me fazer ciúme. Dando toda a sua atenção àquele bastarda, quando tem me tratado como uma maldita cachorra sarnenta! Você nem sequer a corrigiu quando ela usou seu nome de solteira!

Sorrio desdenhosa.

— Não corrigi porque logo, logo serei solteira outra vez. – Dei de ombro. – É só uma questão de dias, até você ceder, Majestade.

— Não! – Bradou, me encurralando mais contra a parede, cavando seu pau na minha bunda. – Você é minha! Minha, Camila!

— Não sou sua, S/N. – Minha voz foi apenas um sussurro.

Si, você é. – Subiu os lábios até estar com eles bem no lóbulo da minha orelha e depositou uma gostosa breve mordida. Gemi insana. – Você pode fingir que não é minha, princesa, porém, seu corpo não mente. Ele te entrega. – Gemi de novo, quando meu cabelo foi puxado para trás e S/N tomou minha boca num beijo voraz, sua língua lambendo a minha, seus lábios chupando os meus. S/N moeu seu pênis duro em mim mais uma vez, forçando-me a gemer outra vez. Vagabunda! – Vou te comer em pé, Camila. E você como uma boa esposa, vai empinar essa bunda pra mim e gemer meu nome. – Rosnou em minha boca. Senti-me no inferno, com o tamanho calor que emanava do meu corpo com suas palavras sacanas.

Suas mãos deixaram-me por alguns instantes só para abrir o zíper da calça e libertar seu pau enorme e duro. Ergueu meu vestido e afastou minha calcinha pro lado e alinhou a cabeça do seu pau na minha boceta extremamente molhada. S/N parou e me olhou. Como se me desafiasse a pará-la. Eu não tinha forças para isso. Não quando minha vagina palpitava, louca para sugá-la para dentro.

Me empinei toda para ela e ela estocou duro, me rasgando até o fundo.

Maldita!

Suas estocadas eram fortes, duras, gostosas, carregadas de uma necessidade incontrolável, e que, simplesmente, estava me enlouquecendo de tanto tesão.

Porra de pau gostoso!

— Caralho! – Gemi, sentindo seu pau longo e grosso em cada terminação nervosa da minha boceta. – Minha boceta ama seu pau, S/N. – Eu tentava manter meu corpo firme, mas a cada estocada, minhas pernas ficavam bambas e mal conseguia formular uma palavra. O calor estava ficando insuportável também e um orgasmo começava a se formar em meu ventre. Ela ia tão fundo em mim... – S/N, e-eu vou gozar... – Ela puxou meu cabelo para trás e aumentou o ritmo das estocadas.

— Goze, Camila. Goze na porra do meu pau! – Suas palavras sujas foram o meu fim e me quebrei gozando, contraindo meu canal. Ela grunhiu e bateu incansavelmente dentro de mim, me vendo gozar em seu pau, antes de rosnar e cravou os dentes no meu ombro, derramando-se na minha boceta. Inundando-me com os seus jatos. Ela depositou beijos leves no meu ombro, enquanto diminuía o ritmo, metendo devagar em nossos últimos espasmos. Ficamos, assim, por um tempo, acalmando nossas respirações. Ela por fim saiu de mim com cuidado e me firmou no chão. Minhas pernas estavam instáveis sobre o par de salto alto. Arrumei minha calcinha e meu vestido. Um modelo solto de cetim verde água que batia um pouco acima dos joelhos. Quando o vesti hoje, não imaginei que facilitaria o acesso dela. Que me foderia, como um animal selvagem, contra a parede de um corredor onde poderíamos ser flagradas. Cristo! Eu a deixei me foder de novo! Eu simplesmente não aprendo.

— Vem comigo, amor. – Ela me puxou pela cintura, sua voz suave. Eu me desvencilhei dela e me afastei.

— Eu acho que não, S/N. – Disse friamente. Sua expressão caiu. – Você sabe exatamente que botões apertar para me ter louca por você, Majestade. Meu corpo reconhece o seu. Admito. Mas, eu não vou dormir de conchinha com você por causa disso. Isso é sexo, nada mais. – Uma lágrima escorreu pela sua bochecha.

Suas palavras anda me ferindo mais que navalha na pele, Camila.

— Eu não me importo, S/N. Por que agora eu enxergo tudo do jeito que sempre foi antes: sexo, apenas sexo. – Declarei e caminhei até a porta do meu quarto. Antes de entrar, me virei para ela, mais uma vez. – Guarde suas falsas lagrimas, guarde seu falso amor, eu não preciso de nada que seja falso, Majestade.

E de repente, a chuva lá fora caia, na mesma sintonia em que suas lagrimas escorriam sobre seu rosto e, mais uma vez, eu virei as costas para ela. Mais uma vez, eu tranquei a porta e me encostei nela. Mais uma vez, eu desci, sentando-me no chão. Mais uma vez, eu fingi que não me importei, engoli meu choro, mas no fundo, bem lá no fundo, eu desmoronei.    

CROWN ( Camila/You G!P )Onde histórias criam vida. Descubra agora