Capítulo 29

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S/N POV

— O que há de errado entre e você sua esposa, querida? – A pergunta de minha avó surpreendeu-me, assim que, nos sentamos no estofado em forma de C na antessala de seus aposentos.

— Desculpe, vovó, mas não sei do que está falando. – Tentei a minha melhor cara de desentendida possível. Ela sorriu, aquele sorriso de quem me conhece do avesso.

— Não tente me enganar, S/N! – Repreendeu-me no seu tom de avó. – Há uma tensão palpável entre você e a princesa. Vocês não se parecem em nada com o casal que a mídia retratava nesses últimos meses. Eu podia sentir o amor de vocês duas apenas olhando as fotos. – Suspirou levemente. – Mas vendo vocês juntas agora. Algo não bate. Sem falar, que vocês duas são péssimas em fingir as coisas. – Sua voz foi baixa. – Conte-me o que está acontecendo, querida. Quem sabe, eu possa ajudar. – Suspirei, retraída, envergonhada e abri o jogo com minha avó. Ela ouviu tudo atentamente. Contei tudo. – Oh, querida! – Ela disse com olhos pesarosos. – É muito pior do que pensei. Dio! Esa niña deve ter sofrido muito, mi ángel.

Si, eu sei, nonna. – Passei as mãos no meu rosto. Eu estava tão cansada e desanimada. – Mas eu a amo. A amo tanto, vovó. – Falei com lágrimas nos olhos.

Tu dices isso a ela?

Si, muitas vezes, mas ela não acredita em mim, vovó. Não depois de tudo que fiz. O Dr. Tomlinson me explicou que na mente de Camila todas as lembranças antes do acidente são recentes. – Respirei fundo. – Ela está sofrendo também, presa a todas as humilhações que a fiz passar naquele período. Acha que não a amo e que supostamente a traí.

— Eu não tiro a razão dela, querida. Camila tem todo o direito de estar chateada e querendo o divórcio depois de tudo que fez. – Assenti tristemente enquanto os olhos castanhos de minha avó brilhavam. Se eu a conheço bem, lá vem alguma ideia mirabolante. – Mas, fique tranquila, mi ángel. Acabo de prolongar minha estadia na Espanha. E iremos todos para a mansão de Blenheim, nas montanhas.

— A mansão está em reforma, nonna. Só alguns poucos quartos estão disponíveis. – Logo que as últimas palavras saíram da minha boca seu sorriso aumentou mais. É claro que ela já sabia disso. Dio! Apesar da velha idade, minha avó ainda era uma ótima estrategista.

— Ao menos um dos problemas está resolvido, querida. Camila será obrigada a ficar no mesmo quarto que sua esposa. Aí, o resto é com você, S/N. Não se afaste mais dela. Esteja presente o tempo todo. Planeje pequenas surpresas a cada dia. – Oh! Dio mio! Já mencionei que amo a minha avó? Porra! Eu amo a minha avó! Beijei várias vezes seu rosto de felicidade, ela gargalhou lindamente e me afastei felizmente dela, indo contar a novidade para minha esposa, porém a voz de Daiana às minhas costas, bem no meu ouvido, me fez virar-me para encará-la, ela se prostrou à minha frente, próxima demais. Ela sorriu atrevida. Seus olhos me devoravam com a conhecida expressão de vadia pronta para ser fodida.

— Você não me parece feliz com a princesinha ultimamente, mi amor. Talvez, possamos mudar isso, o que acha, S/N? A biblioteca fica no fim do corredor. Você pode fazer tudo que quiser comigo, como nos velhos tempos... – Disse sedutoramente. Meu sangue ferveu.

— Entenda uma coisa Daiana: eu não vou mais foder você. Nunca me senti verdadeiramente atraída por você. Você era só a porra de uma foda fácil quando as reuniões eram tediosas. Só isso, querida. Então, vê se para de ser uma puta que abre as pernas fácil e me deixe em paz! – Ela arregalou os olhos surpresa pelas minhas palavras grosseiras. Ficou lá me olhando como se não acreditasse. Então, ela sorriu debochada.

— Essa garota não deve nem mesmo saber como foder. Duvido que continuará tão encantada quando passar a novidade da boceta virgem!

Perdi totalmente a civilidade.

CROWN ( Camila/You G!P )Onde histórias criam vida. Descubra agora