Capítulo 20

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Camila POV

— Você fez uma torta? – Questionei, quando S/N entrou na sacada do nosso antigo quarto, que somente eu o ocupava agora, segurando uma forma de torta embrulhada em papel alumínio.

— Sei que não é o jantar que você esperava. Mas sabia que elas existem desde o Egito Antigo? A primeira torta de que se tem registro foi criada pelos romanos e era de centeio...

— Torta de banana caramelizada? – A interrompi.

S/N fez uma falsa expressão de choque.

— Como você sabe?!

— Eu chutei. – Ela arqueou as sobrancelhas de maneira equivoca e eu gargalhei. – Pratos?

— Só um garfo. – Respondeu ela. Sentei-me no chão, ao lado de S/N e, com o talher em mãos ela cortou um pedaço da torta e estendeu para mim. Dei uma mordida, fechei os olhos e me apaixonei.

Meu Deus.

Com certeza não havia muitas pessoas capazes de fazer uma torta de banana tão boa quanto aquela. S/N não apenas a preparou; deu vida a ela. Era cremosa, fresca e muito deliciosa.

— Não acredito que foi você que fez essa torta, Majestade. – Arquei as sobrancelhas de maneira duvidosa para ela.

— Hey! – Ela balançou a cabeça, indignada. – Está duvidando dos meus dotes culinários, princesa?

— Talvez... – Ela riu, descrente e eu fechei os olhos e abri a boca, à espera de outra garfada, que ela me deu. – Hum... – Suspirei de leve.

— Porra! Você está gemendo por causa da minha torta?

— Com certeza estou gemendo por causa da sua torta, Majestade. – Respondi. S/N olhou fixamente para mim e sorriu.

— Abra a boca, princesa. Quero ouvir isso de novo.

Ergui uma sobrancelha.

— S/N/C Jauregui, não fale coisas estranhas.

Ela riu.

— Karla Camila Cabello Estrabão, sou sempre estranha. É por isso que você gosta de mim. – Ela não estava errada. S/N pegou um pedaço da torta e a aproximou dos meus lábios. Começou a fazer ruídos estranhos de avião, movendo o garfo como se estivesse voando. Fiz um grande esforço para não rir, mas não resisti. Abri a boca, e o avião aterrissou.

— Hum...

— Caralho, Camila! – Ela soltou um suspiro alto. – Você geme muito bem.

— Se eu ganhasse um dólar toda vez que ouço isso... – Zombei. Ela semicerrou os olhos.

— Você teria zero dólares e zero centavos. – Brincou S/N.

— Besta! – Falei rindo.

— Só para ficar claro, se qualquer outra pessoa, além de mim, disser que você geme bem, mesmo que seja em tom de brincadeira, eu acabo com a porra do rosto da pessoa. – Balancei a cabeça em reprovação. – O que foi? – Fingiu inocência.

— Você xinga tanto. Sério que você tem que falar palavrão em quase todas as frases?

— Sim, caralho. – Ela respondeu com um sorrisinho convencido. Balancei a cabeça, rindo. – Além do mais, você não reclamava quando eu te xingava na cama. – Abriu um sorriso torto e presunçoso. Revirei os olhos.

— Você é realmente...

— Incrível? Maravilhosa? – Ela me interrompeu, levantando as sobrancelhas. – Estonteante?

CROWN ( Camila/You G!P )Onde histórias criam vida. Descubra agora